No cenário atual do mercado de trabalho, o salário já não é o único fator decisivo na escolha de um emprego. Agora, além do dinheiro, os profissionais buscam por outros benefícios que não são exclusivamente financeiros, mas desempenham um papel crucial na decisão de onde trabalhar, sendo conhecidos como benefícios não monetários.

Esses benefícios têm se tornado cada vez mais relevantes e buscados no ambiente profissional, integrando parte das ações necessárias para o bem-estar e a saúde dos colaboradores. 

Com as mudanças das preferências profissionais, as empresas tiveram que se adaptar e criar políticas de benefícios mais abrangentes, incorporando uma variedade maior de vantagens não relacionadas à remuneração para conseguir atrair e reter talentos.

Por isso, entender o que são os benefícios não monetários e como implementá-los na empresa é importante na garantia do sucesso empresarial. Neste artigo, será possível entender esse ponto e outros sobre assunto, a partir dos seguintes tópicos:

• O que são benefícios não monetários? 
• Quais são os principais tipos de benefícios não monetários? 
• Qual a importância dos benefícios não monetários na vida do colaborador? 
• Qual o papel do RH na implementação de benefícios não monetários na empresa?

Aproveite o texto e tenha uma boa leitura!

O que são benefícios não monetários?

Como o nome sugere, benefícios não monetários são aqueles que não são expressos em termos de dinheiro ou salário direto, ou seja, correspondem a vantagens além do valor em dinheiro pago pela empresa todos os meses.

Existem diversas categorias de benefícios não monetários, como plano de saúde, seguro de vida, licença-maternidade ou paternidade remunerada, flexibilidade de horários, day off, bolsa de estudos, vale-alimentação e refeição, oportunidades de desenvolvimento profissional, ginástica laboral, entre outros

Esses benefícios são impactantes na qualidade de vida dos profissionais e podem ser ajustados, e até criados, conforme a categoria e as especificidades da empresa. Quando não são exigidos por lei, as empresas têm a liberdade de incluir benefícios que possam contribuir positivamente para o ambiente de trabalho. 

Quais são os principais tipos de benefícios não monetários?

Existem muitas opções de benefícios não monetários para complementar a cartela de vantagens oferecidas por uma empresa.

Porém, alguns dos que chamam mais atenção dos profissionais são as bolsas de estudos, os planos ligados à saúde, a ginástica laboral e o day off. Veja a seguir mais detalhes sobre cada um deles! 

Planos ligados à saúde 

Na preocupação com a saúde do colaborador, destacam-se plano de saúde (com ou sem coparticipação), plano odontológico e assistência psicológica. Esses benefícios não monetários proporcionam acesso a cuidados médicos, dentários e apoio emocional, promovendo bem-estar e valorizando a qualidade de vida no ambiente de trabalho.

Day off

O day off é um dia de folga concedido pela empresa em dias específicos, sem a redução do valor do dia trabalhado. Ele costuma ser concedido em diversos casos, como na data de aniversário do colaborador, em recompensa por metas ou bom desempenho, para remoção de banco de horas ou pela boa produtividade do funcionário.  

Bolsas de estudos

A bolsa de estudos, ou auxílio-educação, é um benefício no qual o empregador oferece a seus funcionários a oportunidade de continuar sua capacitação, adquirir novas habilidades e conhecimentos relevantes para seu campo de atuação.

Para isso, é concedida uma bolsa de estudos integral ou parcial para a realização de cursos livres, pós-graduação ou especializações.

Ginástica laboral

A ginástica laboral é um benefício que consiste em um programa de exercícios realizado no local de trabalho para melhorar a postura, reduzir dores musculares e prevenir lesões. 

Essas atividades são realizadas em breves pausas durante o expediente, promovendo benefícios na saúde física e mental, como a redução de dores e o bem-estar dos funcionários.

Qual a importância dos benefícios não monetários na vida do colaborador?

Os benefícios não monetários oportunizam várias melhorias na qualidade de vida do colaborador, por isso, cada vez mais os talentos têm buscado empresas que oferecem benefícios adicionais. 

Equilíbrio entre vida profissional e pessoal

Os profissionais, especialmente no Brasil, estão em busca de maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Uma pesquisa da consultoria de RH RandStad mostrou que 81% dos trabalhadores brasileiros almejam esse equilíbrio, uma média superior ao resto do mundo, que é de 67%. 

Com a oferta de benefícios não monetários, uma empresa consegue entregar o tão almejado equilíbrio buscado pelos trabalhadores, pois esses benefícios promovem uma atmosfera de suporte e preocupação com o bem-estar dos funcionários. Bons exemplos são o benefício do day off e a flexibilidade, pois oportunizam melhor aproveitamento de tempo. 

Motivação e satisfação no trabalho 

Uma cartela de benefícios atraente pode aumentar a motivação e a satisfação no trabalho. Primeiro porque esses benefícios representam um reconhecimento do valor dos funcionários para a empresa, gerando um senso de apreciação e pertencimento.

