O momento de demissão de um funcionário pode ser desafiador para uma empresa, exigindo que o setor de Recursos Humanos esteja preparado e atualizado para realizar todos os processos necessários para isso, respeitando os direitos do empregado. Para facilitar essa gestão, o fluxograma de demissão surge como um recurso aliado nesse processo.
De fato, a demissão de um colaborador exige o cumprimento de uma série de etapas legais para que tudo aconteça conforme o exigido pela lei e que a experiência do funcionário seja a mais agradável possível. O uso do fluxograma tem se tornado uma ótima opção para facilitar a rotina da empresa ao realizar essa atividade.
Se sua empresa precisa adotar uma melhor organização para o processo de desligamento, é importante entender os principais tópicos relacionados ao fluxograma de demissão. Neste artigo, será possível entender o assunto por meio dos seguintes temas:
- O que é um fluxograma de demissão?
- Como funciona um fluxograma de demissão?
- Por que criar um fluxograma de demissão?
- O que levar em consideração em um fluxograma de demissão?
- Como criar um fluxograma de demissão?
- Vantagens em adotar um fluxograma de demissão
- Qual o papel do RH na criação de um fluxograma de demissão?
Aproveite o conteúdo e faça uma boa leitura!
O que é um fluxograma de demissão?
Um fluxograma de demissão é um diagrama que ilustra de forma clara o processo de demissão de um funcionário dentro de uma empresa. Com uma apresentação visual, ele mostra as etapas que a empresa e o funcionário precisam seguir até a conclusão do processo.
Esse fluxograma indica todas as ações necessárias, em ordem cronológica, para iniciar e encerrar o desligamento. Algumas das tarefas que estão presentes no fluxograma são: notificação do funcionário sobre o desligamento, encerramento de conta corporativa, cálculo das verbas rescisórias e demais processos presentes em offboarding.
Assim, esse diagrama tem a característica de um guia, pois instrui a gestão da empresa sobre o passo a passo para a realização da demissão de forma exitosa, além de possuir fácil visualização pelo seu formato em representação gráfica.
Como funciona um fluxograma de demissão?
O fluxograma de demissão funciona a partir da criação de um organograma ilustrativo que possibilita a visualização simplificada e o entendimento de todos os processos necessários para a demissão do funcionário da empresa.
Cada negócio pode ter um fluxograma com funcionamento diferente, dependendo de suas necessidades, mas este segue a lógica de começo, meio e fim. Isso significa que no começo do organograma ficam as primeiras etapas, como a percepção de necessidade de desligamento, e no fim, outras, como a formalização da rescisão do contrato de trabalho.
Vale lembrar que o fluxograma serve, primordialmente, como um documento interno para guiar a gestão e o RH, pois pode incluir informações que não devem ser compartilhadas com o colaborador. Caso deseje, a empresa pode criar uma versão para o funcionário, excluindo informações que não são pertinentes a ele.
Por que criar um fluxograma de demissão?
Há diversas razões que tornam importante a criação de um fluxograma de demissão para a empresa. A utilização de um fluxograma pode ajudar na criação de um caminho definido para a tomada de decisões e na execução das etapas necessárias para a demissão, reduzindo a probabilidade de erros e retrabalho ao longo do processo.
É bem comum que processos de demissão sejam delicados e difíceis de serem realizados, portanto, ter um fluxograma como suporte possibilita que o desligamento seja feito de forma humanizada e com o mínimo de erros possíveis, sem favorecer nenhum funcionário.
Outro ponto importante é que o fluxograma de demissão também ajuda a empresa a evitar violações de leis trabalhistas ou processos trabalhistas por demissões injustas. Ao seguir um processo de demissão documentado e bem definido, a empresa tem respaldo para situações problemáticas que possam vir a acontecer.
O que levar em consideração em um fluxograma de demissão?
Como apresentado, cada empresa pode ter detalhes diferentes na criação de um fluxograma de demissão, mas existem algumas situações primordiais para serem levadas em consideração por todas as empresas. Confira os detalhes!
Processos internos da empresa
A criação de um fluxograma de demissão passa a integrar a série de processos internos da empresa, por isso ele deve seguir os padrões anteriores para não causar estranheza entre os funcionários.
Portanto, é importante que a empresa elenque e organize quais são seus atuais processos internos para que eles possam ser adicionados ao fluxograma de demissão.
Por exemplo, se a empresa tem o hábito de dar feedbacks ao realizar um desligamento, adicione esse processo interno no fluxograma para seguir os padrões de cultura da empresa.
Alinhamento à cultura organizacional da empresa
Um ponto importante é criar um fluxograma de demissão que seja alinhado à cultura organizacional. Por exemplo, se um funcionário foi demitido por mau desempenho e a empresa inclui um feedback no fluxo de demissão, mas esses feedbacks não aconteciam anteriormente, há uma contradição quanto à cultura do negócio.
