Felicidade corporativa – Entenda mais sobre esse conceito e sua importância
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Time Pontotel 25 de março de 2024 Departamento Pessoal
Felicidade corporativa – Entenda mais sobre esse conceito e sua importância
Entenda tudo o que você precisa saber sobre felicidade corporativa e suas vantagens
Imagem de Felicidade corporativa – Entenda mais sobre esse conceito e sua importância

A felicidade corporativa pode parecer um conceito utópico, à princípio. Para muitas pessoas a associação entre trabalho e felicidade é impossível, ou está atrelada a recompensas materiais, como um aumento salarial ou uma promoção

Por essa razão, as gerações anteriores criaram preceitos muito sólidos e imutáveis sobre trabalho, carreira e felicidade. Esses preceitos foram passados de geração em geração, e repetidos até a exaustão. 

As metas profissionais das gerações passadas eram passar cinquenta anos na mesma empresa, ser promovido até cargos de confiança ou ganhar os salários mais altos. E, por almejar esses benefícios palpáveis e momentâneos, era muito comum confundir felicidade com satisfação.  

Com o passar dos anos, as gerações mais novas, principalmente os millenials e a geração Z, tentaram ressignificar esse assunto. Procurou-se entender o que, de fato, era a felicidade dentro do ambiente de trabalho, e muitas descobertas foram feitas. 

Este artigo tem o objetivo de trazer algumas dessas descobertas e explorar, por meio delas, o que é a felicidade corporativa. 

Boa leitura! 

O que é a felicidade corporativa?

imagem de duas mulheres sorrindo mexendo em um computador

Felicidade corporativa é a ideia de ser feliz no trabalho. Mas o que é felicidade, em si? Segundo Renata Rivetti, especialista no assunto, a felicidade é a junção de dois pilares:

  • De um lado, a obtenção de satisfação e de prazer,
  • De outro, a busca por significado e propósito. 

Deste modo, ser feliz no trabalho não se resume apenas aos benefícios materiais que citamos antes. É evidente que promoções, salários mais altos e cargos são importantes, mas eles estão limitados ao campo da satisfação e do prazer. 

Olhando dessa forma, um trabalho que proporcione apenas satisfação e prazer tem a tendência a tornar-se vazio com o passar do tempo. Isso ocorre justamente porque falta significado. Falta propósito. 

Logo, as empresas que são capazes de agir nas duas esferas conseguem atingir níveis mais altos de felicidade corporativa, o que traz muitos benefícios não só para o funcionário, como também para a empresa. 

Mas, antes de vermos os benefícios, é preciso entender o motivo de felicidade corporativa ser um assunto tão contemporâneo. 

Por que a felicidade corporativa é importante?

A felicidade corporativa é importante pois, de acordo com pesquisas recentes, o mundo passa por uma crise de saúde mental alarmante. Transtornos como ansiedade, depressão e estresse têm se tornado cada vez mais recorrentes. 

A razão disso, entre outros fatores, é o trabalho. A pesquisa diz que 44% dos trabalhadores brasileiros relataram ter sofrido esgotamento mental devido a stress ocasionado pelo trabalho (em outras palavras, a síndrome de burnout). 

Mas como mudar esse quadro? 

Para começar, não basta apenas disponibilizar agrados aos funcionários. Junto com os agrados, deve vir alguma proposta significativa. 

Portanto, não basta que lanches à vontade sejam ofertados aos colaboradores. Pode-se disponibilizar uma consultoria em nutrição para auxiliá-los com sua alimentação, por exemplo. 

Felicidade corporativa não é um ambiente descolado, ausência de dress code ou sala de jogos. É investir na saúde mental dos funcionários e proporcionar um ambiente de trabalho positivo e seguro, onde exista um sentimento de pertencimento ao local. 

Benefícios da felicidade corporativa

Agora, podemos falar dos benefícios da felicidade corporativa. Imagine um ambiente de trabalho em que não haja competitividade desleal, forte pressão emocional e cobranças irreais da parte da gestão. 

Esse ambiente gera para o trabalhador e para o empregador uma série de vantagens. Vejamos, a seguir, algumas delas. 

Promoção da qualidade de vida no trabalho

Com menos pressão e stress, o trabalhador se sente mais leve. Ele passa a encarar sua jornada de trabalho como uma oportunidade de desenvolver novas habilidades e viver novos desafios. 

Esse processo se dá através da inserção de uma cultura de cuidar das pessoas. Mais do que produtos e serviços prestados, o material humano é o ativo mais importante de qualquer empresa. 

Aumento de produtividade

imagem de dois homens e uma mulher sentados sorrindo e se cumprimentando

Uma das formas de se atingir a felicidade corporativa é proporcionar ao colaborador a oportunidade de entender sua importância no todo. 

Ao sentir-se parte do processo, o colaborador se dedica mais. Ao dedicar-se mais e colher os frutos de seu esforço, o trabalhador se sente mais feliz. E com maiores índices de felicidade, a produtividade é diretamente impactada.  

Retenção de talentos

Considerando a mudança na qualidade de vida do trabalhador e o aumento de sua produtividade, o fator seguinte é a permanência na empresa. 

