Guerra por talentos: entenda o cenário atual do mercado e como o RH pode se preparar para ficar à frente!
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Time Pontotel 29 de junho de 2023 Departamento Pessoal
Guerra por talentos: entenda o cenário atual do mercado e como o RH pode se preparar para ficar à frente!
Descubra o que é a guerra de talentos e como o RH pode se preparar para atrair e reter talentos em meio a competitividade do mercado atual!
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A procura pelos melhores talentos é um dos maiores desejos de empresas de todo o mundo. Com o surgimento da pandemia de COVID-19, em 2020, somado ao rápido crescimento das empresas de tecnologia, essa busca se tornou ainda mais acirrada. Porém, o atual cenário do mercado trouxe novas características para a guerra de talentos.

No Brasil, mais de 5 mil brasileiros perderam os postos de trabalho de julho de 2022 a março de 2023, segundo dados do site Layoffs Brasil. Esse crescente número, ocasionado por demissões em massa, tem causado efeitos na guerra por talentos entre as empresas. 

Por esse motivo, o setor de Recursos Humanos (RH) precisa se manter atualizado para entender como ficar à frente na busca por talentos em meio ao cenário atual do mercado. Para contribuir para o entendimento desse assunto, os seguintes tópicos sobre o tema serão apresentados neste artigo: 

Aproveite o texto e tenha uma boa leitura!

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O que é a guerra por talentos?

A guerra por talentos é uma competição entre empresas para atrair, reter e desenvolver os profissionais mais qualificados do mercado, com soft e hard skills desejadas pela empresa. 

Essa busca por profissionais foi impulsionada nos últimos anos pela crescente demanda por habilidades específicas e pela transformação digital das empresas.

Sendo assim, a guerra por talentos trata-se da competição entre as empresas pela contratação dos melhores profissionais, em que essas oferecem benefícios e remunerações mais atrativas, oportunidades de desenvolvimento e um ambiente de trabalho saudável.

Essa busca fez com que as empresas procurassem se destacar por sua cultura organizacional, visão e valores, com o intuito de atrair a preferência dos talentos mais cobiçados, por meio de um bom fit cultural.

Um relatório da ManpowerGroup em 2022 mostrou que três a cada quatro empregadores relatam dificuldade para encontrar talentos em todo o mundo. Logo, mundialmente, recrutadores enfrentam dificuldades para preencher vagas, e a escassez de talentos é mais aguda em setores como tecnologia, atendimento ao cliente e logística.

A guerra por talentos requer estratégia de gestão de pessoas, exigindo uma abordagem proativa, criativa e humanizada por parte do setor de Recursos Humanos.

Como se deu a guerra de talentos?

Recrutadora entrevistando uma candidata

A crescente demanda por mão de obra qualificada fez com que a guerra de talentos se expandisse por todo o mundo. Em alguns setores, principalmente na área de tecnologia, faltam profissionais qualificados para ocupar os postos de trabalho e, por isso, as empresas passaram a oferecer remunerações e benefícios melhores para atrair esses talentos.  

Um notório exemplo que ocasiona a guerra de talentos no Brasil é o recrutamento de desenvolvedores. Por alguns motivos, como a escassa quantidade de graduações na área e a posse de talentos por empresas estrangeiras, há extrema dificuldade em contratar esses profissionais, o que contribuiu para elevar o salário da categoria no país. 

Com esse aumento de benefícios e salários, os talentos começaram a selecionar com mais critério antes de se candidatar para uma vaga, trazendo maior dificuldade para os empregadores em encontrar o perfil adequado para um novo posto de trabalho. 

Cenário atual do mercado de trabalho

Em 2020, com a pandemia de COVID-19, houve um impacto significativo no mercado de trabalho global, e algumas áreas tiveram um aumento na demanda por mão de obra qualificada, especialmente aquelas relacionadas à tecnologia e à saúde.

Segundo dados apurados pela CNN Brasil, a demanda por profissionais de tecnologia aumentou mais de 670% apenas no ano de 2020, impulsionada pela crescente demanda por soluções digitais em um contexto de transformação digital acelerada.

Contudo, muitas empresas não realizaram previsões em médio e longo prazo e viram queda em seus lucros após a retomada da rotina anterior à pandemia, com as pessoas passando menos tempo conectadas, o que ocasionou uma série de demissões em massa, impactando o cenário atual do mercado.

No setor de tecnologia, as empresas demitiram mais de 150 mil funcionários em 2022, de acordo com o site de monitoramento Layoffs.fyi. Em 2023, esse setor já acabou com quase 76 mil cargos em todo o mundo.