Portanto, para não causar frustrações com o funcionário que será desligado, é importante que a empresa se atente a realizar esse processo de acordo com a sua real cultura, evitando surpresas ou situações desconfortáveis entre o empregado e a gestão.
Processos de acordo com a lei
A legislação trabalhista do Brasil possui diversos detalhes e exigências para os processos de demissão de um funcionário, por isso, é importante que esteja elencado no fluxograma todas as exigências da lei, como o cálculo e o pagamento das verbas rescisórias para os funcionários em regime CLT.
Garantir que o fluxograma tenha todos os processos de acordo com a lei ajuda a empresa a evitar possíveis custos extras com ações trabalhistas que venham a surgir, principalmente em casos de atrasos que estão previstos no artigo 477
Profissionais internos envolvidos
Um processo de demissão envolve a participação de diversos funcionários, seja de forma direta ou indireta. O fluxograma deve indicar quem são as pessoas que devem realizar ações no processo de demissão e aquelas que serão comunicadas sobre o desligamento.
Isso é importante porque o desligamento de um funcionário afeta também seus colegas de trabalho e o fluxo de demandas, então é preciso escolher corretamente o momento de comunicar aos demais. Todas essas informações devem constar de forma clara no fluxograma de demissão.
Como criar um fluxograma de demissão?
Para criar um fluxograma de demissão, é preciso seguir alguns passos, que vão desde a escolha dos critérios para o desligamento do funcionário até o teste e sua implementação. Entenda com mais detalhes a seguir.
Escolha os critérios de demissão
O primeiro passo para criar um fluxograma de demissão é definir os critérios de rescisão. Garanta que esses critérios sejam claramente definidos e registrados para assegurar demissões consistentes e com justificativas.
Elenque as etapas presentes no processo de demissão
É preciso mapear todos os departamentos e pessoas envolvidas no processo de demissão e analisar, a partir de processos de demissão anteriores, quais são as etapas necessárias para a demissão.
Realizar esse mapeamento é fundamental, antes de, de fato, criar um fluxograma de demissão, para garantir que nada seja esquecido.
Crie o fluxograma
Escolha uma ferramenta adequada e especializada em criação de fluxogramas, preferencialmente em software. Na internet, existem diversos programas que produzem esses desenhos de forma automática.
Se sua empresa tiver o hábito de realizar processos de forma manual, utilizando papel, também é possível fazer desta forma, caso seja uma característica da cultura da empresa.
Depois de escolher a ferramenta, deve-se inserir as informações levantadas no mapeamento, de acordo com a ordem de acontecimento e prioridade, para, assim, criar o fluxograma de demissão da empresa.
Teste e implemente
Por fim, é importante iniciar o processo de teste do fluxograma a partir dos próximos desligamentos. Durante o teste, faça os ajustes necessários para garantir que todas as etapas estejam claras e funcionando adequadamente.
Se for percebido que o fluxograma está funcionando bem, é o momento de implementá-lo oficialmente e comunicar o restante da empresa sobre as novas etapas e procedimentos para demissões. Depois, é só manter ele atualizado e fazer novos ajustes se necessário com o tempo.
Vantagens em adotar um fluxograma de demissão
Existem diversas vantagens em adotar um fluxograma de demissão. A principal é tornar o processo mais organizado e com respaldo legal, ou seja, proporcionar uma experiência mais agradável para todos, além de trazer segurança jurídica.
Além disso, o fluxograma é capaz de tornar o processo mais eficiente e ágil, já que todas as etapas ficam bem divididas e cada funcionário que participa do processo consegue observar com clareza qual seu papel dentro das etapas de desligamento.
Todos esses benefícios proporcionados pelo fluxograma ajudam a economizar tempo e recursos, tornando o processo de demissão mais rápido e menos desagradável.
Qual o papel do RH na criação de um fluxograma de demissão?
O setor de Recursos Humanos tem o principal papel na criação e condução do fluxograma de demissão, pois é ele que vai definir as diretrizes que serão adotadas no organograma, com base na cultura e no histórico da empresa.
Os profissionais de RH possuem os conhecimentos necessários para a condução do desligamento e sabem quais são as obrigações jurídicas desse processo, por isso, devem participar ativamente e revisar o fluxograma junto à gestão.
Por fim, também é dever do RH testar e implementar o fluxograma de demissão, realizando os ajustes necessários para garantir que todas as etapas funcionem bem.
Conclusão
Neste artigo, ficou evidente como o fluxograma de demissão é uma ferramenta de extrema utilidade para tornar os processos de demissão mais organizados e profissionais em qualquer empresa, além de facilitar a comunicação com todos.
Assim, seguindo os passos indicados neste texto, certamente o seu negócio terá êxito e conseguirá tornar o processo de desligamento, que costuma ser bem difícil, mais simples de ser realizado.
Gostou desse artigo e quer continuar se atualizando com novidades do setor corporativo? Então, siga acompanhando o blog PontoTel e não perca os novos conteúdos.