Quiet thriving: o novo segredo das pessoas que prosperam em silêncio (e vivem melhor no trabalho)
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Time Pontotel 9 de dezembro de 2025 Todos os artigos

Quiet thriving: o que é, como praticar no trabalho e por que “prosperar silenciosamente” virou tendência entre gerações

Saiba como aplicar quiet thriving no trabalho e fortalecer engajamento, bem-estar e produtividade com pequenas ações diárias.

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Quiet thriving é a prática de adotar pequenas mudanças intencionais no dia a dia para aumentar engajamento, bem-estar e satisfação no trabalho, sem depender de mudanças externas.

Diferente de movimentos mais reativos como o quiet quitting, o conceito gira em torno de uma escolha ativa: crescer silenciosamente, a partir de pequenos ajustes pessoais e profissionais que aumentam o senso de propósito no dia a dia corporativo.

A expressão ganhou força nos Estados Unidos por volta de 2022, quando a terapeuta Lesley Alderman descreveu o termo no Washington Post, ao comentar que muitos trabalhadores estavam tentando encontrar satisfação e engajamento mesmo em situações adversas.

Essa tendência reflete uma mudança de mentalidade nas relações de trabalho, especialmente entre Millennials e Geração Z, que buscam mais significado e menos exaustão.

Este artigo aborda o quanto o “quiet thriving” reflete uma mudança de mentalidade nas relações de trabalho, e como profissionais têm buscado pequenas práticas de autocuidado e formas de melhorar o próprio dia dentro da empresa. Também será discutido o papel do RH, e como ele é decisivo para transformar essa atitude individual em cultura organizacional.

A seguir, o que este artigo abordará sobre o tema:

Continue a leitura para começar a entender melhor sobre essa nova tendência!

O que é quiet thriving? Qual a tradução?

Quiet thriving significa “prosperar silenciosamente” dentro do trabalho, por meio de pequenas ações que aumentam o bem-estar no trabalho, o engajamento e a motivação.

O termo vem da junção de quiet (silencioso) e thriving (prosperando), e representa uma postura ativa, não uma reação defensiva.

O conceito está diretamente ligado ao bem-estar emocional no trabalho, já que prosperar exige reconhecer o que aumenta energia, foco e satisfação pessoal.

“O bem-estar é um conceito complexo, pois não possui uma única matriz de análise. Cada indivíduo é único. É necessário analisar a disposição, a energia e a capacidade produtiva das pessoas para entender o que é bem-estar para elas. Isso envolve diversos pontos de ativação no dia a dia, como a relação com líderes, pares, colegas de trabalho, e assim por diante.”, afirma Bruno Rodrigues, CEO e cofundador da GoGood.

Essa visão reforça que quiet thriving depende de identificar os fatores que realmente influenciam a experiência de cada pessoa dentro da empresa.

Por que o tema ganhou força entre Gen Z e Millennials?

O termo se popularizou entreGen Z e Millennial, porque nessas gerações há um desejo crescente de controle emocional e trabalho com propósito. Muitas delas cresceram em contextos de crise (pandemia, insegurança econômica, burnout digital) e não se identificam com modelos tradicionais de sucesso profissional.

Para esses grupos, crescer silenciosamente é uma alternativa mais sustentável à lógica da superexposição. É uma forma de desenvolvimento interno, que valoriza autonomia, significado e saúde mental, em vez de metas agressivas ou hierarquia de cargos. Segundo a Deloitte, 46% da Gen Z e 39% dos Millennials afirmam que saúde mental é uma das suas prioridades no trabalho.

Quiet thriving vs. quiet quitting: qual a diferença prática?

Mulher com cabelos vermelhos e óculos de grau trabalhando em um escritório moderno, sorrindo enquanto usa o computador.

Enquanto quiet quitting representa uma retirada silenciosa do engajamento (fazendo apenas o mínimo necessário), o quiet thriving envolve a escolha de crescer em silêncio, com ações proativas para melhorar a experiência de trabalho.

A diferença central está na intenção. O primeiro é um afastamento; o segundo, uma aproximação ativa.

Quem pratica o quiet quitting tende a se proteger do estresse e da sobrecarga de trabalho.

Já quem adota o quiet thriving busca reformular a relação com o trabalho, sem depender de promoções ou mudanças externas. É a diferença entre sobreviver e prosperar silenciosamente.

Como praticar quiet thriving no trabalho (passo a passo)?

Quiet thriving não é uma mudança radical, mas um ajuste intencional na forma como você se relaciona com o trabalho.

Envolve alinhar rotinas, atitudes e prioridades ao que faz sentido para você, sem depender de mudanças externas ou validação constante.

A seguir, veja um passo a passo prático para cultivar mais propósito, equilíbrio e autonomia no seu dia a dia profissional.

Job crafting: por onde começar?

Job crafting é o processo de adaptar o próprio trabalho para torná-lo mais alinhado ao seu perfil. Ele ajuda a recuperar o senso de autonomia e transformar o cargo em algo que faça mais sentido para as pessoas.

Isso inclui:

  1. Reorganizar tarefas para focar mais o que traz motivação;
  2. Ajustar a forma como se interage com colegas e gestores;
  3. Ressignificar o propósito do seu cargo, conectando-o a algo maior.

