Segurança de dados: entenda o que é, o que diz a LGPD e como garantir na sua empresa
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Time Pontotel 1 de dezembro de 2022 Departamento Pessoal
Segurança de dados: entenda o que é, o que diz a LGPD e como garantir na sua empresa
Confira o que é segurança de dados, qual a sua importância para as empresas e usuários e saiba o que diz a legislação brasileira sobre ela.
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Por diversos motivos, as empresas precisam realizar a coleta de dados pessoais, seja de clientes ou usuários. No entanto, para que elas evitem problemas durante o tratamento (coleta, armazenamento e processamento) dessas informações, é preciso que entendam o que é segurança de dados.

Depois que são coletados, os dados pessoais podem sofrer modificações ilegais na etapa de armazenamento, por exemplo, podendo ser apagados, corrompidos, vazados e até utilizados ilegalmente.

Diante desses e de outros cenários igualmente problemáticos que serão abordados neste conteúdo, é essencial que as organizações saibam o que é segurança de dados, o que diz a lei sobre ela e quais ações elas devem tomar para realizar o tratamento de dados com sigilo e segurança.

Por isso, você irá conferir neste artigo:

Boa leitura!

O que é a segurança de dados?

Uma lupa dando zoom em uma tecla com o símbolo de cadeado em um teclado

A segurança de dados, também conhecida como segurança da informação, é um conjunto de medidas que visa proteger os dados pessoais coletados por uma empresa.

Algumas dessas medidas são a criptografia de dados, processo que transforma dados em códigos para deixá-los mais seguros, e o mascaramento de dados, técnica de segurança que embaralha (mascara) os dados para criar uma cópia inautêntica para várias finalidades de não produção, como análises ou testes.

A segurança de dados tornou-se imprescindível nos últimos anos, uma vez que a quantidade de informações pessoais disponíveis na internet aumentou bastante. Afinal, quanto mais dados disponíveis, maiores as chances de eles serem roubados e usados em fraudes, por exemplo.

Para evitar esses problemas, porém, as empresas passaram a tratar tais informações pessoais de forma mais segura por meio de ações, como utilizar softwares em nuvem e fazer backups periodicamente.

Além disso, diversos países criaram leis voltadas à segurança de dados. No Brasil, por exemplo, criou-se a LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados Pessoal, que será abordada com detalhes ainda neste conteúdo.

Quais são os 6 pilares da segurança de dados?

A segurança de dados, tradicionalmente, era constituída apenas por 3 pilares, conhecidos pela sigla CID: confidencialidade, integridade e disponibilidade. No entanto, para garantir uma segurança de informações mais ampla, tornou-se necessário adotar outros pilares. Confira-os a seguir.

1 – Confidencialidade

Com a finalidade de proteger os dados, esse pilar garante que eles trafeguem em total sigilo. As empresas tomam certas medidas para assegurar isso, como realizar a criptografia de dados e restringir quem pode e quem não pode acessá-los.

2 – Autenticidade

Garante que os dados coletados sejam provenientes de uma fonte autêntica e confiável. Para atestar a veracidade de uma informação, por exemplo, faz-se necessário manter um registro do autor do dado.

3 – Integridade

A função desse pilar é assegurar que os dados coletados não sofram quaisquer modificações durante o tráfego, seja no armazenamento, seja no processamento. Isso garante que eles continuem íntegros, com as suas características originais.

4 – Disponibilidade

O pilar da disponibilidade serve para certificar aos usuários de que os seus dados coletados estarão sempre disponíveis para eles acessarem quando precisarem. Algumas maneiras de a empresa possibilitar esse acesso é por meio de softwares, hardwares e conexões.

5 – Irretratabilidade

Também conhecido como “não repúdio”, esse pilar existe para assegurar a autenticidade do dado. Dessa forma, o usuário não consegue negar que foi ele quem disponibilizou determinada informação.

6 – Conformidade

O pilar da conformidade existe para que processos que acontecem durante o tratamento de dados estejam em conformidade com a legislação brasileira, seguindo as normas regulamentadas na LGPD.

