Calcular salário corretamente é uma etapa importante para garantir a satisfação dos colaboradores e a segurança jurídica da empresa. Entre salário bruto, líquido, proporcional e remuneração de profissionais PJ, existem diferenças importantes que o setor de RH precisa dominar para evitar erros que podem gerar insatisfação ou até problemas legais.
Afinal, o cálculo envolve diversas variáveis, como descontos obrigatórios, benefícios previstos por lei e regras específicas para cada tipo de contrato de trabalho. Uma falha nesse processo pode impactar diretamente a motivação dos colaboradores e expor a empresa a riscos fiscais e trabalhistas.
Com as constantes atualizações da legislação, é cada vez mais importante que o RH tenha domínio técnico e atenção aos detalhes na hora de calcular cada tipo de salário.
Este conteúdo é um guia completo com conceitos essenciais, dicas práticas e exemplos que facilitam a aplicação de cada cálculo no dia a dia do RH. Confira os tópicos que serão abordados:
- O que é o salário?
- Salário bruto ou líquido? Entenda as diferenças
- Adicionais de salário previstos por lei?
- Como calcular salário: métodos práticos e ferramentas
- Como calcular o salário bruto com suas variáveis
- Controle de ponto e cálculo de salário: como esses dois processos estão conectados?
- Qual o melhor sistema de ponto para simplificar o fechamento da folha de pagamento?
- Conclusão

Tenha uma boa leitura e aprendizado!
O que é o salário?
O salário é a remuneração paga ao trabalhador em troca da prestação de serviços em determinado período, normalmente mensal. Essa quantia é estabelecida por meio de contrato de trabalho e segue as normas previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e em outras legislações complementares.
Ele representa o valor acordado entre empregado e empregador para compensar o tempo e a força de trabalho disponibilizados. O pagamento pode ocorrer em dinheiro, depósito bancário ou, em casos específicos, por meio de benefícios que possuam natureza salarial.
Além do valor base, o salário pode incluir componentes variáveis, como adicionais por insalubridade, periculosidade, horas extras, comissões e gratificações. Esses elementos influenciam diretamente o cálculo da remuneração total devida ao colaborador.
O salário também serve de base para o cálculo de direitos trabalhistas, como férias, 13º salário e recolhimentos previdenciários e tributários obrigatórios, definidos pela legislação vigente.
O que compõe o salário de um colaborador?
O salário de um colaborador é composto por diversos elementos que, juntos, formam a remuneração total recebida pelo trabalhador. Esses componentes podem variar conforme o contrato, a função e as normas aplicáveis.
Entre os principais itens que compõem o salário, destacam-se:
- Salário-base ou fixo;
- Horas extras;
- Adicional noturno;
- Comissões e gratificações;
- Adicionais por insalubridade ou periculosidade;
- Benefícios que possuem natureza salarial.
Cada um desses itens contribui para o valor final pago ao colaborador, influenciando também os encargos sociais e os direitos trabalhistas vinculados à remuneração.
Salário bruto ou líquido? Entenda as diferenças

O salário bruto é o valor total antes dos descontos, enquanto o salário líquido é o montante que o colaborador recebe efetivamente após todas as deduções legais e benefícios.
Veja as diferenças na tabela a seguir:
Aspecto | Salário Bruto | Salário Líquido |
Definição | Valor total antes dos descontos | Valor após descontos e deduções obrigatórias |
Componentes | Salário-base, adicionais e benefícios | Salário bruto menos INSS, IR, vale-transporte, etc. |
Uso | Base para cálculo de impostos, encargos e direitos | Valor disponível para uso pelo colaborador |
Visibilidade | Consta no contrato e holerite | Valor efetivamente pago na conta bancária |
Adicionais de salário previstos por lei?
Adicionais de salário são valores acrescidos à remuneração básica do trabalhador, previstos em lei para compensar condições específicas do trabalho ou situações especiais enfrentadas pelo empregado.
Esses adicionais garantem que o colaborador seja remunerado de forma justa quando exerce atividades que exigem maior esforço e exposição a riscos, ou que ocorrem em horários diferenciados.
