[PESQUISA] Impacto da Geração Z na liderança em 2025
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Time Pontotel 1 de outubro de 2025 RH estratégico

Impacto da Geração Z nas lideranças de RH: novas expectativas, desafios e dados inéditos do mercado brasileiro

Descubra o impacto da Geração Z nas lideranças, novos estilos de gestão, dados inéditos e estratégias para engajar jovens líderes.

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O impacto da Geração Z nas lideranças já é perceptível em empresas de todos os portes e setores, redesenhando expectativas, estilos de gestão e prioridades organizacionais. Composta por profissionais nascidos a partir de meados dos anos 1990, essa geração ingressa no mercado com um olhar crítico sobre hierarquias, forte senso de propósito e alta fluência digital. 

No contexto de Recursos Humanos, compreender a influência da Geração Z nas lideranças é essencial para antecipar mudanças culturais, desenvolver estratégias de retenção e construir ambientes de trabalho mais inclusivos e adaptáveis. 

Neste artigo você vai ter acesso a dados inéditos levantados pela pesquisa exclusiva da Pontotel sobre como o essa força de trabalho está moldando o futuro da gestão e o mercado brasileiro. Os tópicos a seguir destacam os principais pontos abordados: 

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Continue lendo para entender como a Geração Z impacta o mercado de trabalho. 

Quem é a Geração Z e por que ela é tão importante para as empresas?

cinco jovens diferentes, sentados no chão, mexendo no celular, com roupas esportivas

A Geração Z é formada por jovens nascidos entre 1997 e 2012 e a primeira considerada nativamente digital. Profissionais dessa geração já formam maioria  no mercado de trabalho global e suas principais características são marcadas pela fluência tecnológica, valorização da diversidade e busca por propósito em suas carreiras.

A Gen Z importa para as empresas porque traz novas expectativas em relação à liderança, valorizando ambientes com cultura inclusiva, colaborativa e flexível. Sua forma de consumir informação e de se relacionar redefine a cultura organizacional, tornando essencial que os gestores adaptem práticas para engajar e reter esses profissionais.

Perfil demográfico da Geração Z no mercado de trabalho

No Brasil, essa geração representa mais de 40 milhões de pessoas, o equivalente a cerca de 20% da população, segundo dados da CNN Brasil

Tratando-se da primeira geração totalmente nativa digital, que cresceu com internet banda larga, redes sociais e smartphones, essa vivência molda suas escolhas de carreira, expectativas de crescimento e formas de interação no ambiente corporativo.

Presença da Geração Z no mercado de trabalho atual

De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e os dados compilados pelo site Fenati, a Geração Z já corresponde a cerca de 27% da força de trabalho ativa no Brasil. A tendência é que esse número se aproxime dos 30% até 2030, à medida que mais jovens entram no mercado formal.

Esse grupo também protagoniza índices elevados de rotatividade e mobilidade. Além disso, dados da Metrópoles indicam que essa geração já ocupa posições de destaque em setores como tecnologia, marketing, educação digital e empreendedorismo, exigindo das empresas maior flexibilidade, propósito e inovação.

“Falamos da geração Z, dos millennials, que realmente vêm falando muito sobre sentido, propósito, e buscar um lugar onde realmente se sintam alinhados à vida dessas pessoas. Então, hoje, na verdade, o salário não é o suficiente, o retorno financeiro não é o suficiente. Então, começamos a falar, por exemplo, da flexibilidade de horários.“, é a opinião da psicóloga organizacional Lara Avelino

O que torna a Geração Z tão diferente das gerações anteriores?

A principal diferença da Geração Z está na ruptura com o modelo tradicional de autoridade. Esses profissionais rejeitam ambientes de trabalho tóxicos e hierarquias rígidas, preferindo modelos colaborativos e abertos ao diálogo.

Ao contrário dos Millennials, que muitas vezes tentam se encaixar nos modelos já existentes, os também chamados Zoomers chegam com o objetivo claro de transformar o ambiente corporativo. Para eles, líderes devem ser guias, não chefes, pessoas acessíveis, com escuta ativa e posicionamento coerente com os valores que pregam.

