Diversidade geracional: por que possuir diferentes tipos de gerações é um diferencial para a sua empresa?
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Time Pontotel 9 de abril de 2024 Departamento Pessoal
Diversidade geracional: por que possuir diferentes tipos de gerações é um diferencial para a sua empresa?
Entenda tudo sobre diversidade geracional e descubra porque aplicá-la na sua empresa pode ser um grande diferencial. Leia mais neste artigo!
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Diversidade no ambiente de trabalho é um tema cada vez mais recorrente no mundo corporativo. Nesse cenário, você entende qual é a importância da diversidade geracional para manter uma empresa inclusiva? 

Para além da necessidade de se adequar ao momento, que exige responsabilidade empresarial das organizações, você conhece os benefícios de contar com a perspectiva de várias gerações na administração do negócio? 

A diversidade geracional é um diferencial competitivo importante para a inovação e a reputação da empresa. Neste artigo você vai entender como e porque valorizar a pluralidade de gerações é benéfico para as corporações. Confira a seguir os tópicos que serão abordados: 

Boa leitura!

O que é diversidade geracional?

Três pessoas utilizando um computador

A diversidade geracional é uma característica das organizações que contam com membros de diferentes faixas etárias. Ou seja, são empresas em que, não só a idade não é impeditivo para contratação, como construir um quadro de funcionários com diversas gerações é uma questão estimulada e valorizada.  

Organizações com diversidade geracional conseguem acolher essa pluralidade de perfis em um só ambiente de trabalho. Elas vão além disso, e sabem como utilizar esse aspecto a seu favor para potencializar os resultados da organização e de seus funcionários. 

No cenário atual a diversidade geracional representa o início do fim de um ciclo do mercado de trabalho que por anos ignorou e menosprezou determinados grupos de pessoas pela sua idade, tomando-as como “inexperientes” ou “maduras demais” pelo julgamento de sua faixa etária, sem considerar de fato seu histórico ou capacidade. A essa atitude, pode-se responsabilizar o preconceito social denominado como: etarismo ou ageísmo.  

Vale ressaltar que o etarismo é uma realidade presente em muitos setores sociais, mas se intensifica no mercado de trabalho. Pois este é um espaço que exige que todos sejam “úteis” para efetivar determinadas funções, e a discrimanção baseada na idade fundamenta-se justamente em pressupor que alguém é incapaz de realizar algo pela sua faixa etária. 

Dados do estudo da consultoria Hype50 apontam que, no Brasil, 39% dos trabalhadores com mais de 55 anos se sentem excluídos ou descartados pelo mercado de trabalho. Ao longo dos anos é impossível mensurar o prejuízo que essa problemática teve como consequência para o aproveitamento de funcionários.

Por outro lado, o etarismo prejudica ainda a inserção de novos talentos no mercado, pois a expectativa das empresas no momento da contratação costuma ser de um candidato com idealmente alguns anos de experiência, todavia, não muitos. 

Logo, é de se imaginar que isso, eventualmente, provocará colapsos no mundo corporativo. Porque os profissionais estão sendo excluídos cada vez mais cedo ao mesmo tempo que os novos trabalhadores encontram dificuldades de conseguir entrar nos negócios.

Por que a diversidade geracional é importante?

Promover a diversidade geracional é importante pelo simples fato de que o estarismo é um preconceito que deve ser combatido com veemência como qualquer outro. Enquanto esse estigma for visto como menos importante não será possível adotar verdadeiramente a diversidade dentro das instituições. 

Outro ponto chave para entender a urgência da aplicação da diversidade geracional, é analisar as projeções socioeconômicas para as próximas décadas. Estudos da Organização das Nações Unidas (ONU), já revelaram que a população mundial envelhece depressa. A estimativa é de que a quantidade de indivíduos com mais de 60 anos atinja a marca de 1,4 bilhão em 2030.

Portanto, caso a diversidade geracional não comece a ser trabalhada dentro das empresas, e na sociedade como um todo, em breve pode-se esperar um mercado com desfalque de mão-de-obra qualificada e uma crise de carência de talentos, o que já vem acontecendo. Estatísticas da pesquisa da Boston Consulting Group afirmam que em 2020, já havia uma deficiência de até 8,5 milhões de profissionais brasileiros.

Para evitar um mercado de talentos saturado e uma disputa acirrada por poucos bons profissionais, o melhor caminho é estimular a diversidade geracional nos processos de recrutamento da empresa.

Vantagens de promover a diversidade geracional

Considerando esse cenário preocupante, e levando em consideração que as empresas possuem suas devidas responsabilidades sociais e que excluir pessoas da competição por uma vaga, a partir desses vieses, é um grande risco de deixar escapar um profissional competente e de alta performance, é possível imaginar a série de benefícios que a diversidade geracional traz para a empresa. Visto que, a falta dela apresenta prejuízos notáveis. 

A primeira vantagem notória da diversidade geracional é o seu resultado na cultura de inovação da organização. Pois a corporação passa a contar com vários pontos de vista e níveis de experiência, cada colaborador contribuindo à sua maneira e com suas referências, isso enriquece a experiência e fomenta a busca por novas e variadas soluções. 

Para os colaboradores, essa diversidade e o fato de eles se sentirem acolhidos e igualmente respeitados, independentemente da idade, possibilita um ambiente de trabalho mais saudável e melhoras significativas no clima organizacional e no engajamento dos funcionários. 