Funcionários mais felizes não aceitam propostas da concorrência, nem deixam a empresa por conta de males de saúde ocasionados pelo trabalho. Desta forma, a empresa retém seus talentos ao motivá-los a perseguir um propósito mútuo de crescimento. 

Diminuição do absenteísmo e presenteísmo

Com a retenção e a motivação dos talentos, ocorre também uma diminuição sensível do absenteísmo e do presenteísmo

Um funcionário engajado procura não faltar ao serviço. E quando está presente, ele se dedica às tarefas que precisa executar. 

Melhora do clima organizacional 

Com todos esses fatores, o clima organizacional nas empresas é influenciado positivamente. Gestores podem contar com seus liderados para atribuição de tarefas. O RH passa a nutrir melhor comunicação com os colaboradores. 

Quando o foco é o material humano e a felicidade, o beneficiado nunca é apenas o colaborador. A empresa passa a ter maiores taxas de lucro, produtividade e sustentabilidade de seus negócios. 

Mas quem deve dar o primeiro passo? Entenda a seguir! 

Quem deve ser responsável por promover a felicidade corporativa?

Primeiro, é preciso lembrar que a relação empregatícia nunca pode ser unilateral. Todos têm sua gama de responsabilidade para alcançar a felicidade corporativa, pois ela não é individual, mas um construto social. 

Da parte do colaborador, precisa haver disponibilidade para enfrentar os processos. É preciso estar aberto a mudanças e desenvolver o desejo de progredir. 

Existe a necessidade de desmistificar o workaholic, ou seja, aquele cujo único foco na vida é o trabalho. Segundo Rivetti, a eudaimonia (o desejo por realizações e sentido) é tão importante quanto o hedonismo (a busca por prazeres e satisfação). 

Se deste lado o colaborador deve buscar maior equilíbrio, como deve ser do outro? Leia algumas posturas que a empresa pode adotar a fim de promover a felicidade corporativa. 

CHO e RH 

O CHO (Chief Happiness Officer) é um termo criado para definir o profissional cuja função é a de promover felicidade nas empresas. Suas principais funções são: 

  • Criar um ambiente de segurança psicológica ao atuar junto aos gestores e à liderança,
  • Auxiliar a equipe a desenvolver seu próprio conceito de autorresponsabilidade, 
  • Ajudar a empresa a esclarecer e definir seu propósito,
  • Inserir na pauta temas sócio-emocionais como diversidade, inclusão e salário emocional.

No entanto, observe que para que o CHO tenha êxito no cumprimento de suas propostas, ele precisa de alguém que entenda e conheça os colaboradores. Esse alguém é o RH

O RH, historicamente, tem como função intermediar e facilitar a comunicação entre os líderes e seus liderados. Ao conhecer o material humano da empresa, podem-se desenvolver estratégias personalizadas junto ao CHO para cada colaborador. 

Líderes e Gestores

imagem de um grupo de pessoas sentado ao redor de uma mesa conversando

E, por falar em comunicação, a principal habilidade para líderes e gestores é a conversa. Saber ouvir os desejos e anseios dos colaboradores com transparência e cordialidade é o primeiro passo na construção da felicidade corporativa. 

Uma pesquisa feita pelo Harvard Business Review aponta algumas das habilidades necessárias para líderes e gestores na nutrição de uma cultura positiva: 

  1. Fomentar conexões sociais – Uma pesquisa feita na Universidade da Califórnia mostra que as pessoas com relações sociais pobres têm 70% mais chances de mortalidade prematura. 
  2. Demonstrar empatia – Estudos da Universidade de Michigan mostram que líderes que demonstram compaixão com seus funcionários aumentam as chances de desenvolver resiliência pessoal e coletiva em tempos de crise. 
  3. Sair de sua zona de conforto para ajudar o próximo – Pesquisadores da Universidade de Negócios de Nova Iorque mostram que líderes que exercem altruísmo inspiram colaboradores a se tornarem mais leais e comprometidos. 
  4. Encorajar as pessoas a falarem com você, especialmente sobre seus problemas pessoais – Dados de Harvard mostram que os funcionários aprendem e desempenham melhor com líderes humildes e encorajadores. 

Conclusão

Com base nestas reflexões, o conceito de felicidade corporativa se torna mais amplo. Não bastam palestras e workshops para os funcionários cumprirem hora. 

É preciso uma mudança na cultura e na forma como a empresa vê seu patrimônio. O enfoque precisa ser humano, visando o bem-estar e a saúde mental do funcionário. 

A empresa tem índices maiores de felicidade ao incentivar em seus colaboradores elementos como sono e alimentação de qualidade, exercícios, meditação e tempo com a família e amigos. 

Caso contrário, os custos acabam sendo muito maiores: despesas médicas com saúde, desengajamento e ausência de lealdade, o que proporciona o turnover voluntário. 

Se o funcionário se sente empoderado, valorizado, vê propósito no serviço que executa e nutre um senso de igualdade dentro da empresa, sua performance será muito maior que o esperado. 

Portanto, investir em felicidade é algo tangível, proporcionado através de métodos e colaboração entre todos os indivíduos integrantes do processo de trabalho, desde os líderes até os colaboradores. 

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