Resistência a mudanças organizacionais: aprenda a evitar e lidar melhor com as novidades!
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Time Pontotel 27 de março de 2024 Departamento Pessoal
Resistência a mudanças organizacionais: aprenda a evitar e lidar melhor com as novidades!
A resistência a mudanças organizacionais surge quando acontece algum desacordo com ajustes que impactam a rotina dos funcionários.
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Mudanças podem causar ansiedade e medo. Nas empresas, essas reações são poderosas o suficiente para fazer com que um funcionário adquira resistência a mudanças organizacionais, principalmente quando impactam diretamente a rotina de trabalho.

Mas não cabe aos gestores e ao departamento de recursos humanos ignorar a reação de uma equipe que se recusa a aceitar total ou parcialmente novas práticas e tecnologias. Ao contrário, o ideal é fazer desde cedo uma “gestão da resistência”, ou seja, entender as motivações e como reverter o cenário para uma transição harmoniosa.

Este guia foi preparado para ajudar lideranças de empresas a entender o que leva à resistência a mudanças organizacionais e como evitar esse problema. Confira, na lista abaixo, o que será explicado mais adiante:

Continue e descubra como lidar da melhor forma possível com resistências a mudanças organizacionais!

O que são mudanças organizacionais?

Mudanças organizacionais são ajustes que acontecem na empresa e impactam a rotina dos funcionários. Elas são planejadas para aprimorar ou corrigir diferentes aspectos, como estrutura organizacional, cultura empresarial ou estratégia de negócios

Os responsáveis por propor e gerenciar mudanças organizacionais são os líderes e gestores da empresa, enquanto os impactados podem incluir todos os membros da organização, desde funcionários que atuam em contato com os clientes até gerentes e executivos — às vezes, alguns são impactados em maior e outros em menor grau.

Quais são as formas de resistência a mudanças organizacionais?

Uma mulher está olhando para um laptop preocupada enquanto outras pessoas estão em segundo plano

A resistência às mudanças organizacionais pode se manifestar de várias formas, e é importante reconhecê-la como parte do processo de transformação. Geralmente, é possível classificá-la em três categorias: resistência cultural; resistência de grupo; resistência estrutural. Entenda, a seguir, quais são as diferenças entre elas.

Resistência cultural

A resistência cultural no local de trabalho ocorre quando as mudanças propostas na organização entram em conflito direto com os valores, as crenças e as normas arraigadas de um ou mais funcionários.

Por exemplo, considere um funcionário que foi inicialmente contratado para trabalhar em um modelo home office. Mas, a empresa decide que, devido a novas demandas ou estratégias organizacionais, o trabalho desse funcionário agora precisa ser realizado presencialmente.

Nesse caso, o funcionário pode valorizar a flexibilidade e conveniência proporcionadas pelo home office, e a transição para um ambiente de trabalho presencial acaba sendo percebida como uma violação dos valores e das expectativas que ele desenvolveu ao longo do tempo.

Essa resistência cultural pode se manifestar de várias maneiras, como falta de motivação, frustração ou até mesmo recusa em aceitar a mudança e buscar alternativas para continuar trabalhando remotamente.

A empresa, ao reconhecer essa resistência, pode implementar estratégias para facilitar a transição do funcionário para o ambiente de trabalho presencial. Isso inclui fornecer suporte emocional, treinamento e recursos para auxiliar na adaptação.

Resistência de grupo 

Como o nome já sugere, a resistência de grupo acontece quando os membros de um grupo dentro da organização se unem para se opor a determinadas mudanças propostas pelos gestores da empresa em que trabalham

Os grupos podem ser formados por funcionários com interesses comuns, departamentos específicos ou mesmo equipes de trabalho que se sentem impactadas de forma semelhante pelas mudanças geradas na empresa.

Isso pode ser especialmente evidente em situações como mudanças nas políticas de remuneração, introdução de novas tecnologias ou reestruturações que impactam diretamente a dinâmica de trabalho de equipes inteiras.

Resistência estrutural

A resistência estrutural às mudanças organizacionais é uma resposta que ocorre quando as alterações propostas afetam de forma permanente as atividades e rotinas da empresa de maneira rápida. Por exemplo, considere uma empresa que decide mudar seu modelo de negócio de um ambiente predominantemente físico para um modelo de e-commerce. 

Essa mudança exigiria não apenas a introdução de novas tecnologias e processos de vendas online, mas também uma reestruturação de toda a cadeia de suprimentos, logística e atendimento ao cliente. 

A rápida transformação pode encontrar resistência entre os funcionários acostumados com práticas e procedimentos antigos, bem como entre aqueles cujas funções podem ser afetadas pela mudança.

Quais são as razões de resistência à mudança organizacional?

É esperado que as pessoas sintam algum nível de desconforto ou incerteza diante de mudanças, mas compreender as razões por trás dessa resistência pode ajudar a minimizar seus impactos negativos e promover uma transição mais suave. Abaixo, conheça algumas das razões mais comuns para a resistência à mudança organizacional:

  • Medo do desconhecido: muitas vezes, as pessoas resistem à mudança simplesmente porque não sabem o que esperar;
  • Perda de controle: a resistência pode surgir quando os funcionários sentem que estão perdendo controle sobre sua rotina ou seu ambiente de trabalho;
  • Incerteza sobre benefícios: quando os funcionários não entendem os benefícios ou o propósito por trás das mudanças propostas, é provável que resistam a elas;
  • Incompatibilidade com valores e crenças: as pessoas tendem a resistir a mudanças que entram em conflito com seus valores pessoais, crenças ou identidade profissional;
  • Insegurança sobre habilidades: a introdução de novas tecnologias ou práticas de trabalho pode fazer com que os funcionários se sintam inadequados ou incapazes de se adaptarem.