Os principais adicionais previstos na legislação brasileira incluem:
- Adicional de hora extra: pagamento adicional pelas horas trabalhadas além da jornada regular, geralmente com acréscimo mínimo de 50% sobre o valor da hora normal;
- Adicional noturno: valor acrescido para trabalho realizado entre 22h e 5h, que equivale a pelo menos 20% a mais do que a hora diurna;
- Adicional de insalubridade: compensação para trabalhos em ambientes nocivos à saúde, com percentuais que variam conforme o grau de insalubridade;
- Adicional de periculosidade: pago a quem trabalha em condições perigosas, como exposição a inflamáveis ou eletricidade, com acréscimo de 30% do salário-base.
Descontos no salário: o que a lei permite?
Os descontos no salário do trabalhador são permitidos pela legislação brasileira, desde que respeitem limites estabelecidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e outras normas específicas.
De acordo com o artigo 462 da CLT, descontos só podem ser realizados quando autorizados por lei, acordo coletivo ou contrato, e nunca podem reduzir o salário abaixo do mínimo legal.
Descontos comuns incluem contribuições ao INSS, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), vale-transporte e adiantamentos salariais.
É importante atentar-se para que os descontos não comprometam a remuneração mínima necessária para o sustento do trabalhador. Descontos não autorizados ou realizados em valores superiores aos permitidos podem acarretar multas e processos trabalhistas para a empresa.
Como calcular salário: métodos práticos e ferramentas
O processo de cálculo de salário envolve reunir todas as informações sobre remuneração bruta, descontos obrigatórios e adicionais previstos por lei.
Existem diversas ferramentas e métodos que facilitam esse cálculo, desde planilhas eletrônicas até softwares específicos para folha de pagamento, que automatizam as operações e reduzem falhas.
Passo a passo para calcular o salário líquido com precisão
Calcular o salário líquido exige atenção a detalhes importantes para garantir que todos os valores sejam considerados corretamente.
A seguir, veja um passo a passo simples para realizar esse cálculo de forma precisa.
- Determine o salário bruto: considere o salário-base mais adicionais, como horas extras e adicionais legais;
- Calcule os descontos obrigatórios: INSS, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), contribuições sindicais, entre outros;
- Subtraia os descontos do salário bruto: o resultado será o salário líquido, ou seja, o valor final a ser pago ao colaborador;
- Considere benefícios e descontos facultativos: como vale-transporte e vale-refeição, se houver acordo prévio;
- Revise os cálculos: para evitar erros, especialmente em situações específicas, como férias, licenças ou desligamentos.
Como calcular o salário bruto com suas variáveis

O salário bruto corresponde ao valor total acordado entre empregador e empregado antes de qualquer desconto. Esse valor pode variar conforme diferentes componentes, como salário-base, adicionais legais, comissões e gratificações.
Cálculo de salário proporcional: como funciona nos dias trabalhados
O salário proporcional é aplicado quando o colaborador não trabalha o mês completo, seja por admissão, desligamento ou afastamento.
Nesse caso, o valor pago é calculado com base nos dias efetivamente trabalhados, considerando a jornada estabelecida.
O cálculo é feito dividindo-se o salário mensal pelo número total de dias do mês e multiplicando pelo número de dias trabalhados:
Salário proporcional = (Salário mensal ÷ Dias do mês) × Dias trabalhados
Por exemplo, um profissional com salário mensal de R$ 3.000 que trabalhou 15 dias em um mês com 30 dias receberá a metade do valor, ou seja, R$ 1.500.
Como calcular o salário de profissionais PJ?
Profissionais contratados como Pessoa Jurídica (PJ) recebem por meio de contratos de prestação de serviços, sem vínculo empregatício.
O cálculo do pagamento é definido pelo valor acordado no contrato, que pode ser mensal, por projeto ou por hora trabalhada.
Diferentemente da CLT, o PJ não tem descontos obrigatórios como INSS ou Imposto de Renda Retido na Fonte, devendo recolher seus próprios tributos, como o ISS e o Simples Nacional, conforme o regime tributário adotado.
A remuneração líquida depende dos impostos e das despesas da empresa, sendo importante considerar esses fatores para definir o valor correto a ser recebido.
CLT x PJ: diferenças no cálculo de salário e tributos
Enquanto a CLT prevê descontos obrigatórios e direitos trabalhistas, o regime PJ oferece maior flexibilidade, mas requer cuidados específicos com a tributação e a gestão fiscal.