Dados e pesquisas sobre o impacto da Geração Z nas lideranças de RH

Quatro jovens sorrindo para um celular, sentados em uma escada

De acordo com a pesquisa exclusiva da Pontotel (relatório completo), 70% dos profissionais da Geração Z já participam de decisões estratégicas, mesmo em cargos iniciais, como assistentes (62,5%) e analistas (71,4%). 

Além disso, 20% dos Gen Z já atuam como supervisores ou gestores, reforçando sua influência precoce no mercado de trabalho.

Mais dados ilustram como a Geração Z já ocupa e influencia posições de liderança, chamando a atenção por suas ambições e comportamentos no mercado de trabalho. Veja a seguir mais detalhes!

Participação estratégica por cargo e tempo de experiência

  • 37% dos jovens entre 15 e 28 anos já ocupam cargos de liderança, segundo pesquisa divulgada pelo Meio & Mensagem;
  • 64% dos jovens da Geração Z querem ocupar posições de liderança, de acordo com estudo do Instituto da Oportunidade Social (iOS);
  • 51% têm interesse em liderar, mas priorizam o propósito sobre o status, mostrou uma pesquisa do Grupo Gestão RH.

Comparativo entre Geração Z e outras gerações na tomada de decisão

Segundo a pesquisa da Pontotel, enquanto 70% da Geração Z afirma participar de decisões estratégicas, esse número é ainda maior entre Millennials (92,5%) e próximo da Geração X (64,3%), superando inclusive os Baby Boomers (60%)

Na mesma pesquisa, a autopercepção de influência da Geração Z (média 3,5 numa escala de 1 a 5) também se mostra significativa diante de outras gerações, apesar da menor experiência.

Segundo estudo publicado em maio de 2025 pela InfoMoney, apenas 10% das empresas têm times de liderança com o perfil multigeracional, enquanto estruturas ainda permanecem dominadas por profissionais entre 30 e 50 anos (20% dos casos). 

Isso sugere que, apesar da ambição e capacidade da Geração Z, há uma lacuna estrutural na representatividade desses jovens na gestão.

O relatório completo da pesquisa exclusiva da Pontotel traz todos os dados, comparativos entre gerações e insights para ajudar empresas a repensarem sua forma de liderar e se preparar para um futuro multigeracional.

Baixe agora o estudo completo e, se quiser receber outros conteúdos estratégicos como este, assine a nossa Newsletter!

Banner da pesquisa sobre o impacto da geração Z na liderança

Protagonismo e autopercepção de influência entre jovens profissionais

Conforme a Deloitte aponta no estudo “Gen Z and Millennials Survey 2024”, a Geração Z acredita ter poder real de transformação dentro das empresas. 

Mais de 50% dos entrevistados afirmaram que suas ações no trabalho influenciam decisões estratégicas e contribuem para mudanças organizacionais.

Como a Geração Z está redefinindo o conceito de liderança?

Segundo pesquisa da McKinsey & Company sobre o futuro da liderança, a liderança deixou de ser vista apenas como autoridade e passou a ser entendida como capacidade de facilitar conexões, inspirar equipes e sustentar a diversidade.

A Geração Z rejeita líderes centralizadores e prefere gestores que atuem como mentores acessíveis, com escuta ativa e abertura ao diálogo. Essa mudança pressiona o RH a revisar programas de desenvolvimento e sucessão de lideranças.

Estilos de liderança emergentes

Entre os estilos mais valorizados pelos jovens profissionais, destacam-se:

De acordo com relatório da LinkedIn Learning 2023, esses estilos estão crescendo em relevância justamente por se alinhar às expectativas da Geração Z.

Os novos pilares da liderança

É possível resumir os pilares emergentes em quatro dimensões centrais:

  1. Transparência: líderes que compartilham informações de forma aberta;
  2. Flexibilidade: ambientes que permitem autonomia e equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
  3. Inovação contínua: incentivo a experimentação e aprendizado constante;
  4. Propósito: conexão clara entre missão organizacional e impacto social.

Segundo a Harvard Business Review, esses elementos são essenciais para que empresas consigam reter e engajar talentos da Geração Z, que rapidamente abandonam ambientes que não correspondem a seus valores.

Por que a Geração Z rejeita hierarquia rígida?