Em segundo lugar, a oferta de benefícios personalizados e abrangentes atende às necessidades individuais dos colaboradores, proporcionando um ambiente de trabalho mais acolhedor e adaptado às suas demandas. Esse trabalho acerca dos benefícios da empresa se traduz em mais motivação, comprometimento e uma cultura organizacional positiva.

Desenvolvimento pessoal e profissional 

Os benefícios não monetários também contribuem para o desenvolvimento pessoal e profissional do trabalhador. Entre eles, destaca-se a bolsa de estudos, que possibilita ao colaborador aprimorar seus conhecimentos, buscar especializações e os aplicar no negócio, podendo até mesmo almejar uma promoção como resultado dessa melhoria.

Saúde mental e bem-estar 

Só no ano de 2023, quase 90% das empresas brasileiras registraram colaboradores afastados por problemas de saúde mental, sendo o terceiro maior motivador de afastamentos no país, segundo o Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho e um estudo da Conexa. 

Devido ao aumento de profissionais com problemas de saúde mental, benefícios que ofereçam apoio psicológico e proporcionam o bem-estar se tornaram importantes para os colaboradores. Ao oferecer esses serviços, a empresa consegue ofertar melhor qualidade de vida e prevenção de doenças em seus funcionários.

Qual o papel do RH na implementação de benefícios não monetários na empresa?

O RH é o setor de maior responsabilidade no que tange à implementação dos benefícios não monetários, desde o estudo das necessidades dos funcionários até a aplicação e o acompanhamento dos benefícios. Entenda a seguir qual o papel do setor na escolha da cartela de benefícios não monetários. 

Pesquisa e identificação das necessidades dos colaboradores

Fazer uma pesquisa e identificar as necessidades dos colaboradores é fundamental para encontrar os benefícios que mais os agradam, sem gerar custos desnecessários para a empresa. Por exemplo, incluir um vale-academia pode não surtir efeito se não houver unidades parceiras próximas às residências ou ao local de trabalho dos colaboradores.

Para realizar essa pesquisa e identificação, é válido aplicar questionários ou realizar entrevistas individuais, focando entender as preferências e necessidades específicas dos funcionários.

Criação de políticas e diretrizes claras

É essencial estabelecer políticas e diretrizes claras, de fácil compreensão e que promovam o respeito aos funcionários. Alguns benefícios podem ser indevidamente utilizados, como o vale-alimentação para a compra de bebidas alcoólicas, ação proibida por lei, ou a venda do vale-transporte.

Portanto, cabe ao RH criar regras específicas para o uso adequado dos benefícios, garantindo o cumprimento das normas legais e éticas da empresa.

Desenvolvimento de programas de benefícios

É papel do setor do RH desenvolver programas de benefícios para reter e atrair talentos, criando pacotes personalizados que atendam às necessidades dos funcionários, incluindo saúde, educação, flexibilidade e reconhecimento, visando oferecer um ambiente mais atrativo com os benefícios mais buscados pelos profissionais do mercado.

Avaliação e ajuste dos benefícios oferecidos

Após a implementação de cada benefício, os profissionais do setor de recursos humanos devem fazer uma avaliação a partir do funcionamento rotineiro do benefício, do suporte da empresa parceira e do feedback dos funcionários.

Além de acompanhar de perto, é essencial realizar ajustes nos benefícios conforme necessário. Determinados problemas podem surgir, motivando a revisão ou modificação dos benefícios, tais como:

• Aumentos nos custos de passagens ou combustível, afetando os benefícios de vale-transporte e vale-combustível;
• Mudanças na legislação relacionada a benefícios, exigindo atualizações nos programas oferecidos;
• Feedback dos funcionários indicando preferências por benefícios alternativos;
• Evolução nas necessidades dos colaboradores, demandando benefícios mais flexíveis ou diversificados;
• Competitividade empresarial, requerendo a introdução de novos benefícios para atrair e reter talentos.

Conclusão

Portanto, ficou perceptível que o salário já não é o único atrativo para os profissionais no mercado de trabalho. Entender as necessidades dos colaboradores existentes e descobrir o que está sendo ofertado pelas empresas concorrentes é crucial ao elaborar um pacote de vantagens não monetárias.

Constantemente há mudanças no mercado de trabalho em relação a benefícios. Novos surgem, outros se modificam e alguns desaparecem. Por isso, manter-se atualizado é necessário para fornecer aos colaboradores o que eles esperam e necessitam, refletindo o compromisso da empresa em ter um ambiente de trabalho satisfatório. 

Seguindo as orientações deste texto, o departamento de Recursos Humanos estará mais preparado para compreender as demandas do mercado e incluir benefícios que atendam às expectativas dos funcionários, resultando em maior produtividade para o negócio.

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