Ergonomia cognitiva: veja conceitos, objetivos e confira estratégias para implementação empresarial
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Time Pontotel 22 de junho de 2023 Departamento Pessoal
Ergonomia cognitiva: veja conceitos, objetivos e confira estratégias para implementação empresarial
A ergonomia cognitiva, tão importante quanto a física e a organizacional, é crucial para o bem-estar mental dos funcionários. Veja como uma empresa pode aplicá-la.
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Dependendo do ambiente de trabalho e do compromisso que uma empresa tem com o bem-estar dos colaboradores, estes podem ou não ter problemas relativos à capacidade cognitiva, como a perda de foco, produtividade e satisfação no trabalho. Isso evidencia bem a importância da implementação da ergonomia cognitiva.

Desde sempre, o ser humano buscou formas de adaptar o seu trabalho e as tarefas que precisava realizar às suas próprias condições. Ou seja, adequar o meio e os recursos de modo que fossem favoráveis para ele, e não o contrário, prejudicando o seu bem-estar.

Como será esclarecido neste conteúdo, algo similar acontece na ergonomia cognitiva, já que o papel dela é ajudar os colaboradores a trabalharem sem que isso gere danos à sua saúde cognitiva.

Aliás, é essa finalidade que torna essa ferramenta vital para uma empresa, visto que o quadro de pessoal precisa estar mentalmente saudável para ser produtivo. Por isso, este artigo abordará os tópicos a seguir para esclarecer os principais aspectos desse assunto:

Tenha uma boa leitura!

Entenda o que é ergonomia

Pessoa utilizando computador

Considerando o significado da palavra ergonomia, o dicionário Michaelis diz que ela se trata do estudo científico da engenharia industrial cuja finalidade é analisar a relação do ser humano com as máquinas presentes no ambiente de trabalho. Além disso, esse estudo é realizado de forma conjunta com psicólogos, fisiologistas e anatomistas.

A origem da palavra ergonomia, inclusive, confirma isso, pois ela deriva do grego “érgon”, que quer dizer trabalho, e de “nómos”, que significa normais ou leis. Logo, essa ciência engloba regras e processos cujo objetivo é melhorar as condições de trabalho para torná-lo compatível tanto com as características físicas quanto cognitivas das pessoas.

Afinal, o que é ergonomia cognitiva?

A princípio, deve-se pontuar que há três tipos de ergonomia: a física, a organizacional e a cognitiva. Diferentemente da física, atrelada à relação entre a anatomia dos colaboradores e o ambiente de trabalho, e da organizacional, relativa à política, à cultura e aos valores organizacionais, a ergonomia cognitiva envolve os processos mentais de um colaborador.

Portanto, por meio da implementação da ergonomia cognitiva, processo com práticas ligadas às questões psicológicas dos funcionários, certos aspectos empresariais são beneficiados, como a confiabilidade humana, a interação entre pessoas e máquinas e a tomada de decisões. Também evita-se o estresse no trabalho e a sobrecarga mental.

Como funciona a ergonomia cognitiva na prática?

No dia a dia corporativo, a ergonomia cognitiva se dá na maneira como os colaboradores pensam e processam as informações enquanto realizam as suas atribuições. Por meio dela e de uma rotina com disciplina, eles se tornam capazes de usar ao seu favor os recursos disponíveis e o ambiente em que estão inseridos.

Em outras palavras, o quadro de pessoal aprimora áreas como concentração, memória, raciocínio, atenção e emoções no ambiente de trabalho. De forma simplificada, isso se dá porque a ergonomia cognitiva identifica os riscos, assunto que será detalhado ainda neste conteúdo, e os elimina, favorecendo o bem-estar e o desempenho mental dos funcionários.

Dessa forma, estes se tornam mais produtivos ao mesmo tempo que cuidam da saúde mental, não deixando que a busca por performance prejudique seu bem-estar cognitivo. Isso, em termos práticos, faz os funcionários cumprirem as suas responsabilidades ao passo que constroem, em conjunto, um ambiente de trabalho saudável.

Quais são os fatores que influenciam a ergonomia cognitiva?

Certos elementos influenciam diretamente a ergonomia cognitiva, sendo um dos principais a atenção, que se trata da capacidade que uma pessoa tem de manter o seu foco direcionado para determinado objeto, como uma tarefa escolar ou empresarial. Assim, com a atenção plena, ela consegue filtrar e processar melhor as informações, tornando-se mais eficiente.

A concentração e o raciocínio também fazem parte dos fatores que influenciam a ergonomia cognitiva. Enquanto a concentração é um tipo de atenção ativa, vital para a realização de atividades mais complexas, o raciocínio refere-se ao uso da razão para se deduzir algo e tirar conclusões. 

Por fim, outros dois componentes também com grande influência são: memória, que diz respeito à capacidade mental de armazenar informações e, quando preciso, evocá-las; e resposta motora, que se trata da capacidade de agir diante de estímulos, seja de forma intencional ou não.

O que são riscos cognitivos nas empresas?