Outra vantagem que vale a pena destacar é o, já mencionado, cumprimento da responsabilidade social da empresa. Incentivar a diversidade geracional é uma iniciativa relevante para a promoção da diversidade e inclusão da empresa, compromissos que são bem vistos aos olhos do público consumidor, portanto, essas ações ajudam a alavancar a reputação do negócio.

E, por fim, a diversidade geracional amplia o leque de opções quando se trata de candidatos para vagas de emprego. Essa é uma das maiores vantagens, porque concede à empresa a oportunidade de encontrar talentos que grande parte do mercado está menosprezando. Isso é crucial para construir uma equipe de alta performance e consequentemente potencializar os resultados da organização.

Principais gerações

Três pessoas olhando para frente

Agora que você já sabe o que é a diversidade geracional e os benefícios que o incentivo desta apresenta para a organização, chegou o momento de entender quais são as características de cada geração. Confira a seguir:

Baby boomers

Estes são os nascidos entre 1946 e 1964. Por serem a geração mais antiga, possuem algumas dificuldades de adaptação ao mundo digital, ao mesmo tempo que têm muito a oferecer e ensinar com relação à experiência profissional, pois essa geração tem uma visão de que o trabalho está relacionado à realização pessoal.     

Geração X

A geração X contempla os nascidos entre 1960 e 1980. Apesar dos obstáculos em se adequarem à multidisciplinaridade atual, estes profissionais valorizam muito as soft skills e são dedicados ao trabalho como os baby boomers.

Geração Y 

Os nascidos entre 1980 e metade dos anos 1990 fazem parte da geração Y. Também conhecidos como millenials, eles viram o nascimento da transformação digital, portanto, são ávidos por buscar conhecimento. 

Geração Z

Nascidos entre meados dos anos 1990 e 2010, a geração Z é nativa digitalmente. Os mais jovens no mercado de trabalho estão bem adaptados ao imediatismo e possuem total domínio do mundo digital. Diferente dos baby boomers, eles não relacionam tanto realização pessoal com sucesso profissional, as metas profissionais dessa geração estão ligadas à qualidade de vida.

Como promover a diversidade geracional em uma empresa?

Depois de saber as características e qualidades de cada geração, é hora de saber quais são as melhores práticas para promover a diversidade geracional em uma empresa. Veja algumas dicas a seguir: 

Faça recrutamento inclusivo 

Para evitar que os vieses inconscientes atrapalhem a atração, seleção e contratação de talentos, a adoção do recrutamento inclusivo é bastante indicada. Essa prática realiza uma transformação e reformulação do processo de recrutamento, utilizando, inclusive, recursos como softwares de seleção para o recrutamento às cegas. Garantindo assim, que esses estigmas sociais não irão influenciar a escolha do candidato. 

Adapte suas formas de comunicação

Para acolher todas as gerações, é preciso entender que elas estão concentradas em múltiplas plataformas e canais de comunicação e serão impactadas de formas diferentes também. 

Portanto, um passo importante na adoção da diversidade geracional é adaptar sua comunicação para ser acessível a todos esses públicos. Estar em todos os canais que eles possam estar utilizando uma linguagem compreensível a todos. 

Estimule a empatia e a colaboração

Por fim, existe um trabalho de empatia e colaboração que deve ser desenvolvido dentro da organização para eliminar ou pelo menos atenuar ao máximo o etarismo entre os colaboradores. Deve estar muito claro que a idade não é um fator hierárquico, mas sim a competência de cada um.

Mesmo que não seja possível controlar o comportamento de todos os colaboradores, a postura dos líderes e da gestão nessa etapa é essencial. Eles devem ser os responsáveis por dar o exemplo, contando com o apoio do departamento de Recursos Humanos para isso.

Qual o papel do RH na promoção da diversidade geracional?

Homem conversando com uma mulher

O RH é o setor responsável por gerir o capital humano, logo, nesse processo, ele será encarregado de realizar as mudanças necessárias na corporação para que a empresa se prepare para receber a pluralidade de gerações. 

Portanto, o departamento de recursos humanos deve mediar toda essa transformação. Por exemplo, o processo de recrutamento é uma responsabilidade do setor, por consequência, será essa equipe que deverá realizar a reformulação da seleção de talentos para que se torne um recrutamento inclusivo. 

Além disso, os profissionais de Recursos Humanos deverão prestar todo o suporte educacional e emocional para que a diversidade geracional seja aplicada com responsabilidade na empresa, sem prejuízos ao bem-estar de nenhum colaborador. 

Conclusão

Pode-se concluir que a diversidade geracional é uma urgência do mercado, que encontra-se saturado e com estimativas de uma população que envelhece cada vez mais rápido. É preciso ultrapassar o etarismo e abraçar a diversidade de faixas etárias nas empresas para superar esses desafios socioeconômicos. 

As empresas que conseguirem adotar a diversidade geracional têm muito a ganhar, como a promoção da cultura de inovação, melhorias no clima organizacional, elevação dos resultados da organização e a possibilidade de encontrar talentos de alta performance excluídos do mercado. 

Entretanto, para alcançar esses objetivos é necessário seguir boas práticas que irão nortear uma adoção responsável da diversidade geracional na organização. Para isso, o RH deve assumir o papel imprescindível de mediar essas transformações com o cuidado e a sensibilidade que a causa exige.

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