Por que aplicar a segurança de dados?

Um dos principais objetivos para se aplicar a segurança de dados é deixar informações protegidas contra roubos e alterações não autorizadas.

Se um usuário tiver os próprios dados vazados, como o CPF ou o endereço, pode ser vítima de situações bem problemáticas. Os criminosos, por exemplo, uma vez tendo em mãos essas informações, podem realizar empréstimos e compras como se fossem a pessoa dona dos dados.

Eles também podem praticar a extorsão: caso não recebam determinada quantia em dinheiro, ameaçam usar os dados pessoais que roubaram ilegalmente ou dizer que irão publicá-los para que qualquer pessoa os veja.

Qual a função da segurança de dados no mundo corporativo?

Como mencionado, os dados pessoais coletados por uma empresa podem, eventualmente, ser espionados, roubados e até vazados. Isso acontece quando a companhia sofre ciberataques: uma ação em que hackers acessam ilegalmente os dados armazenados por meio de computadores e dispositivos.

Sendo assim, no mundo corporativo, a segurança de dados tem a finalidade de assegurar o sigilo dos dados coletados. Isso, por sua vez, transmite tranquilidade aos usuários, assegurando-lhes de que não terão as suas informações pessoais vulneráveis aos criminosos.

É por esse motivo que, além de coletar, armazenar e processar os dados de forma segura, a organização também precisa conhecer profundamente a LGPD e investir em cibersegurança.

Como a LGPD pode ajudar na segurança de dados?

Uma pessoa utilizando um celular

Criada para lidar com a segurança de dados na internet, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor em 2020. O motivo da sua criação fica evidente no Art. 1: “Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado […].”.

Ela define parâmetros para que as empresas façam o tratamento de dados com a finalidade de “[…] proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural.” Também tem a função de conscientizar os cidadãos de que eles podem ter acesso aos próprios dados e até corrigir os que estiverem incompletos, inexatos ou desatualizados.

Ao longo da lei, pode-se observar as formas corretas para se realizar a captação, o armazenamento e o gerenciamento de dados. O tratamento de dados, por exemplo, só pode acontecer “mediante o fornecimento de consentimento do titular”, conforme o Art. 7º.

Já no caso de tratamento de dados pessoais de crianças, o Art. 14, § 1º destaca que ele só “[…]  deverá ser realizado com o consentimento específico e em destaque dado por pelo menos um dos pais ou pelo responsável legal”.

Outro ponto que a LGPD estabelece é que as empresas devem tomar ações para proteger os dados de “[…] acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito.” (Art. 46).

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Ações para garantir a segurança de dados na sua empresa

Para que os dados dos usuários fiquem protegidos, são necessárias algumas medidas, como estar em conformidade com a LGPD e habilitar a autenticação em dois fatores. Entenda melhor a seguir.

Utilize softwares em nuvem

Em vez de armazenar os dados dos usuários em um ambiente local, é mais seguro armazená-los em uma plataforma em nuvem.

Isso porque algumas das vantagens do armazenamento em nuvem são a segurança física, pois a maior parte dos funcionários não têm acesso ao local onde os servidores estão alocados, e a segurança virtual, já que os provedores de nuvem têm firewalls capazes de proteger os dados armazenados, filtrando qualquer tráfego suspeito e preservando os dados ocultos.

Portanto, para que a segurança de dados seja eficiente, uma ação importante que a empresa deve tomar é utilizar um software em nuvem.

Faça backups periodicamente

O backup é crucial para uma empresa por diversos motivos, sobretudo por garantir a segurança de dados dos usuários e dos clientes. Ao fazer um backup, a empresa cria uma cópia de segurança de dados alocados em um dispositivo de armazenamento e a armazena em outro dispositivo.

Dessa forma, caso os dados sejam corrompidos em um ataque cibernético ou apagados acidentalmente por um dos colaboradores ou alguma falha no sistema, basta a empresa utilizar o backup para restaurar os dados originais.