Confira as diferenças na tabela a seguir:
Aspecto | CLT | PJ |
Natureza do vínculo | Contrato de trabalho com carteira assinada | Contrato de prestação de serviços |
Cálculo da remuneração | Salário fixo + adicionais + descontos legais | Valor negociado no contrato, sem descontos legais |
Tributos principais | INSS, IRRF, FGTS, entre outros | ISS, Simples Nacional, IRPJ conforme regime tributário |
Benefícios e direitos | Férias, 13º salário, FGTS, estabilidade | Não possui direitos trabalhistas garantidos |
Forma de pagamento | Salário líquido após descontos | Valor bruto negociado, sem descontos retidos |
Como evitar erros no cálculo de salário e garantir conformidade?
Para evitar erros no cálculo de salário e garantir conformidade, é fundamental utilizar sistemas confiáveis, manter-se atualizado sobre a legislação trabalhista e revisar os dados cuidadosamente.
Segundo dados da Justiça do Trabalho (2022), problemas relacionados à remuneração do trabalhador representam 17% dos processos, sendo o terceiro maior motivo de ações trabalhistas.
Automatizar processos com softwares específicos reduz falhas e ajuda a cumprir as obrigações legais.
Controle de ponto e cálculo de salário: como esses dois processos estão conectados?

O controle de ponto e o cálculo de salário estão diretamente ligados, pois o registro correto da jornada de trabalho é a base para apurar o valor devido ao colaborador.
O controle de ponto registra horários de entrada, saída, intervalos e horas extras, fornecendo dados precisos para o cálculo do salário bruto.
Por exemplo, se um funcionário trabalha 2 horas extras em um dia, esse tempo deve ser contabilizado para o pagamento adicional correspondente.
Sem um controle eficiente, erros como horas não registradas ou banco de horas mal calculado podem gerar pagamentos incorretos, impactando a conformidade legal e a satisfação do colaborador.
Qual o melhor sistema de ponto para simplificar o fechamento da folha de pagamento?
O melhor sistema de ponto para simplificar o fechamento da folha de pagamento é a Pontotel.
Nossa plataforma 100% em nuvem permite o registro da jornada por app, web, QR Code, reconhecimento facial e comando de voz, garantindo precisão e flexibilidade para todos os tipos de empresas.
A Pontotel oferece um painel em tempo real que facilita o acompanhamento das horas trabalhadas, banco de horas e afastamentos, tornando o cálculo da folha mais rápido e livre de erros. Além disso, gera relatórios detalhados que ajudam no fechamento sem retrabalho.
Outro ponto forte é a integração com os principais sistemas de folha do mercado: essa conexão automatiza o envio de dados, agiliza processos e oferece segurança jurídica, com suporte técnico dedicado e conformidade com a Portaria 671 e a LGPD.
Como a Pontotel se integra a sistemas de folha de pagamento e facilita o cálculo de salário?
A Pontotel se integra a sistemas de folha de pagamento por meio de APIs e arquivos padronizados, garantindo uma transferência rápida e segura dos dados de jornada para o sistema utilizado pela empresa.
Essa integração permite que informações como horas trabalhadas, extras, atrasos, faltas e banco de horas sejam exportadas de forma automatizada.
Com esse processo, o RH elimina a necessidade de lançamentos manuais, reduzindo o risco de erros e otimizando o tempo gasto no fechamento da folha.
“Para a gente, foi bem vantajoso, porque fazíamos a conferência de ponto tudo manual. Agora, baixamos a planilha de fechamento, que vai direto para o sistema, então não temos mais o trabalho manual.”, elogia Juliana, analista de RH da Cataui, que adotou a Pontotel na empresa.
Além disso, nossa plataforma oferece relatórios completos e customizáveis, que facilitam a conferência dos dados antes da transmissão para a folha.
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Conclusão
Portanto, entender como calcular o salário de forma correta é necessário para garantir a conformidade com a legislação e a transparência nas relações de trabalho.
Soluções modernas, como a plataforma da Pontotel, oferecem integração com sistemas de folha de pagamento, tecnologia em nuvem e funcionalidades que automatizam o processo de apuração da jornada, facilitando o fechamento da folha.
Seguindo as orientações apresentadas neste artigo, sua empresa poderá evitar erros, reduzir retrabalho e assegurar a satisfação dos colaboradores.
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