Veja como surgiu a liderança feminina, quais suas características e dados no Brasil
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Time Pontotel 7 de março de 2023 Departamento Pessoal
Veja como surgiu a liderança feminina, quais suas características e dados no Brasil
Entenda em qual contexto surgiu a liderança feminina, quais os movimentos que promoveram e suas principais características. Confira agora!
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A liderança feminina ainda é um tema muito controverso quando se trata da contribuição das empresas para a igualdade de gênero. Porém, empresas, times e a sociedade podem ganhar muito investindo na liderança feminina. 

Seus pontos fortes incluem flexibilidade, colaboração e uma maior valorização do lado criativo, diverso e inovador – fatores essenciais para as empresas se manterem competitivas. No entanto, mulheres empresárias, gerentes e executivas ainda enfrentam obstáculos no caminho para alcançar posições estratégicas.

O preconceito contra estilos de liderança – muitas vezes com foco mais em influenciar do que em comandar – impede que mulheres talentosas ocupem posições mais altas no mundo dos negócios. No entanto, a ação inclusiva está ajudando a reverter essa situação e a criar um mercado de trabalho mais equilibrado, no qual o potencial das mulheres pode ser explorado.

Pensando nisso, neste artigo explicaremos em qual contexto surgiu a liderança feminina, quais são os movimentos que promoveram esse tipo de liderança e suas principais características. Além de apresentar a importância de ter mulheres em cargos de liderança para o mercado de trabalho. Veja os tópicos que abordaremos a seguir:

Vamos lá!

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Em qual contexto surgiu a liderança feminina?

imagem de uma mulher falando ao telefone e anotando no papel

Para compreender as dificuldades das mulheres em ocupar cargos de liderança, é necessário ir a fundo na história da humanidade desde a Idade da Pedra. Naquela época, mulheres e homens tinham a mesma importância: ambos desempenhavam um papel na manutenção da casa, tão importante quanto a sobrevivência.

Após a descoberta de outros materiais (como ferro e bronze), as tarefas mudaram e a estrutura social também mudou. Nesse caso, certas tarefas tornaram-se mais adequadas para os homens por conta de suas características físicas.

Com o tempo, as responsabilidades das mulheres não foram mais consideradas tão importantes pois elas não possuíam os atributos necessários para certas atividades.

Com isso o homem subiu a um nível superior, pois se tornou a única pessoa responsável pela manutenção da família – e a única pessoa ativamente envolvida na economia. 

Mesmo após o fim desse período, as mulheres ainda não tiveram a chance de ganhar seu protagonismo. E, há muito tempo, na mais antiga literatura, no drama e até na mitologia grega, as mulheres são silenciadas quase sem direito de falar em público e se expressar.

Isso influenciou diretamente o lugar de poder dessas mulheres, que não poderiam mudar sua realidade, já que não tinham direito ao voto e, muito menos,conquistar independência financeira.

Em meio a essa situação, discursar e ter voz em público era ocupação puramente masculina, considerada a maior responsabilidade das lideranças da antiguidade. Portanto, não havia chance de liderança feminina. 

Desde então, essas mulheres foram consideradas inadequadas para determinados cargos. É por isso que, até hoje, muitas delas ainda pensam que não estão preparadas para isso. 

E depois de muito tempo, as mulheres até aparecem em certas áreas da sociedade. Mesmo assim, tomando o mercado de trabalho como exemplo, ainda hoje existem desafios e restrições para alcançar determinados cargos, o que nos remete à antiguidade.

Tudo isso nos mostra uma trajetória destacada pelo silêncio do discurso feminino ao longo dos anos. Esse fato, nos trouxe consequências, a mais óbvia delas é que, até a atualidade, existem barreiras para as mulheres no mercado de trabalho e nos lugares de poder e liderança.

Quais são os movimentos que promoveram a liderança feminina?

Os primeiros sinais de participação feminina no mercado formal surgiram nos séculos 18 e 19, após a revolução industrial. No entanto, nessa época as condições instáveis  de trabalho tiveram um grande impacto nas crianças, idosos e mulheres, colocando-os num ambiente degradante. 