Em resumo, fazer backups periodicamente gera maior segurança para a empresa, que saberá como lidar caso tenha problemas no armazenamento de dados pessoais.

Colete apenas informações necessárias

Ter uma grande quantidade de dados dos usuários já foi visto como vantagem. No entanto, quanto mais dados pessoais uma empresa armazena, maiores são as suas responsabilidades, já que eles podem ser corrompidos e gerar multas regulatórias que prejudicam a saúde financeira do negócio.

Atualmente, uma organização não precisa tomar tamanha responsabilidade para si ao coletar inúmeros dados. Tudo o que ela deve fazer é coletar apenas os dados necessários, isto é, aqueles imprescindíveis do ponto de vista comercial.

Habilite a autenticação de dois fatores

A autenticação de dois fatores é uma camada de proteção a mais. Na prática, habilitar essa camada de proteção serve para que determinado colaborador só tenha acesso aos dados pessoais de um cliente caso insira uma segunda informação.

Isso evita que uma pessoa não autorizada tenha acesso aos dados pessoais coletados pela empresa, uma vez que ela precisará passar por duas camadas de segurança.

Siga as diretrizes da LGPD

Outra forma de garantir a segurança de dados na empresa é seguindo as diretrizes estabelecidas na Lei Geral de Proteção de Dados, abordada anteriormente. Ela serve como um guia para a organização coletar, armazenar e processar os dados dos usuários de forma correta.

Desse modo, quando a empresa toma esses cuidados, deixa os usuários mais tranquilos na hora de disponibilizarem os seus dados pessoais. Além disso, ela também fica livre de complicações por conta do descumprimento da lei, como multas, advertências e, em um cenário mais problemático, suspensão de atividades.

Faça treinamentos sobre a segurança da informação

Investir em apenas alguns fatores relacionados à segurança de dados, como utilizar um software em nuvem, não é suficiente. Para garantir a efetiva segurança dos dados, a empresa precisa adotar outras medidas aliadas, e uma delas é o treinamento dos colaboradores.

Quando os colaboradores não entendem os riscos aos quais estão expostos, tornam-se vulneráveis para os hackers, que se aproveitam disso para encontrar uma porta de entrada e, dessa forma, roubar e corromper os dados armazenados.

Diante disso, é crucial que a empresa invista em treinamentos de segurança de dados para criar um firewall humano capaz de garantir a segurança das informações dos seus clientes.

Com tais treinamentos, os colaboradores tornam-se mais conscientes das técnicas utilizadas pelos hackers. A partir disso, conseguem adotar ações preventivas no dia a dia empresarial, como não clicar em determinados links ou acessar anexos enviados por e-mails potencialmente perigosos.

O que pode acontecer caso seus dados sejam vazados?

Uma martelo de juiz em cima de um teclado de um notebook

Caso a empresa tenha os dados que coletou vazados, arcará com certas sanções administrativas previstas na Lei Geral de Proteção de Dados, como advertência com um prazo para que se corrija as infrações e multa simples de até 2% do faturamento que a organização teve no ano anterior (com um limite de 50 milhões de reais por infração).

Além disso, outras sanções são o bloqueio e a eliminação dos dados pessoais referentes à infração, proibição total ou parcial do tratamento de dados e até mesmo a obrigação de tornar pública a infração.

Conclusão

Com a leitura do conteúdo, foi possível esclarecer o que é a segurança de dados, que, basicamente, trata-se de um conjunto de ações que visam manter os dados pessoais coletados em segurança. Junto a isso, pontuou-se os pilares que a sustentam, como o pilar da integridade e o da autenticidade.

Logo depois, abordou-se a importância da segurança de dados e como a falta ou pouca proteção de informações pode gerar graves consequências para a empresa e para os usuários. Também tratou-se da Lei Geral de Proteção de Dados, que foi criada com o propósito de garantir um tratamento seguro de dados.

Por último, como solução preventiva, destacou-se o que uma organização deve fazer para garantir tal segurança de dados. Elencou-se, então, algumas medidas, como seguir a LGPD, coletar somente as informações necessárias e utilizar softwares em nuvem.

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