Guia completo de Desenvolvimento Orientado a Testes (TDD): benefícios e implementação eficiente
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Time Pontotel 22 de abril de 2024 Gestão Empresarial
Guia completo de Desenvolvimento Orientado a Testes (TDD): benefícios e implementação eficiente
Você sabe como o Desenvolvimento Orientado a Testes (TDD) pode otimizar o dia a dia de sua equipe? Entenda como aplicar na sua empresa.
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Apostar em um modelo para otimizar a criação de softwares em sua empresa pode aumentar a eficiência do negócio. Neste cenário, conhecer o “Test-Driven Development” (TDD), ou Desenvolvimento Orientado a Testes, na tradução para o português, é um diferencial.

Além de um processo mais cuidadoso, no qual todas as etapas são respeitadas, o TDD proporciona a obtenção de resultados de extrema qualidade, com minuciosidade na busca por possíveis falhas ou defeitos prévios.

Em resumo, o TDD consiste em uma técnica de desenvolvimento que prioriza os testes de códigos com base em pequenas jornadas de repetições, processo que ajuda um time a realizar uma entrega com maestria, eficiência e no prazo desejado.

Neste artigo, será abordada a definição do Desenvolvimento Orientado a Testes (TDD), como funciona e quais benefícios esse processo pode agregar para uma empresa no ciclo de desenvolvimento. Os tópicos discutidos serão: 

Quer saber mais? Acompanhe esta leitura!

O que é Desenvolvimento Orientado a Testes?

Um homem sentado em uma mesa com um computador

O Desenvolvimento Orientado a Testes, ou Test-Driven Development em sua versão original (em inglês), é uma técnica que consiste em codificar o teste antes mesmo do código existir. 

Esse processo possibilita a entrega de um software que funcione corretamente, com poucas chances de problemas técnicos para o usuário final. 

Criado em meados dos anos 1990, o TDD é parte da metodologia XP e funciona com um ciclo curto de repetições, no qual o desenvolvedor do software aplica os testes antes mesmo do “produto final”, pois a técnica trabalha com redução de erros, antecipando problemas pontuais e já identificando suas possíveis soluções.

Muito além de um ciclo de repetições, o TDD é uma metodologia que cria uma rede de confiabilidade ao time de desenvolvedores, criando códigos que garantam o bom funcionamento de um software.

Quais são as fases do Desenvolvimento Orientado a Testes?

Nesta técnica, as falhas são apresentadas antes mesmo de o software estar pronto; por isso, a dinâmica para o time de programadores será um pouco diferente. Apesar de parecer um tanto quanto incomum, o TDD conta com um ciclo com três fases básicas:

  • Test: nesta fase, o programador deve escrever um teste que falhe. Vale analisar um dos requisitos do sistema e pensar nas verificações que o teste deve fazer para que sua funcionalidade seja validada. Depois disso, escreva um teste que falhe. Caso a funcionalidade passe pelo teste, sua permanência é opcional, pois indica que esta já foi satisfeita pelo sistema.
  • Code: nesta fase, o objetivo é fazer o teste passar. Para isso, é necessário codificar o mínimo possível para que ele passe pelo teste mesmo que seu método retorne apenas o valor esperado pelo teste;
  • Refactor: nesta, que é a última fase, deve-se refatorar o código de teste, desenvolvendo novos testes de modo que cubram mais possibilidades de erros. 

Quando usar o TDD?

Saber qual o melhor momento para usar o TDD depende de fatores como cultura organizacional da empresa, tamanho do projeto e nível de exigência do cliente.

Antes de utilizá-lo, vale lembrar que, assim como toda novidade, a implementação da técnica pode encontrar resistência de alguns programadores, por conta do processo minucioso de busca por possíveis erros. 

Por isso, é importante entender que, antes da escolha sobre utilizá-lo ou não, deve-se avaliar o panorama do time de desenvolvedores e organizar um treinamento para desenvolver estes profissionais em meio ao novo aprendizado. 

Quais são as vantagens do TDD no ciclo de desenvolvimento?

Além dos benefícios quanto à qualidade e funcionalidade do software, o TDD proporciona um ambiente mais sustentável para os times de programação, pois contribui para:

Redução de bugs no software

Com todos os testes feitos nas três etapas do TDD, a técnica reduz consideravelmente a possibilidade de bugs no software, o que significa menos desgaste da equipe com ajustes e possíveis buscas por falhas. 

Um time com mais tempo reflete em maior descanso criativo e novas ideias para o dia a dia da empresa.