Posteriormente, após a Primeira Guerra Mundial, com a popularização do movimento pelos direitos eleitorais, a participação das mulheres na organização foi fortalecida, e sua principal bandeira era estender o direito de voto (sufrágio) ao público feminino. 

Receber uma educação formal e seguir a carreira para a qual estudou são outros assuntos defendidos pelas sufragistas que conquistaram uma importante vitória na Nova Zelândia em 1893, com direito ao voto feminino.

No Brasil, é apenas com a Constituição de 1934 que as mulheres tiveram a chance de  participar da sociedade brasileira como uma presença ativa antes de começarem a exercer legalmente seu direito de voto. Com isso, as mulheres são inseridas no mercado de trabalho e na política, o que é um fator importante na situação do país.

Em uma escala global, a Guerra Mundial acabou fazendo com que muitas mulheres deixassem suas casas e trabalhassem. Isso ocorre porque várias mulheres ficaram viúvas após a morte,na linha de frente,  deseus maridos, ou tiveram que assumir as contas para fornecer suporte para homens que retornavam com sequelas da guerra, mutilados ou deixados com os efeitos colaterais, sem poder trabalhar.

Em meados do século 20, suas conquistas se estenderam ao campo da educação, com várias mulheres concluindo o ensino superior, inclusive no Brasil. Esse tipo de treinamento técnico, aliado a atributos como boas relações interpessoais, flexibilidade e empatia, popularizou a liderança feminina hoje.

Principais características da liderança feminina:

imagem de um grupo de funcionários em uma reunião sentados ao redor de uma mesa

Antes de apresentar as qualidades mais comuns entre as líderes, vale lembrar que cada um tem sua imagem e características próprias. Portanto, não faz sentido fortalecer a liderança feminina e focar nos estereótipos emocionais, por exemplo, ignorando a parte racional.

Separamos cinco características que serão melhoradas quando as mulheres assumirem um time, setor ou empresa.

Maior empatia

As líderes femininas costumam ter mais empatia do que os homens, já que se colocar no lugar do outro e prestar mais atenção ao lado humano de cada um são aspectos que fazem parte da realidade feminina.

Por isso, podem dar uma grande contribuição para o clima da organização e ter uma postura motivacional muito forte, é muito importante que os líderes generosamente inspirem, motivem e estimulem as pessoas ao seu redor.

Maior flexibilidade

Outra característica feminina é a multitarefa. Aqui, não estamos falando de cuidar da casa e ter uma vida profissional, pois essa ideia não atende às suas reais competências.  As mulheres são capazes de gerir todas as suas responsabilidades observando as necessidades dos colaboradores do time. 

Ademais, elas são mais propensas a se adaptar às mudanças e a lidar melhor com as atualizações do mercado.

Desenvolvimento de relações interpessoais

Com base na escuta ativa, na comunicação não violenta e na flexibilidade, as gerentes ganham a confiança da equipe e estabelecem relacionamentos de alta qualidade. 

Geralmente são mais desenvoltas ao negociar com fornecedores, parceiros, investidores e clientes, o que lhes confere uma vantagem competitiva significativa.

Potencialização da cooperação

Acostumados a lidar com necessidades múltiplas ao mesmo tempo, as gerentes tendem a compartilhar essas necessidades e pedir ajuda à equipe.

Essa abertura leva a atitudes semelhantes entre os membros da equipe, que passam a compartilhar problemas e construir soluções diferenciadas a partir da colaboração.

Melhora do clima organizacional 

A liberdade de feedback e auxílio mútuo entre os colaboradores proporciona um ambiente acolhedor e agradável, o que ajuda a reter talentos.

Isso porque, em geral, as mulheres adotam estilos de liderança menos autoritários e colocam de lado a agressividade para priorizar a harmonia e a produtividade no ambiente de trabalho.

Qual é a importância de ter mulheres em cargos de liderança para o mercado de trabalho?

imagem de uma mulher sorrindo e segurando um tablet

As mulheres sustentam financeiramente 45% das famílias brasileiras. Com igualdade em relação aos rendimentos dos homens, o lucro social será significativo. 