Os riscos cognitivos são os fatores capazes de prejudicar o bem-estar mental dos colaboradores. Isso afeta o desempenho mental deles, tornando-os menos produtivos e mais suscetíveis a problemas cognitivos. Alguns desses riscos são:

  • Complicações psicológicas: ambientes de trabalho rígidos e autoritários geram problemas como o estresse, a ansiedade e a depressão nos colaboradores;
  • Aprendizado reduzido, o que prejudica a eficiência dos treinamentos corporativos;
  • Perda de foco: a mente dos funcionários se distrai facilmente, aumentando o nível de procrastinação;
  • Tomada de decisões afetada: ansiosos e estressados, os colaboradores não conseguem tomar decisões assertivas, afetando a produtividade no trabalho.

Qual a importância da ergonomia cognitiva no ambiente de trabalho?

Homem tomando café enquanto utilizando o computador

Sabendo o que é a ergonomia cognitiva, como ela funciona na prática e os riscos cognitivos que podem afetar os colaboradores, deve-se pontuar todos os âmbitos empresariais favorecidos com as regras e processos fundamentados nessa ciência. Alguns deles estão elencados a seguir. Confira.

Melhoria na qualidade de vida no trabalho

Como já destacado, com a implementação adequada da ergonomia cognitiva, o quadro de pessoal fica longe de várias complicações para a saúde cognitiva, como o estresse e a ansiedade. Isso reflete na melhoria da qualidade de vida deles, já que esta se fundamenta não somente no bem-estar físico e econômico, mas também mental.

Aumento da satisfação profissional

Quanto mais saudável estiver a cognição dos colaboradores, mais produtivos eles serão. O resultado disso é o aumento da satisfação profissional, pois eles não se sentirão ansiosos, mentalmente cansados e muito menos pressionados no ambiente de trabalho. Na verdade, além do sentimento de pertencimento, sentirão que estarão trabalhando com propósito.

Menor fadiga mental e estresse

A sobrecarga de trabalho gera diversas complicações, como as consequências mentais de fadiga e estresse citadas anteriormente, ambos causadores de outros problemas, como a Síndrome de Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional. Um dos benefícios da aplicação da ergonomia cognitiva é justamente evitar esse tipo de cenário.

Melhoria da eficiência e produtividade

A ergonomia cognitiva torna os times mais produtivos: demandas entregues dentro do prazo, clientes satisfeitos, aumento de lucros, entre outros pontos positivos. Tudo isso acontece porque a aplicação dela torna os funcionários cognitivamente saudáveis, o que evita a comunicação violenta entre os colegas e a falta de alinhamento das equipes.

Diminuição da rotatividade

A rotatividade de funcionários também diminui com a aplicação da ergonomia cognitiva, já que os colaboradores, por estarem mais satisfeitos profissionalmente e usufruindo uma ótima qualidade de vida, não sentem desejo de se desligarem da empresa.

Como aplicar a ergonomia cognitiva no trabalho?

Existem medidas que uma organização pode adotar em prol do desenvolvimento da ergonomia cognitiva. Se bem implementadas, elas aumentarão a satisfação dos colaboradores, uma vez que eliminarão problemas de fadiga mental e estresse.

Uma das principais providências é o incentivo dos hobbies que os colaboradores possuem: ao praticarem passatempos nos horários de descanso, eles conseguem reduzir a carga de estresse. O mesmo se dá com a realização de pausas em uma frequência maior, quer seja feito para a execução de atividades físicas laborais, quer seja feito para meditação.

Outra maneira de a empresa aplicar a ergonomia cognitiva no trabalho é por meio da prática da ginástica laboral. Mesmo sendo uma atividade física, essa medida estimula a liberação de hormônios que ajudam os colaboradores a aprimorarem aspectos relativos à questão cognitiva, como a memória, o foco e o bom humor, todos essenciais para a saúde mental.

Além disso, manter o ambiente de trabalho organizado e limpo é outra forma eficiente de implementar a ergonomia cognitiva. Afinal, quanto mais desorganizado for o ambiente onde os colaboradores estiverem trabalhando, mais estímulos, sejam visuais ou sonoros, farão com que eles percam o foco. Isso causará atrasos nas demandas, deixando-os ansiosos.

Conclusão

Mesmo que os colaboradores desenvolvam as melhores habilidades do futuro, sejam estas comportamentais ou técnicas, se estiverem com a capacidade cognitiva prejudicada, terão dificuldades de performance ao desempenharem as suas funções.

Isso ocorre porque a ansiedade, o estresse e as mudanças de humor, por exemplo, problemas relacionados ao aspecto cognitivo do ser humano, são capazes de fazer até funcionários altamente criativos e com habilidades técnicas promissoras tornarem-se improdutivos.

Esse cenário problemático revela o quão importante é para uma empresa entender o que é a ergonomia cognitiva e de que maneira se deve aplicar as técnicas que essa ciência propõe. Este conteúdo focou em elucidar isso, bem como pontuar todos os pontos positivos que os colaboradores usufruem quando estão cognitivamente saudáveis.

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