Facilidade na integração contínua

Com a utilização da técnica de TDD, a integração contínua, também conhecida como CI, torna-se muito mais fácil. Nela, os desenvolvedores podem integrar códigos diversas vezes ao dia a um repositório compartilhado.

Melhoria na qualidade do código

A partir da redução de falhas no software por intermédio de todo o processo de testes, o código final será entregue de forma ainda mais assertiva e minimamente sujeita a ajustes. 

Facilitação de refatorações

Por meio de um processo de testes variados e abrangente, o TDD possibilita uma refatoração segura, já que o programador terá a confiança de que os testes podem identificar todos os problemas possíveis.

Como implementar o TDD na prática?

Agora que os benefícios e as funcionalidades do Desenvolvimento Orientado a Testes (TDD) já estão claros, entenda como implementá-lo com excelência na empresa:

Treinamento e desenvolvimento dos profissionais

Como em todo novo processo, um treinamento eficaz e focado no desenvolvimento dos profissionais é fundamental para o sucesso da nova técnica. Deve-se lembrar que essa nova ferramenta pode sofrer resistência por parte da equipe, fato que torna o treinamento ainda mais importante. 

É importante considerar preparar uma jornada de imersão no TDD com o time de desenvolvedores. O evento pode contar com um profissional de destaque no tema para uma palestra ou bate-papo virtual.

Refatoração e manutenção de testes

Com o time habilitado na utilização do TDD, chegou a hora de partir para a fase de implementação. Neste processo, a refatoração é uma das mais importantes etapas do Desenvolvimento Orientado a Testes, pois ajuda o desenvolvedor a promover a melhoria do código sem alterar seu comportamento externo.  

Importante ressaltar que a refatoração é feita para garantir a estrutura, eficiência e legibilidade do código, tornando, assim, o processo ainda mais eficaz. 

Integração e monitoramento contínuo

Conforme explicado anteriormente, o ciclo de TDD é integrado e deve ser seguido de forma contínua. O processo de teste + implementação + refatoração deve continuar até que todos os requisitos necessários sejam atendidos. Ao final do processo da integração e do monitoramento contínuo do time de desenvolvedores, é possível ter um código mais limpo e eficiente, com a manutenção da integridade de cada etapa.

Práticas e dicas para TDD eficaz

Três pessoas sentadas ao redor de uma mesa com um laptop

Após implementar e compreender a dinâmica do TDD e como implementá-lo na rotina de desenvolvimento de softwares, é necessário conhecer boas práticas para tornar esse processo ainda mais eficaz. Confira algumas dicas:

Iniciar com casos de teste simples

Chegou a hora de aplicar o TDD na empresa. Após traçar, com o time de criação de softwares, o plano para dar início a esta nova etapa, é necessário ter em mente que o melhor caminho é iniciar com casos de testes simples. 

Desta forma, a equipe se sentirá mais confortável para relatar possíveis dificuldades na inserção da nova metodologia.  

Manter os ciclos curtos

Como explicado, para a eficácia da técnica, é fundamental a manutenção de ciclos curtos; por isso, o processo deve ser feito sem pressa. Deve-se codificar passo a passo e aumentar o ritmo gradativamente, evitando, assim, códigos de alta complexidade dentro destas etapas. 

Evitar dependências externas nos testes

Os testes devem ser de fácil e amplo entendimento para todo o time de programadores que atua na criação do software. Por esse motivo, é importante evitar ter dependências externas nos testes, visando maior assertividade neste processo. 

Essa é mais uma dica que reforça a importância de um treinamento completo, cujo objetivo é proporcionar total domínio da ferramenta por todos os envolvidos no processo.  

Se além dessas dicas, a empresa contar com programadores com experiência em TDD, vale a pena dar voz a eles. É interessante dar protagonismo àqueles que estão no dia a dia da programação, para dividirem suas experiências, dicas e percepções sobre o TDD.

Conclusão

Criado em meados dos anos 1990 para minimizar erros e evitar possíveis falhas, o Desenvolvimento Orientado a Testes (TDD) torna o processo de criação de software muito mais assertivo.

Além da melhoria significativa ao usuário final, a aplicação do TDD proporciona maior confiabilidade, redução de bugs e simplicidade na codificação, fatores que impactam positivamente a sustentabilidade da empresa.

Como toda novidade, o TDD pode receber resistências de parte do time; por isso, deve-se investir em um treinamento amplamente completo, buscando a qualificação de todos os programadores.

Além disso, vale analisar caso a caso, como uma espécie de “anamnese” em cada processo de criação, a fim de entender quais as melhores oportunidades para inserir a metodologia TDD. Temas como perfil do cliente, prazo de entrega e time de criação devem ser considerados antes da decisão final.

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