O mercado atual tem enfrentado muitas crises, dentre elas financeiras, pandêmica, de rotatividade de funcionários, entre outras. Tudo isso impacta as organizações e a venda de produtos e serviços.
Você já se perguntou como determinada organização se comporta diante de um desafio? A resposta para essa pergunta, determina se essa empresa possui um perfil frágil ou antifrágil.
Uma organização frágil não consegue enfrentar problemas fora do que é esperado. Já as organizações antifrágeis, são aquelas que, mesmo diante dos desafios, conseguem enfrentá-los e se fortalecer.
Entenda, na prática, o que é a cultura antifrágil e quais benefícios ela proporciona para a organização.
Veja quais tópicos serão abordados neste artigo:
- O que é antifrágil?
- O que seria uma empresa antifrágil?
- Como a ideia do antifrágil pode ser utilizada por empresas?
- Quais benefícios de uma cultura antifrágil?
- Como desenvolver a ideia antifrágil na empresa?
- Cuidados ao estimular a cultura antifrágil
Boa leitura!
O que é antifrágil?
Para entender o que é antifrágil, vamos primeiro compreender o conceito de frágil. Este termo, representa algo que se quebra ou se deforma com muita facilidade. Portanto, antifrágil possui o significado oposto, ou seja, é algo que não se quebra com tanta facilidade diante de fatores externos.
Por isso, uma pessoa antifrágil tende a se fortalecer e melhorar após uma situação adversa.
Ser antifrágil não é estar imune às adversidades, mas sim, se fortalecer e se adaptar a elas, se fortalecendo e tornando-se mais resistente. Se uma organização deseja ter sucesso, ela não deve evitar o caos, pelo contrário, ela deve enfrentá-lo. Criando assim habilidade de evoluir e prosperar no meio das incertezas.
A antifragilidade permite que haja uma compreensão do que aconteceu, a fim de evitar que os erros se repitam e que seja possível aprender com eles. Esse conceito não se dá apenas nas organizações, ela está presente na vida pessoal, na educação, no empreendedorismo, entre outros.
Como surgiu esse conceito?
O termo antifrágil surgiu através de Nassim Nicholas Taleb, professor de riscos no Instituto Politécnico da Universidade de Nova York, no livro Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos, de 2012.
No livro, o autor apresenta três categorias que existem no sistema: frágil, robustos e anti frágeis. Diante das situações de estresse, os grupos reagem de formas diferentes:
- Frágeis: Perdem a capacidade de enfrentar mudanças;
- Robustos: Esse grupo consegue resistir às mudanças;
- Anti Frágeis: Grupo que se beneficia das circunstâncias que estão vivendo e evoluem.
O autor também aborda sobre a necessidade que algumas pessoas têm de passar pelas incertezas para evoluir.
O que é uma empresa antifrágil?
Uma organização antifrágil é aquela que se beneficia de situações caóticas, como a pandemia, por exemplo. Nesse cenário, muitas empresas foram afetadas pela pandemia da COVID-19.
Porém, é possível identificar alguns casos de companhias que se esforçaram para desenvolver um novo produto, acompanhar as novas tendências de mercado e se adequar a situação atual.
As organizações frágeis, são como um cristal, que se quebra diante de um problema não esperado. Porém, a organização antifrágil são como fênix, pois, quanto mais problemas ela enfrentar, mais ela tende a crescer.
Como a ideia do antifrágil pode ser utilizada por empresas?
Para se tornar uma empresa antifrágil é necessário ter o pensamento de que, ao passar por uma situação difícil, é preciso buscar soluções inovadoras, realizar uma gestão de crises e ter um diferencial para se destacar dos concorrentes.
Além disso, as características de uma organização antifrágil, são:
- Consciência do inesperado;
- Habilidade para lidar com os obstáculos;
- Reconhecer as vulnerabilidades;
- Não ter medo de inovar.
Desse modo, é importante que as organizações não vejam os desafios como uma ameaça, mas sim, como uma forma de crescimento.
Para obter o sucesso, as empresas devem conseguir se autoavaliar e entender a situação em que se encontra, reconhecer os erros que está cometendo e fazer as correções necessárias.
Assim, será possível reconhecer que nem tudo será perfeito ao longo do caminho, mas a empresa tem a capacidade de fazer ajustes quando houver necessidade e se reinventar durante o processo.
Quais benefícios de uma cultura antifrágil?
Quando a organização adota uma cultura antifrágil, ela vê os desafios como uma maneira de se desenvolver. Portanto, essa cultura proporciona vários benefícios para a organização e para os colaboradores.
Vamos conhecer algumas das vantagens a seguir.
Mais resiliência
Os profissionais tendem a se tornar mais resilientes, ou seja, conseguem se adaptar às mudanças.