Globalmente, esses benefícios foram medidos por entidades como a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que estima um crescimento do PIB de cerca de US $ 6 trilhões se os salários forem iguais.

No caso do Fundo Monetário Internacional (FMI), o PIB global aumentaria 35% com a igualdade de gênero nas relações de trabalho.

E, as vantagens?

Conforme a liderança feminina da empresa cresceu, as pessoas também perceberam a importância dessa conquista. Segundo o relatório anual Women Business Owner Spotlight do Bank of America, as mulheres são mais capazes de se adaptar às mudanças tecnológicas.

Portanto, empresas que muitas vezes enfrentam mudanças, como aquelas que precisam se adaptar a novas leis, como a LGPD, podem lidar com os obstáculos com mais facilidade ao colocar mulheres em cargos de liderança.

Além disso, pode-se observar um ambiente diverso onde o número de homens e mulheres está uniformemente distribuído, permitindo diferentes perspectivas sociais e contribuindo para tomadas de decisão mais justas dentro da organização.

Ainda segundo o relatório, quanto mais mulheres na empresa, principalmente mulheres em cargos de liderança, melhores são os resultados.

A ocupação feminina nesses cargos é uma maneira de mostrar representatividade. Líderes inspiram e servem de referência para outras mulheres, fazendo-as acreditar mais em si mesmas e vendo a possibilidade de se tornarem líderes, crescerem na carreira e ocuparem altos cargos na hierarquia.

Além, é claro,  de quebrar padrões culturais que acompanham a sociedade ao longo do tempo. Ao adotar certas atitudes, essas líderes podem desconstruir os estereótipos e comportamentos impostos às mulheres em muitas situações.

Dados sobre liderança feminina no Brasil

imagem de uma mulher analisando um documento

Um estudo feito pela B3, com 408 empresas de capital aberto em São Paulo, mostra que de cada 100 ações em circulação, apenas seis têm três ou mais mulheres em cargos de diretoria.

Um dos dados mais preocupantes neste contexto foi apresentado no estudo de uma parceria entre a consultoria Bain & Company e o LinkedIn, onde 22% das mulheres disseram estar mais propensas a ter a confiança minada por falta de oportunidade para participar e ter sucesso em tarefas de alto nível e desafio.

Um estudo publicado em 2019 mostrou que apenas 3% das primeiras posições nas empresas no Brasil são ocupadas por mulheres. Ao analisar todos os cargos de gestão, o estudo do IBGE mostrou que em 2018 elas estavam presentes em apenas 38% deles.

Embora 82% das mulheres e 66% dos homens acreditem que a igualdade de gênero deve ser uma das prioridades de uma organização, apenas 41% delas e 38% deles afirmam que as empresas para as quais trabalham dão ênfase a esse tema.

Uma pesquisa realizada pela Catho, em 2021, mostrou que a renda das mulheres em todos os cargos de liderança era inferior à dos homens, com uma diferença média de 34%. Além de salários mais baixos, eles também enfrentam obstáculos em algumas áreas. Por exemplo, na área tecnológica, eles respondem por apenas 19% dos cargos.

Exemplos de liderança feminina

Com as mudanças ocorridas nas últimas décadas, podemos aprender muito com as mulheres que fizeram transformações para atingir esse objetivo. Com isso em mente, separamos algumas figuras femininas em posições de liderança, que inspiram milhões de pessoas em todo o mundo, veja a seguir:

Luiza Trajano

Um dos melhores exemplos de empreendedorismo no Brasil, Luiza Trajano tornou-se uma das principais mulheres do muito procurado varejo brasileiro. Sua firmeza e determinação foram necessárias para que pudesse desenvolver a conhecida rede Magazine Luiza, exemplo de marca que há anos é líder no mercado nacional. 

Com uma visão voltada para o futuro, ainda na década de 1990, quando o e-commerce ainda era uma novidade, essa rede varejista assumiu a liderança na implantação do e-commerce e propôs o conceito de loja virtual.