Mulher jovem sentada em mesa olhando para notebook com cozinha ao fundo

A Geração Z rejeita hierarquias rígidas porque cresceu em um ambiente digital, descentralizado e colaborativo

Acostumados a acessar informação sem intermediação e a compartilhar opiniões em redes sociais, esses jovens esperam encontrar no trabalho a mesma abertura. Para eles, autoridade não se legitima pelo cargo, mas pela capacidade de se relacionar, inspirar, ouvir e construir com o time.

Além disso, a vivência dessa geração em um contexto de transformações rápidas a faz enxergar estruturas verticais como lentas e pouco eficazes. Por isso, valoriza modelos de gestão horizontais, nos quais pode contribuir ativamente para decisões estratégicas e sentir que seu trabalho gera impacto real. 

Essa postura explica a preferência por líderes acessíveis, transparentes e orientados a propósito.

Liderança colaborativa: o modelo horizontal da Geração Z

Conforme o relatório “The Gen Z Effect”, publicado pela Deloitte, os profissionais da Geração Z acreditam que estruturas horizontais favorecem a inovação e o engajamento.

Para eles, um líder ideal não é alguém que apenas dá ordens, mas sim um facilitador capaz de mediar conflitos, estimular a criatividade e construir soluções coletivas

Esse modelo de liderança colaborativa ganha força principalmente em startups e empresas de tecnologia, mas começa a se expandir também para organizações tradicionais.

A Geração Z enfrenta resistência nas organizações?

Sim, muitos gestores de gerações anteriores ainda associam autoridade à hierarquia rígida, o que gera choques culturais dentro das equipes. Essa resistência pode se manifestar em:

Essa discrepância entre expectativas cria conflitos intergeracionais e aumenta os índices de rotatividade, já que a Geração Z não hesita em buscar empresas mais alinhadas ao seu estilo de trabalho.

Estratégias para engajar, reter e desenvolver lideranças Gen Z

Conforme a pesquisa “2023 Workplace Learning Report”, do LinkedIn Learning, os RHs que desejam atrair e reter líderes da Geração Z precisam investir em três frentes principais:

  1. Programas de mentoria reversa: em que jovens compartilham conhecimentos digitais e culturais com líderes mais experientes;
  2. Flexibilidade organizacional: horários híbridos, políticas de home office e projetos colaborativos;
  3. Planos de carreira transparentes: que deixam claro como os jovens podem crescer e liderar equipes em curto e médio prazos.

Além disso, oferecer feedbacks constantes, incentivar a formação contínua e dar voz ativa em decisões estratégicas são práticas valorizadas que aumentam a retenção dessa geração.

Conclusão

O impacto da Geração Z nas lideranças já não é apenas uma previsão: é uma realidade em transformação dentro das empresas brasileiras. Essa geração, marcada por propósito, fluência digital e rejeição a modelos hierárquicos rígidos, traz consigo uma nova concepção de liderança, mais colaborativa, inclusiva e transparente.

De acordo com pesquisas recentes, os jovens não apenas desejam liderar, mas também estão assumindo cargos estratégicos em diversas organizações, embora ainda enfrentem barreiras impostas por estruturas tradicionais. Essa tensão intergeracional representa tanto um desafio quanto uma oportunidade para os times de RH.

Para que as empresas consigam atrair, engajar e reter líderes Gen Z, é fundamental:

  • Revisar modelos de liderança para incorporar estilos mais horizontais e participativos;
  • Investir em programas de mentoria reversa, criando diálogo constante entre gerações;
  • Valorizar flexibilidade e autonomia, pilares que influenciam diretamente a permanência desses talentos;
  • Conectar propósito com estratégia de negócio, garantindo que os jovens percebam sentido no que fazem.

Em última análise, compreender como a Geração Z enxerga a liderança é essencial para construir culturas organizacionais resilientes e inovadoras

Quem souber ouvir, adaptar-se e abrir espaço para essa nova geração estará não apenas preparado para o futuro, mas liderando a transformação do mercado de trabalho no presente.

Continue acompanhando o blog Pontotel para ficar por dentro de como cada geração se adapta ao mercado de trabalho e influencia mudanças de comportamento.

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