Quiet firing: quais os impactos na produtividade da equipe, como evitar na empresa e o papel do RH!
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Time Pontotel 1 de dezembro de 2023 Departamento Pessoal
Quiet firing: quais os impactos na produtividade da equipe, como evitar na empresa e o papel do RH!
Você já ouviu falar em quiet firing? Conheça o conceito, saiba como ele é praticado e entenda os impactos negativos para as empresas.
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A decisão de desligar um colaborador é sempre um tema delicado nas empresas. Nos últimos anos, termos como quiet quitting e quiet firing ganharam força e trouxeram alertas e pontos de atenção para os gestores de pessoas.

No quiet quitting, os colaboradores apresentam comportamentos inadequados com o intuito de forçar a empresa a demiti-los. Por outro lado, no quiet firing, é a organização quem cria situações para levar o profissional a pedir demissão.

Além de ser uma conduta inadequada, essa atitude traz consequências negativas para a empresa e pode impactar diretamente os resultados do negócio. Este artigo irá explicar o que é quiet firing, como as empresas são prejudicadas e, principalmente, como evitar a prática.

Os tópicos discutidos serão:

Quer saber mais? Continue a leitura e entenda o conceito!

O que é o quiet firing?

O termo “quiet firing”, no mercado de trabalho, ganhou o significado de “dispensa silenciosa”. Ele se refere a atitudes nas quais as empresas não engajam os colaboradores nas atividades da companhia, a fim de gerar um descontentamento com a organização e, assim, levar os funcionários a optarem por pedir demissão

Esse fenômeno ocorre de diversas maneiras: os gestores não passam tarefas para os colaboradores para estes ficarem ociosos, demandam apenas atividades monótonas, não dão feedbacks, entre outras atitudes que geram desconforto para os trabalhadores.

O objetivo é que, gradualmente, os profissionais se sintam desmotivados e desvalorizados, pois assim irão buscar novas oportunidades ou até mesmo deixar a organização sem uma recolocação no mercado de trabalho garantida.

De onde surgiu o termo?

O quiet firing surgiu em resposta ao quiet quitting, no qual o movimento inverso ocorria, ou seja, os colaboradores deixavam de exercer sua função corretamente, com o intuito de gerar um descontentamento nos gestores e forçar a demissão.

Assim, os profissionais diminuem as entregas ou a qualidade nas tarefas realizadas na jornada de trabalho. Além disso, também passam a não dedicar horas adicionais, desligando-se totalmente após a finalização de um dia de trabalho.

No quiet quitting, os trabalhadores buscam encontrar um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, mesmo que isso signifique diminuir a produtividade no trabalho e ser menos valorizado pelo empregador, já que os gestores enxergam essa atitude como falta de engajamento e interesse.

O quiet firing aparece então como uma resposta inadequada para esse comportamento. Logo, ao identificar essa conduta nos colaboradores, os gestores passam a excluí-los, visando forçar uma situação insustentável.

Como funciona o quiet firing?

Mulher observando o horizonte

O quiet firing funciona a partir do fomento de um ambiente de trabalho insustentável de trabalho para o colaborador para que ele peça demissão e, por isso, a empresa não precise tomar essa decisão e arcar com o pagamento dos direitos trabalhistas do funcionário dispensado. 

Para que essa desistência silenciosa ocorra, os líderes procuram criar situações que geram um desconforto contínuo no colaborador. Existem muitas atitudes que podem caracterizar o quiet firing, e o ponto mais preocupante é que estas podem ser utilizadas com frequência, sem que os profissionais tomem consciência da conduta da empresa.

Entre essas atitudes, é possível elencar: 

  • Falta de investimento em treinamento e capacitação
  • Atribuição de atividades de baixa complexidade para o cargo; 
  • Falta de feedback; 
  • Comunicação passivo-agressiva com o colaborador; 
  • Redução ou sobrecarga de atividades; 
  • Isolamento no ambiente de trabalho ao não envolver o profissional em tarefas de equipe. 

Em casos mais graves, as atitudes podem até levar à exaustão, causando doenças laborais, físicas ou mentais.

Esses são apenas alguns exemplos de ações que podem prejudicar o colaborador em uma empresa e aumentam o desgaste na relação com o negócio. Desta forma, o trabalhador enfrenta um alto nível de descontentamento, optando por buscar novas experiências de trabalho e pedir demissão.

Qual o impacto do quiet firing no ambiente de trabalho?

Os impactos da utilização do quiet firing como estratégia para o desligamento de colaboradores que não estão nos planos das empresas são muitos, e transitam desde o prejuízo da imagem corporativa do negócio até eventuais problemas com a justiça trabalhista.

A seguir, confira os principais impactos do quiet firing:

Para a empresa

Apesar de sempre ter existido, atualmente, o conceito ganhou força, deixando os colaboradores mais atentos sobre a prática existente no mercado de trabalho. Essa conduta tem um impacto enorme na construção do employer branding da organização.

Utilizar o quiet firing para forçar um pedido de demissão não é uma atitude adequada para as empresas que querem demonstrar confiança e seriedade para o mercado de trabalho. 

Sendo assim, essa prática tem o potencial de ferir a credibilidade da companhia, o que pode prejudicar a atração de talentos e manchar a imagem da organização para clientes e parceiros comerciais. 

