Para se manter competitiva no mercado e buscar sempre maximizar sua produção garantindo a qualidade, é importante que uma empresa tenha conhecimento de metodologias que beneficiem sua rotina. Nesse sentido, principalmente no setor de tecnologia, o FDD (Feature Driven Development) se destaca como uma das metodologias ágeis originais.
O Feature Driven Development (FDD) é um método de desenvolvimento de software que beneficia as empresas ao proporcionar entrega mais rápida de funcionalidades, aumentar a qualidade do software, reduzir riscos e otimizar o uso de recursos, resultando na criação de produtos mais competitivos.
Se sua empresa precisa entregar softwares com mais funcionalidades no menor tempo possível, é necessário entender o que é o FDD, como ele funciona e a forma de aplicá-lo corretamente. Para explicar com detalhes o assunto, este artigo abordará os seguintes tópicos:
- O que é FDD (Feature Driven Development)?
- Como surgiu o FDD?
- Para que serve o FDD?
- Como funciona o Feature Driven Development?
- Quais os 5 processos do Feature Driven Development?
- FDD e Scrum: quais as diferenças?
- Quais os benefícios do Feature Driven Development nas empresas?
- Quais as documentações necessárias para o FDD?
- Qual o papel do RH na implementação do FDD?
Tenha uma boa leitura e aprendizado!
O que é FDD (Feature Driven Development)?
O FDD (Feature Driven Development) é uma das metodologias ágeis originais que foca na entrega de funcionalidades específicas de um software, segmentando o projeto em pequenas “features”. Esse método segue um processo interativo dividido em cinco etapas subsequentes:
- Desenvolvimento de um modelo global;
- Elaboração de listas de funcionalidades;
- Planejamento por funcionalidade;
- Projeto por funcionalidade;
- Construção por funcionalidade.
Assim, o Desenvolvimento Guiado por Funcionalidades (FDD) prioriza a modelagem de objetos e o design orientado a objetos, sendo útil em projetos de médio a grande portes, nos quais a clareza de cada funcionalidade é primordial.
Como surgiu o FDD?
Baseado no método Coad, idealizado por Peter Coad, o FDD foi desenvolvido entre os anos de 1997 e 1999 pelo estrategista de tecnologia Jeff De Luca.
Sua primeira divulgação pôde ser acompanhada no livro “Java Modeling in Color with UML”, lançado em 1999, mas apenas no ano de 2002 foi possível entender com mais detalhes a metodologia, por meio da obra “A Practical Guide to Feature Driven Development”.
A criação do método teve como origem as respostas aos desafios que Jeff De Luca enfrentava em seu trabalho quando atuava como engenheiro de software, no setor de desenvolvimento de sistemas complexos na área de gestão de finanças.
Para que serve o FDD?
O Feature Driven Development (FDD) é uma metodologia ágil que se aplica no dia a dia do desenvolvimento de software e serve para dividir o projeto em funcionalidades específicas.
Ele funciona como uma abordagem incremental, em que cada funcionalidade é planejada, projetada e construída em etapas sucessivas, possibilitando entregas frequentes e feedback constante.
Além disso, o FDD é uma ótima opção para melhorar o controle de qualidade, garantindo que cada funcionalidade seja desenvolvida com excelência. Essa metodologia é útil em projetos de médio a grande portes, nos quais a complexidade e a clareza das funcionalidades desempenham um papel importante no sucesso do projeto.
Como funciona o Feature Driven Development?
O Feature Driven Development (FDD) é uma metodologia ágil que funciona, na prática, a partir da divisão da construção de um software em etapas distintas.
No caso, primeiro, uma visão geral do sistema é diagnosticada, e, em seguida, as funcionalidades são identificadas e listadas. Cada funcionalidade é minuciosamente planejada, com atribuições de responsabilidades e estimativas de tempo de entrega.
A construção ocorre em ciclos curtos, com cada funcionalidade sendo desenvolvida, testada e melhorada antes de passar para a próxima. Esse processo é repetido várias vezes, permitindo entregas adicionais e priorizando a qualidade e a usabilidade do software.
Quais os 5 processos do Feature Driven Development?
Existem 5 processos envolvidos na aplicação do Feature Driven Development, baseados nas metodologias de Peter Coad. A seguir, será possível entender como funciona cada um deles.
Análise orientada por objetos
A análise orientada por objetos é a fase inicial do FDD; nesta etapa, a equipe avalia o sistema de software em desenvolvimento. Neste primeiro momento, os analistas identificam os objetos essenciais do sistema, suas propriedades e comportamentos.
Decomposição funcional
A decomposição funcional é a divisão do projeto em partes menores e mais gerenciáveis, chamadas de funcionalidades. Este é o momento em que as funcionalidades específicas que o software deve conter são identificadas e elencadas.