Pois, a antifragilidade permite que os profissionais vejam além dos problemas. Por isso, as pessoas conseguem lidar com a situação com mais leveza.
Maior capacidade de reação
Diante da cultura antifrágil, as organizações e os colaboradores, estão mais preparados para lidar com os problemas.
Ou seja, quando algo não sai como o planejado, as pessoas estão preparadas para buscar soluções para determinada situação.
Porém, é importante que os colaboradores tenham autonomia para agir e enfrentar as adversidades.
Melhora da desenvoltura diante de problemas
Como dissemos, os profissionais têm mais autonomia na solução dos problemas. Dessa forma, quando algo acontecer, não será necessário esperar que o gestor traga uma solução.
Os próprios profissionais podem dar sugestões do que deve ser feito e colocar as ideias em prática.
Desse modo, os problemas serão solucionados de forma mais rápida e os colaboradores conseguem participar do processo de tomada de decisão na empresa.
Adaptação e desenvolvimento
Diante de uma cultura antifrágil, os profissionais e a organização conseguem se adaptar a cada nova realidade. Isto é, a sua capacidade de adaptação, é muito maior do que as organizações frágeis.
Isso permite que essas empresas consigam se desenvolver no mercado, oferecer novas soluções para o cliente e fidelizar mais consumidores.
Como desenvolver a ideia antifrágil na empresa?
Para adotar a antifragilidade na cultura organizacional é necessário realizar uma análise dos processos, dos aspectos da empresa, da cultura que ela possui e do clima.
Além disso, existem outras ações que os gestores devem colocar em prática para que a organização se torne antifrágil. Veja quais são!
Entenda a metodologia
É necessário que as pessoas que fazem parte da organização saibam o que é a cultura antifrágil e qual a importância desse conceito para o sucesso.
Por isso, antes de colocar alguma mudança em prática, é necessário que todos saibam como ela funciona e como ela pode proporcionar benefícios para os envolvidos.
Espalhe a ideia por meio de treinamentos
Qualquer mudança que ocorra nas organizações, é necessário comunicar aos colaboradores, pois eles fazem parte da implementação de uma nova cultura. Sem eles, a cultura antifrágil, não terá sucesso na empresa.
Por isso, é fundamental que os gestores ofereçam treinamentos aos colaboradores para que eles saibam a importância desse conceito e de que forma ele deve ser aplicado no dia a dia.
Estimule uma liderança antifrágil
O líder antifrágil é aquele que não se amedronta diante dos desafios. Pelo contrário, ele busca as adversidades para se desenvolver.
Desse modo, para que a organização consiga implementar a cultura antifrágil com êxito, ela deve contar com um líder que compreenda esse conceito e o aplique na sua equipe.
Cuidados ao estimular a cultura antifrágil
Realizar uma mudança cultural na organização não é uma tarefa simples. É algo que requer planejamento, participação dos funcionários e um plano de ação.
Além disso, existem alguns cuidados ao implementar a cultura antifrágil nas organizações. Conheça quais são!
Entenda que cada um tem um perfil
Os gestores devem ter em mente que cada colaborador difere entre si, então as mudanças podem não ser aceitas da mesma forma.
Além disso, algumas pessoas não têm um perfil antifrágil, por isso, para alguns, pode ser mais difícil colocar essa nova cultura em prática.
Tenha empatia
Diante do ponto anterior, é necessário que os líderes tenham empatia com os colaboradores que têm mais dificuldade em seguir uma cultura antifrágil. Isso porque, esse não é o perfil de todas as pessoas.
Todavia, é importante mostrar a importância desse conceito para os colaboradores e fazer com que eles façam parte dessa nova cultura.
Dessa forma, os profissionais estarão mais engajados e saberão que suas ações podem ajudar a organização a obter melhores resultados.
Saiba lidar com as diferenças entre os colaboradores e estimulá-los
Por último, é importante que os líderes estimulem os colaboradores a fazer parte da cultura antifrágil.
Assim, eles conseguem lidar melhor com os desafios, desenvolver autonomia e passam a fazer parte do processo de tomada de decisão.
Isso torna os colaboradores mais engajados com a organização. Desse modo, a produtividade aumenta e a empresa consegue obter melhores resultados.
Conclusão
Nesse artigo explicamos o que é ser antifrágil e como as organizações devem criar um planejamento para colocar essa cultura em prática.
Certamente, essa mudança não é feita de um dia para o outro. Porém, é necessário que os gestores saibam a importância desse modelo e os benefícios que ele proporciona para a organização a longo prazo.
Uma empresa antifrágil, consegue se reinventar diante das crises e se fortalecer por meio dos desafios.
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