Reconhecendo essas razões subjacentes à resistência, os gestores e o RH podem desenvolver estratégias para promover mudanças de forma mais adaptável e resiliente.

Quais são os custos e riscos da resistência a mudanças organizacionais?

Um homem está empilhando moedas em uma mesa

Quando os funcionários resistem às mudanças organizacionais, isso pode desencadear uma série de problemas que afetam diretamente o orçamento da empresa. A seguir, entenda quais são os principais custos e riscos associados à resistência às mudanças.

Perda de produtividade

O foco e a energia dos colaboradores podem ser desviados para lidar com a incerteza, o estresse e a ansiedade causados pela mudança. Se a equipe está distraída e desmotivada, é possível que a resistência acabe prejudicando o andamento das operações.

Aumento dos custos operacionais

A resistência à mudança pode aumentar a necessidade de retrabalho para corrigir erros decorrentes da baixa produtividade e a contratação de consultores ou especialistas para auxiliar na implementação das mudanças.

A falta de adaptação também pode levar a custos indiretos, como perda de clientes devido a atrasos, erros no fornecimento de produtos ou serviços e danos à reputação da empresa resultantes de uma má gestão da mudança.

Dificuldade de implementação de estratégias

Se os funcionários não estiverem alinhados com os objetivos e as direções da empresa, será mais difícil implementar e executar com sucesso novas iniciativas ou planos estratégicos. Além disso, a resistência pode criar divisões na organização, impedindo a colaboração e a coordenação entre diferentes áreas ou departamentos.

Como identificar a resistência a mudanças organizacionais?

Para identificar a resistência à mudança organizacional, gestores e profissionais de Recursos Humanos podem considerar as seguintes medidas:

  • Prestar atenção aos comportamentos dos funcionários, como aumento do absenteísmo, diminuição da produtividade ou aumento de conflitos interpessoais;
  • Encorajar os funcionários a expressarem suas preocupações e opiniões durante reuniões ou por meio de canais de comunicação, como pesquisas de clima organizacional;
  • Analisar o feedback recebido, procurando padrões ou temas recorrentes que indiquem áreas específicas de preocupação ou insatisfação dos funcionários.

O ideal é que o monitoramento da satisfação dos colaboradores seja uma prática contínua. Isso significa que a empresa não deve limitar-se a realizar avaliações pontuais, mas estabelecer um sistema regular de feedback e acompanhamento da equipe.

Como evitar que haja resistência a mudanças organizacionais?

A resistência à mudança organizacional pode surgir quando os gestores não consideram todos os aspectos que impactam a rotina e o bem-estar dos funcionários. Por isso, a melhor maneira de evitar os efeitos negativos da resistência é planejar cuidadosamente as mudanças organizacionais e antecipar possíveis preocupações dos maiores impactados.

É importante gerenciar as expectativas dos funcionários, fornecendo informações realistas sobre os desafios que podem surgir durante o processo de transição. Esse suporte ajuda a evitar surpresas desagradáveis ​​e minimizar a resistência.

O que fazer para reverter a resistência a mudanças organizacionais?

Uma solução popular para lidar com a resistência à mudança organizacional é fazer com que as pessoas envolvidas “participem” na realização da mudança. No entanto, um artigo publicado por Paul R. Lawrence na revista Havard Business Review mostra que, do ponto de vista prático, a mera “participação” não é uma boa forma de pensar sobre o problema.

 “A participação é um sentimento por parte das pessoas, e não apenas o ato mecânico de ser chamado para participar de discussões”, diz Paul R. Lawrence. 

O ponto de partida para reverter a resistência a mudanças organizacionais está em compreender as motivações por trás da resistência. Nesse sentido, cabe a gestão e ao setor de RH trabalharem com as seguintes medidas:

  • Iniciar conversas abertas e empáticas com os funcionários para entender preocupações e sentimentos em relação à mudança;
  • Considerar os feedbacks dos funcionários e fazer as alterações apropriadas para abordar preocupações legítimas e melhorar a eficácia do processo de implementação da mudança na empresa;
  • Buscar soluções mutuamente benéficas que atendam aos interesses tanto da empresa quanto dos funcionários;
  • Avaliar a possibilidade de estender os prazos para a implementação da mudança, se necessário, para dar aos funcionários mais tempo para assimilarem as alterações.

Em resumo, a participação efetiva dos funcionários na mudança vai além da simples criação de canais de comunicação unidirecionais, como ouvidorias. É fundamental que a empresa demonstre uma genuína disposição em adaptar processos e reavaliar as alterações propostas com base no feedback dos funcionários. 

Conclusão

Mais do que uma simples reação às novidades da empresa, a resistência a mudanças organizacionais é um fenômeno que merece atenção das lideranças da empresa. 

Considerando os efeitos negativos da falta de adaptação dos funcionários a novos processos e tecnologias, cabe aos gestores e ao RH entenderem como adaptar as transformações conforme as necessidades dos impactados pelas mudanças.Para mais dicas sobre gestão de pessoas e tecnologias para o mundo corporativo, não perca as novidades do blog Pontotel.

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