Planejamento incremental
No planejamento incremental, as funcionalidades do software são organizadas em unidades de trabalho individuais. Isso significa que cada funcionalidade é planejada cuidadosamente, com atribuições de responsabilidades a membros da equipe e estimativas de prazo de entrega para sua realização.
Desenho orientado a objetos
Na fase de desenho orientado a objetos, as funcionalidades passam a ser detalhadamente projetadas. Assim, utiliza-se a modelagem orientada a objetos para criar representações detalhadas de como cada funcionalidade será implementada no software.
Programação e teste orientados a objetos
Por fim, na etapa de programação e teste orientados a objetos, as funcionalidades são implementadas em ciclos curtos. Ou seja, cada funcionalidade é desenvolvida, testada e refinada antes de avançar para o próximo ciclo.
FDD e Scrum: quais as diferenças?
Apesar de ambos serem metodologias ágeis, o Scrum e o FDD possuem diferenças que devem ser consideradas conforme o objetivo do projeto. Confira as principais diferenças entre os dois modelos:
- No FDD, um recurso deve ser entregue entre 2 e 10 dias, ao contrário dos sprints do Scrum, que geralmente duram de 2 a 4 semanas;
- O FDD confia na documentação e, por isso, realiza reuniões com menos frequência do que o Scrum;
- O usuário final no FDD é o usuário real, enquanto no Scrum é geralmente o dono do produto.
O FDD pode ser considerado uma extensão do Scrum, porém focado no desenvolvimento de software. Assim, a união de estratégias presentes nos dois pode ser uma ótima opção para alavancar a produtividade e o desempenho empresarial.
Quais os benefícios do Feature Driven Development nas empresas?
O Feature Driven Development traz muitos benefícios para as empresas que decidem adotar esse método para a melhoria da construção dos seus produtos. Confira a seguir as vantagens do FDD para as equipes.
Entrega de valor rápida
O FDD prioriza a entrega contínua de funcionalidades bem projetadas, o que permite que as empresas forneçam valor ao cliente mais rapidamente, atendendo às necessidades do mercado e melhorando a satisfação dos clientes.
Maior visibilidade de progresso
Graças ao foco na documentação e no planejamento, o FDD proporciona maior visibilidade sobre o progresso do projeto. O bom registro das informações ajuda as equipes e os gerentes a monitorar e controlar o desenvolvimento, identificando possíveis problemas e tomando medidas corretivas prontamente.
Aumento da qualidade do software
O FDD valoriza a qualidade desde o início. Com o design detalhado e a construção de funcionalidades bem planejadas, o software resultante tende a ser mais confiável e com menos erros, reduzindo custos e esforços associados a correções pós-lançamento.
Redução de riscos
A abordagem repetitiva e a ênfase na documentação no FDD ajudam a identificar e a diminuir riscos antecipadamente no processo de desenvolvimento. Essa ação diminui a chance de ocorrerem imprevistos durante a criação, minimizando atrasos e gastos inesperados.
Economia de recursos
A estruturação das funcionalidades em unidades de trabalho gerenciáveis e a abordagem de planejamento detalhado permitem uma alocação eficiente de recursos, proporcionando menos gasto de tempo e recursos em funcionalidades desnecessárias.
Quais as documentações necessárias para o FDD?
A documentação é uma das atividades mais importantes no FDD, sendo responsável por guiar os colaboradores e diminuir a necessidade de reuniões diárias. Para isso, é preciso registrar os seguintes itens:
- Lista de funcionalidades, que enumera as funcionalidades do sistema;
- Modelo de domínio, representando as entidades-chave;
- Lista de planos de inspeção, descrevendo os testes;
- Diagramas de classes e fluxo de trabalho para modelagem;
- Relatórios de progresso para acompanhamento.
Esses registros são importantes no processo para que a qualidade da criação do produto seja máxima e a chance de erros no processo diminua.
Qual o papel do RH na implementação do FDD?
O RH tem um papel relevante na implementação do FDD, desde o processo inicial até o final. Esse setor pode ser o responsável por apresentar a metodologia aos líderes e administrar processos de treinamento e desenvolvimento sobre o assunto.
Além disso, o setor de Recursos Humanos tem o papel de alocar corretamente os funcionários, garantindo que as equipes tenham as habilidades necessárias para trabalhar com eficácia com a metodologia.
Por fim, o setor deve seguir acompanhando a implementação do método e colhendo feedbacks dos funcionários para garantir a satisfação e o desenvolvimento contínuo das equipes.
Conclusão
Portanto, ficou evidente como a inclusão de metodologias ágeis, em especial o FDD, pode ser de extremo valor para qualquer empresa que deseja maximizar a produtividade e a eficiência do desenvolvimento dos seus produtos, garantindo excelência e agilidade.
Equipes de alto desempenho devem se manter sempre atualizadas sobre a diversidade de abordagens disponíveis para agregar benefícios à empresa. Com as informações presentes neste texto, será possível implementar o Feature Driven Development com assertividade na rotina da sua empresa.