Ascensão do home office

O home office é um modelo de trabalho que permite a realização de atividades profissionais de forma remota, sem precisar estar fisicamente presente no escritório. Com a chegada da pandemia, em que as pessoas precisaram ficar em casa, esse formato de trabalho expandiu consideravelmente. 

Esse modelo tem sido buscado por diversos profissionais porque oferece maior flexibilidade e autonomia, reduz o tempo e o gasto financeiro com deslocamento, proporcionando maior qualidade de vida, já que o empregado pode viajar e continuar trabalhando ou dedicar seu tempo com a família e para a prática de atividades físicas, por exemplo. 

Maior tendência do trabalho híbrido em 2023 

Com o novo cenário do mercado, o home office diminuiu e o trabalho híbrido começou a se expandir. Segundo informações do LinkedIn Economic Graph, em fevereiro de 2022, cerca de 40% das vagas divulgadas na plataforma mencionavam a opção de trabalho remoto, mas esse percentual diminuiu para menos de 25% em fevereiro de 2023. 

Assim, as empresas tendem a optar pelo trabalho híbrido — que tem como característica passar parte do tempo de maneira presencial e outra parte virtualmente — para garantir flexibilidade e integração do time. 

Entre as justificativas das empresas para adotar esse modelo, podem-se mencionar: 

  • Maior interação e colaboração entre os funcionários;
  • Fortalecimento da cultura organizacional;
  • Melhor na gestão sobre a rotina e a produtividade dos colaboradores.

A guerra de talentos esfriou com as demissões em massa?

Homem guardando seus itens

A guerra de talentos pode ter diminuído um pouco com o número de demissões em massa que estão acontecendo, mas não significa que ela tenha acabado ou se tornado motivo de despreocupação para as empresas. 

Alguns setores ainda seguem com disputa por talentos, uma vez que o motivo das demissões em massa tem como causa cortes na empresa, e não o desempenho dos funcionários. Dessa forma, os talentos voltam ao mercado e entram em busca de empregos atrativos. 

Dessa maneira, o setor de Recursos Humanos deve continuar atento a oferecer salários competitivos e bons benefícios, pois a guerra de talentos, somada às demissões em massa, pode fazer com que empregados utilizem uma empresa para um emprego temporário e, depois, saiam para outra com melhores benefícios, aumentando a taxa de turnover.

Qual a importância de reter os talentos?

A retenção de talentos é essencial para o sucesso de qualquer empresa. Os talentos de um negócio são indivíduos que possuem habilidades e conhecimentos valiosos e únicos, que podem ser cruciais para a realização de projetos importantes e para alcançar bons resultados.

Assim, a manutenção de talentos é fundamental, pois garante a continuidade das operações, mantém a produtividade e qualidade do trabalho e fortalece a vantagem competitiva da empresa, além de demonstrar aos demais que há uma estabilidade na organização para aqueles que se dedicam.

Por fim, ainda vale mencionar como a retenção de talentos é importante para reduzir os custos de contratação e treinamento. Afinal, quando uma empresa não consegue manter um talento, ela precisa gastar recursos para recrutar, selecionar e treinar um novo funcionário, que, inclusive, pode não ter as mesmas habilidades e conhecimentos do anterior.

Como o RH pode se preparar para ficar à frente em uma guerra de talentos?

Existem formas de sair na frente das outras empresas em uma guerra de talentos, que vão além de apenas oferecer um bom salário e benefícios atraentes para o empregado. 

Uma pesquisa realizada pelo LinkedIn em 2020 mostrou que os principais motivos que levam os candidatos a escolherem uma empresa são:

  • Salário e benefícios (47%);
  • Oportunidades de crescimento na carreira (45%);
  • Cultura da empresa (44%);
  • Qualidade do trabalho (38%);
  • Localização (36%).

Assim, trabalhar o fortalecimento da marca e da cultura da empresa, além de prezar por um ambiente de trabalho saudável e que proporciona flexibilidade com relação à localização, são fatores importantes para se destacar entre as outras empresas. 

Conclusão

Cinco pessoas sentadas

Por fim, ficou perceptível que, apesar das mudanças no cenário do mercado, a guerra de talentos ainda é um desafio enfrentado pelas empresas e requer esforço do setor de Recursos Humanos para reter e atrair talentos para o negócio. 

Em síntese, como foi apresentado, é necessário oferecer para os profissionais um ambiente de trabalho agradável, com boas condições para se trabalhar e com oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional. Também é importante oferecer remuneração competitiva, benefícios atrativos e um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional.

Seguindo as dicas apresentadas neste artigo, certamente sua empresa estará mais preparada para trabalhar com profissionais competentes que anseiam em crescer junto dela. 

Entendeu  como está o cenário da guerra de talentos atualmente? Então, continue acompanhando o blog PontoTel para seguir se atualizando sobre assuntos empresariais importantes!

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