Isso faz de Luiza Trajano, dona de uma rede de lojas físicas e uma das maiores representantes do e-commerce no Brasil atualmente. Hoje, Luiza é a CEO da empresa e palestra em turnê nacional, apresentando a importância da inserção feminina no cenário organizacional. Separamos um bom curso de e-commerce para iniciantes para te ajudar no começo do empreendedorismo.

Angela Merkel

A chanceler alemã é conhecida por seu temperamento firme e extraordinária inteligência emocional, capaz de enfrentar grandes desafios. Angela Merkel liderou a Alemanha durante o período turbulento da crise financeira e, por meio de estímulos políticos eficazes e estratégias de subsídios, o país se livrou de uma severa recessão econômica.

O governo de Ângela, que terminou em 2021, teve muitos êxitos, em 2016, o país alcançou um superávit comercial recorde de 252,9 bilhões de euros, além de ter recebido excelentes classificações de agências de crédito.

Por esse e outros motivos, seu papel como gestora pública é um dos mais inspiradores de muitas mulheres em cargos de liderança na busca pelos melhores resultados.

Cristina Junqueira

Cristina Junqueira faz parte do seleto grupo de co-fundadores de empresas unicórnios. Esta empresária é uma das responsáveis ​​pela fundação da Nubank, uma conhecida startup financeira global com um valor de mercado superior a US $ 1 bilhão.

Essa engenheira apareceu na lista das mulheres mais poderosas do Brasil e ainda é muito ativa no crescimento contínuo do Nubank.

Michelle Obama

A ex-primeira-dama dos Estados Unidos é uma humilde advogada negra. Seja por seu serviço comunitário, carisma ou a combinação dos dois, ela inspirou muitos gerentes e empresários em todo o mundo. 

O exemplo deixado por Michelle Obama mostra como equilibrar os diferentes papéis sociais que as mulheres escolhem, lembrando que todas são pessoas em construção e devem aprender ao longo da vida.

Em 2019, Michelle compartilhou pessoalmente sua trajetória de vida com o livro “Minha História”, que detalhou sua ambição e motivação para alcançar objetivos ousados. Ela foi a primeira afro-americana a servir como primeira-dama dos Estados Unidos, ao lado do popular Barack Obama.

Malala Yousafzai

O ativismo de Malala Yusufzai a tornou uma das maiores figuras do século 21. Ela é conhecida por sua luta pela educação das mulheres no Paquistão, especialmente em áreas dominadas por grupos fundamentalistas do Taleban.

Malala ganhou atenção mundial depois de sobreviver a um ataque em 2012 e, mais tarde, ganhou o Prêmio Nobel da Paz aos 17 anos. Esta ativista continua a enfrentar desafios e inspirar pessoas em todo o mundo a lutar pela paz.

Chieko Aoki

A japonesa Chieko Aoki tem uma trajetória empreendedora de sucesso incrível no Brasil. Fundadora e presidente do Blue Tree Chain Hotel, ela levou sua carreira ao clímax, com um faturamento anual de milhões de reais. 

 Além de trabalhar em sua própria empresa, Chieko Aoki também participa de associações e grupos de liderança para propor novos caminhos para o empreendedorismo no Brasil.

Hillary Clinton

Hillary Clinton, além de ser a ex-primeira-dama, ocupou uma cadeira no Senado do Estado de Nova York por oito anos e também concorreu à presidência dos Estados Unidos em 2016. Ela também atuou como secretária de Estado, o cargo de maior destaque depois do Presidente da República dos Estados Unidos. 

Por causa de sua influência na política americana, Hillary Clinton sem dúvida foi e continuará a ser uma fonte de inspiração para muitas mulheres importantes em todo o mundo. Por esse motivo, ela é uma figura feminina que não pode ser omitida de nossa lista.

Conclusão

Agora que você tem um pouco de compreensão da história da liderança de algumas mulheres ao redor do mundo, certamente pode entender a importância da ascensão das mulheres na sociedade.

A liderança feminina é essencial para melhorar a distribuição de renda, combater o preconceito e alcançar a justiça social.

Portanto, é necessário proibir a desigualdade de gênero, a discriminação e os gestos agressivos, não só no mundo corporativo, mas também em todo o meio social.

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