Além disso, o quiet firing também pode ser caracterizado como assédio moral e, se comprovado, trazer problemas com a Justiça do Trabalho.

Para o colaborador

Já para o colaborador, o principal impacto é a criação de um ambiente de trabalho insustentável, tornando o dia a dia insalubre. Assim, o profissional não tem motivação para realizar as tarefas laborais, tendo sua confiança abalada e sua produtividade afetada.

Essa prática não apenas prejudica o potencial profissional do indivíduo, mas também tem um impacto significativo em sua saúde mental. A falta de reconhecimento e valorização no ambiente de trabalho pode levar a sentimentos de desmotivação, baixa autoestima e estresse. Além disso, a exclusão e a falta de comunicação podem criar um clima de ansiedade e isolamento, prejudicando o bem-estar emocional e social do colaborador. 

Ao lidar com essas atitudes a  longo prazo, os colaboradores acabam por desistir do emprego e pedir a dispensa para o empregador.

Quais as consequências do quiet firing para a equipe?

É provável que muitos líderes enxerguem apenas as vantagens do quiet firing para as empresas, como evitar o desgaste de ter que dispensar um profissional e pagar os seus direitos. Entretanto, a prática traz muitas consequências negativas para as equipes. São elas:

Impacto na produtividade

Uma das principais consequências é a diminuição da produtividade da equipe. Isso ocorre principalmente porque o time passa a contar com uma pessoa a menos para realizar as tarefas, já que, pelos gestores não designarem atividades para o colaborador alvo do quiet firing, os demais integrantes passam a ter uma sobrecarga de trabalho.

Aqui, dois problemas são formados: o descontentamento de um profissional, que se sente desvalorizado, e outros funcionários com a qualidade de vida prejudicada com uma quantidade alta de trabalho a ser realizada.

Desgaste da cultura empresarial

O quiet firing tem o potencial de impactar diretamente a cultura organizacional da empresa, pois os colaboradores podem entender que essa conduta faz parte dos princípios da companhia e passar a se sentir desconfortáveis e inseguros com sua posição na empresa. Outro risco é essa visão da empresa se espalhar também para o ambiente externo. 

Baixo clima organizacional

Essa atitude, normalmente realizada pelos gestores, impacta diretamente o clima organizacional do negócio. Isso porque os colaboradores percebem a movimentação, gerando tensão no ambiente de trabalho e diminuindo a integração e colaboração entre as equipes. 

Como evitar o quiet firing?

Duas mulheres conversando

Existem diversas maneiras de evitar a prática do quiet firing nas empresas e de conscientizar os líderes sobre as consequências negativas desse comportamento.

Melhorando a comunicação interna

Mantenha canais de comunicação direta com os colaboradores e melhore a comunicação interna. É importante que os profissionais sintam que a empresa está aberta para ouvi-los. Assim, além de fazer comunicados constantes sobre as ações da companhia, também demonstre que existe espaço para os funcionários falarem sobre suas angústias e seus anseios.

Feedback constante e construtivo

Invista em feedback. Construa uma rotina na qual os gestores tenham uma comunicação assertiva com seus liderados, passando um feedback construtivo sobre o desempenho de cada colaborador. Isso é importante para que os profissionais se sintam valorizados e, principalmente, saibam quais são seus pontos de melhoria e no que eles vem se destacando. 

Ferramentas de acompanhamento de sentimentos

Para o sucesso de um negócio, é indispensável que os colaboradores estejam motivados e tenham uma sensação de pertencimento. Por isso, é importante apostar em ferramentas que acompanhem o sentimento dos colaboradores. Faça pesquisas de satisfação e colha feedback dos profissionais constantemente. 

Qual o papel do RH para evitar o quiet firing?

A equipe de recursos humanos (RH) tem um papel fundamental para evitar que o quiet firing ocorra nas empresas. É essencial que a organização crie um ambiente de gestão humanizado e tenha uma política bem definida de análise de desempenho dos colaboradores.

Desta maneira, os gestores sabem exatamente o que precisam avaliar e os profissionais sabem quais são as suas responsabilidades. Assim, cria-se uma barreira contra atitudes inadequadas de gestores mal-intencionados.

Além disso, os profissionais de RH devem estar à disposição dos colaboradores para ouvir suas preocupações e identificar e promover ações que podem melhorar o ambiente de trabalho. 

Conclusão

O quiet firing é uma conduta que surge nas empresas como uma maneira de forçar um colaborador a pedir demissão para não precisar dispensá-lo. 

Apesar de inadequada e prejudicial para os negócios, muitos líderes criam situações que tornam o ambiente de trabalho insustentável para os trabalhadores. Essa realidade faz com que os colaboradores fiquem insatisfeitos com seu trabalho e, desta forma, peçam a “dispensa silenciosa”. 

Essa conduta  pode ser considerada assédio moral, e acarreta diversas consequências no dia a dia da organização, prejudicando a produtividade da equipe e afetando negativamente a imagem da marca.

Dessa forma, é de grande importância que a empresa e, especialmente, o RH, estejam atentos na postura de seus líderes e gestores e desenvolvam estratégias para evitar a adoção de tais práticas. 

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