A política BYOD (Bring Your Own Device) tem ganhado destaque no meio corporativo. Com o avanço dos dispositivos móveis, eles passaram a ser ferramentas essenciais tanto no uso pessoal quanto no profissional.
Embora facilite e torne mais flexível o trabalho dos colaboradores, essa política também traz desafios, como perda de controle da jornada e riscos de segurança. Por isso, BYOD desperta debates entre empresários e gestores de Recursos Humanos (RH) que buscam soluções confiáveis para tornar essa prática produtiva.
Para te ajudar a entender esse assunto e tomar a melhor decisão para a sua empresa, neste artigo, vamos discutir os seguintes pontos:
- O que é BYOD?
- Como funciona a política de BYOD?
- O BYOD traz algum benefício para as empresas?
- E as desvantagens?
- Como tornar o BYOD uma boa experiência?
- BYOD e controle de ponto qual a relação?
Boa leitura!

O que é BYOD?

BYOD vem do inglês Bring Your Own Device, que pode ser traduzido como “traga seu próprio dispositivo”. Essa política permite que colaboradores usem seus dispositivos pessoais (smartphones, tablets, notebooks) para acessar sistemas e redes corporativas.
Como surgiu esse conceito?
Embora não haja um momento exato, o conceito começou a se popularizar por volta de 2009, quando a Intel adotou essa prática para aumentar a produtividade de suas equipes.
Desde então, outras organizações migraram da fase experimental para políticas permanentes. A propagação da mobilidade e da transformação digital também acelerou essa tendência.
Quais as diferenças entre BYOT e BYOD?
Embora próximos, os termos BYOD e BYOT têm distinções:
- BYOD se concentra no uso de hardware pessoal (dispositivos físicos) para acesso corporativo.
- BYOT (Bring Your Own Technology) refere-se mais ao uso de software ou tecnologia pessoal, mesmo que o hardware não seja do colaborador.
Em muitos cenários, o BYOD abrange também as políticas de software, tornando os dois conceitos complementares.
Como funciona a política de BYOD?
Para permitir que colaboradores usem seus dispositivos pessoais com segurança, a empresa precisa estabelecer uma estrutura clara:
- Política formal documentada: a adoção do BYOD não pode ocorrer apenas por verbalidade, deve existir um manual ou regulamento interno que especifique permissões, restrições, penalidades e obrigações.
- Diretrizes de segurança e acesso: defina quais tipos de dispositivos são permitidos, quais sistemas/sensores podem ser acessados e regras para senhas, criptografia e autenticação.
- Ferramentas de controle / MDM / UEM: soluções como MDM (Mobile Device Management) ou UEM (Unified Endpoint Management) possibilitam registrar, monitorar e impor políticas nos dispositivos.
- Treinamentos e conscientização: capacitar os colaboradores é essencial para que entendam os riscos e obrigações, por exemplo, evitar redes inseguras, manter atualizações e adotar boas práticas de segurança.
- Política de saída / desativação: estabeleça procedimentos claros para remover permissão de dispositivos quando um colaborador sair da empresa, inclusive apagamento remoto de dados corporativos.
O BYOD traz algum benefício para as empresas?
Além da transformação digital das empresas, o sucesso do BYOD também está relacionado aos benefícios proporcionados por essa prática. Conheça alguns deles abaixo:
Ganho de produtividade
Como o colaborador já está familiarizado com o próprio dispositivo, a execução das atividades laborais através dessa ferramenta acaba se tornando muito mais fácil e rápida.
Assim, é possível economizar tempo, evitar preocupações desnecessárias e se preocupar apenas com seu próprio trabalho, não deixando que outros fatores influenciam em sua produtividade.
Redução de custos
Uma das grandes vantagens do BYOD é a redução de gastos com a aquisição e atualização de dispositivos para uso corporativo.
Flexibilidade
Com a política de BYOD, os olaboradores podem trabalhar de qualquer lugar, favorecendo modelos híbridos ou totalmente remotos.
Os horários de trabalho se tornam mais flexíveis, o que viabiliza a adoção do regime de trabalho home office ou modelo híbrido.
Velocidade
Em comparação ao uso de aparelhos oferecidos pela empresa, os colaboradores conseguem utilizar todas as funções e recursos do dispositivo móvel com mais agilidade.
Por isso, essa medida permite o aumento da velocidade da produção, ou seja, os colaboradores conseguem produzir mais em menos tempo.
E as desvantagens?
Todas as políticas adotadas por uma empresa têm seus prós e contras. Com a política do BYOD, isso não é diferente:
- Riscos de invasão e vazamento de dados: dispositivos pessoais podem acessar redes não confiáveis, instalar apps maliciosos ou transportar malware, tornando vulnerável a rede corporativa.
- Comprometimento da segurança da informação: se o colaborador não usar antivírus, atualizações ou seguir práticas seguras, dados sensíveis da empresa podem ser expostos.
- Perda de controle institucional: a empresa não consegue monitorar diretamente como o dispositivo é usado, exigindo regras rígidas e monitoramento técnico.
- Insegurança jurídica: a política BYOD ainda carece de regulação clara em muitos países. No Brasil, a LGPD e decisões judiciais são os principais referenciais, mas casos trabalhistas podem gerar interpretações distintas.
- Desafios de suporte técnico: há grande diversidade de modelos, sistemas e versões nos dispositivos dos colaboradores — isso eleva a complexidade para a equipe de TI.
- Possível reversão da prática: algumas empresas estão buscando reverter políticas BYOD por conta de riscos crescentes de segurança.
Como tornar o BYOD uma boa experiência?