A ideia é deixar de ser um executor automático e passar a ser um agente ativo na construção da própria rotina.

Micro-hábitos de energia e bem-estar

Prosperar silenciosamente também exige energia emocional estável. E isso é sustentado por micro-hábitos diários que evitam o acúmulo de estresse. Algumas práticas incluem:

  • Definir pausas conscientes entre reuniões;
  • Utilizar técnicas de respiração antes de tarefas exigentes;
  • Criar rituais de encerramento ao fim do expediente.

Pausas curtas durante o expediente (os chamados “micro-breaks”) podem ajudar a reduzir a fadiga mental, mesmo em atividades de alta demanda cognitiva. Incorporar esses momentos de recuperação ajuda a manter o engajamento de forma sustentável ao longo do dia.

Relações e segurança psicológica

Relações saudáveis são essenciais para o quiet thriving. É preciso cultivar confiança no trabalho, escuta ativa e cultura colaborativa. Ambientes com segurança psicológica permitem que pessoas expressem dúvidas, ideias e desconfortos sem medo de julgamento.

Líderes têm um papel-chave na criação desse ambiente, mas cada colaborador também pode agir para tornar suas relações mais abertas e respeitosas.

Limites e autonomia negociada

É essencial saber estabelecer limites claros e negociar expectativas para evitar o esgotamento profissional. O quiet thriving não é sobre fazer mais, mas fazer melhor e com consciência.

Isso inclui:

  • Negociar prazos de forma realista;
  • Dizer “não” quando necessário;
  • Alinhar entregas com objetivos pessoais e organizacionais.

Benefícios de “prosperar silenciosamente” para profissionais e empresas

O quiet thriving traz ganhos diretos para o bem-estar do colaborador e para a performance das equipes, fortalecendo engajamento e reduzindo o turnover sem exigir grandes mudanças organizacionais.

Benefícios para profissionais

Para o colaborador, prosperar silenciosamente significa recuperar energia emocional e desenvolver um relacionamento mais saudável com o trabalho. Entre os principais impactos estão:

  • maior satisfação e senso de propósito;
  • redução de estresse e melhor equilíbrio emocional;
  • aumento de autonomia e clareza sobre prioridades;
  • mais motivação e fluidez ao executar tarefas.

Benefícios para empresas

Já para as organizações, o quiet thriving se traduz em equipes mais estáveis, engajadas e produtivas, com menos riscos de burnout ou rotatividade. Os resultados incluem:

Segundo o relatório da Gallup (2023), equipes com alto nível de engajamento são 23% mais lucrativas e possuem 81% menos absenteísmo, números que reforçam como práticas de autoconsciência, segurança psicológica e bem-estar impactam diretamente a performance do negócio.

Como líderes e RH podem incentivar quiet thriving?

Homens profissionais sorrindo e conversando em ambiente de escritório moderno, demonstrando colaboração e comunicação eficaz.

RHs e lideranças podem promover o quiet thriving criando estruturas de escuta empática, autonomia e cultura de reconhecimento. Mais do que campanhas pontuais, o incentivo ao prosperar silenciosamente exige atenção a sinais de comportamento, abertura para ajustes individuais e um ecossistema que permita pequenas evoluções contínuas.

Para isso, é importante mapear métricas e sinais de progresso que indicam se os colaboradores estão realmente engajados, mesmo que de forma discreta.

Também é essencial conhecer os erros mais comuns cometidos por lideranças e RHs, que muitas vezes enfraquecem a estratégia por falta de alinhamento ou abordagem top-down.

Nos tópicos a seguir há orientações de como medir, ajustar e sustentar o quiet thriving de forma prática e genuína.

Métricas e sinais de progresso

Para identificar se os colaboradores estão prosperando silenciosamente, é possível observar:

  • Nível de iniciativa em projetos;
  • Participação ativa em rituais da equipe;
  • Feedbacks espontâneos e solicitações de desenvolvimento.

Ferramentas como pulse surveys, check-ins individuais e análise de engajamento digital são úteis para mapear esse progresso. O objetivo não é medir produtividade em excesso, mas monitorar bem-estar e motivação de forma contínua e humanizada.

Erros comuns e como evitá-los

Apesar das boas intenções, muitas iniciativas de quiet thriving falham por abordagens equivocadas ou interpretações distorcidas do conceito.

Os principais erros são:

  • Forçar o conceito como obrigação: o quiet thriving deve ser uma escolha pessoal;
  • Ignorar sinais de burnout: prosperar não é sobre ignorar exaustão;
  • Transformar o conceito em modismo vazio: sem ações concretas, o termo perde impacto.

A melhor forma de incentivar é criar um ecossistema que valorize pequenas melhorias, reconheça esforços sutis e abra espaço para ajustes pessoais na jornada de trabalho.

Conclusão

O quiet thriving não é uma tendência passageira, mas um movimento de adaptação saudável no ambiente de trabalho e carreira profissional. Ao praticá-lo, colaboradores assumem a liderança da própria experiência, enquanto empresas se beneficiam de uma cultura mais humana, flexível e sustentável.

Para RHs e líderes, entender e apoiar esse processo pode ser a chave para criar equipes mais engajadas e resilientes no longo prazo.

Continue acompanhando o blog Pontotel para melhorar cada vez mais a experiência de trabalho dos colaboradores e os resultados da empresa!

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