Agora, você pode estar pensando: “Se a política do BYOD oferece tantas desvantagens, será que vale a pena investir nessa prática?”
Sim, vale a pena, desde que você adote as dicas abaixo e garanta uma boa experiência de uso do BYOD.
Alinhe com o departamento de TI e jurídico da empresa
O primeiro passo para implementar uma política de BYOD de sucesso é alinhar o trabalho do setor de Tecnologia da Informação (TI) com o departamento jurídico.
Afinal, os profissionais de TI também são responsáveis por adotar estratégias de cibersegurança para proteger a empresa, incluindo as medidas de segurança necessárias para implementação do BYOD.
Para evitar problemas, é importante que essas estratégias sejam discutidas com o setor jurídico, que deve atestar a legalidade dessas ações.
Além disso, é importante que o departamento jurídico celebre um Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) contendo as regras dessa política.
Para completar, o ideal é que as assinaturas dos funcionários também sejam coletadas, atestando a confirmação de entendimento das políticas de BYOD.
Insira regras para utilização dos próprios dispositivos
Para adotar a política de BYOD, você precisa definir como o colaborador pode utilizar seu dispositivo móvel no ambiente de trabalho.
A empresa precisa elaborar as diretrizes de uso, definir limites e obrigações, bem como questões relacionadas à propriedade do dispositivo móvel.
Além disso, é importante estabelecer penalidades, que devem ser utilizadas para punir aqueles que não seguirem as regras estabelecidas.
Crie normas de acesso
As normas de acesso se referem às regras relacionadas ao uso dos sistemas empresariais de forma remota.
O ideal é estabelecer limites de horários de acesso para evitar a sobrecarga de trabalho e a insatisfação dos funcionários, que podem gerar problemas de saúde e passivos trabalhistas.
Além disso, a empresa também pode delimitar quais atividades podem ser realizadas de forma remota e quais precisam ser feitas na sede da organização.
Defina responsabilidades
Para evitar problemas, também é importante definir as responsabilidades de cada parte envolvida na política de BYOD e deixar essas informações claras no documento referente a adoção do BYOD.
Cuide da segurança da informação
Apesar de várias empresas afirmarem que se preocupam com questões relacionadas à segurança de informação e proteção de dados, estudos revelam que o valor investido em cibersegurança ainda é considerado baixo ou inexistente.
Além do baixo investimento, empresários brasileiros também têm dificuldade em encontrar mão-de-obra qualificada para cuidar da cibersegurança do seu negócio.
Nesse cenário, a empresa que investe em treinamentos, softwares, política de uso de dados consistente e até na formação de profissionais de TI, consegue se proteger melhor de ataques cibernéticos.
Promova treinamentos sobre segurança digital
Não basta criar regras. É importante investir na divulgação das políticas de BYOD dentro da empresa.
Para isso, é importante promover encontros e treinamentos para tirar dúvidas dos colaboradores e ajudá-los a entender a necessidade de seguir boas práticas de segurança na internet.
BYOD e controle de ponto qual a relação?

Um dos grandes benefícios trazidos pelo controle de ponto online é a extinção da necessidade de aparelhos específicos para marcação de ponto.
Por ser um software que funciona por meio de um aplicativo, os funcionários podem utilizar o seu próprio aparelho para fazer a marcação de ponto, facilitando o trabalho do RH.
Quais as vantagens de utilizar o próprio equipamento para marcação de ponto?
O registro de ponto de forma remota, também chamado de ponto móvel, é a melhor alternativa para empresas que adotam a política de BYOD. Afinal, esse sistema de registro oferece várias vantagens, tais como:
Agilidade
Como o registro de ponto remoto pode ser feito por aplicativo, o funcionário consegue fazer todo processo de marcação de ponto de forma muito mais rápida e fácil.
Além disso, a empresa e o setor de RH também podem acessar e gerenciar todos os dados relacionados à jornada de seus funcionários com mais facilidade, através do aplicativo de gestão.
Mobilidade
Através da instalação de um simples aplicativo, o funcionário pode registrar todas as informações relacionadas a sua jornada de trabalho, mesmo quando não está na sede da empresa.
Assim, a empresa consegue monitorar essas atividades, cumprindo as exigências legais e registrando esses dados com mais eficiência.
Segurança
Por fim, um bom sistema de registro de ponto remoto apresenta funções e recursos que garantem a segurança das informações coletadas e a veracidade dos dados fornecidos pelos colaboradores.
Esse é o caso do aplicativo da Pontotel, que utiliza seis medidas de segurança para identificar o colaborador, utilizados por meio de um sistema de autenticação aditado e compatível com os padrões de criptografias mais elevados do mercado.
Além disso, as funções desse app só podem ser acessadas por dispositivos autorizados pela empresa, o que dificulta o registro de dados fraudulentos.
Vale lembrar que, além de oferecer garantir a segurança do aplicativo, o Pontotel também oferece outros recursos que facilitam o registro e a gestão de ponto, bem como o cálculo preciso de benefícios trabalhistas.
Por isso, com a Pontotel, sua empresa está muito mais protegida! Preencha o formulário a seguir e um especialista entrará em contato para sanar suas dúvidas.

Conclusão
Como vimos ao longo do texto, as transformações digitais que ocorreram no mercado de trabalho foram fundamentais para a disseminação da política do Bring your own Device ou BYOD.
Afinal, essa prática permite que o colaborador utilize seu próprio dispositivo móvel para trabalhar. Assim, a empresa reduz os gastos com equipamento, aumenta a produtividade e permite a flexibilidade da jornada.
Porém, para evitar as desvantagens relacionadas a essa prática, também mostramos que investir na criação de regras e alinhar o setor de TI com o departamento jurídico são medidas fundamentais.
Por fim, a empresa que adota o BYOB também precisa contar do apoio de um sistema de registro de ponto remoto, como o aplicativo da Pontotel.
Dessa forma, ela garante o monitoramento eficiente da jornada de trabalho de seus colaboradores, mesmo quando eles estão fora da empresa.
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O Time Pontotel é composto por especialistas em administração, recursos humanos, direito e tecnologia, com experiência em controle de ponto digital e legislação trabalhista. Nossos recursos vêm de fontes oficiais, como o site do Governo Federal e a CLT. Além disso, passam por uma revisão conjunta do departamento jurídico e de Recursos Humanos. Esse processo assegura dados precisos e atualizados, convertendo alterações legislativas em diretrizes claras para empresas que desejam eficiência e conformidade.