Está sobrecarregado? Confira técnicas de stress management
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Time Pontotel 19 de setembro de 2025 Gestão de Pessoas

Stress management no trabalho: entenda o impacto na produtividade e como as empresas podem reverter este cenário 

Entenda como aplicar o stress management no trabalho e descubra técnicas eficazes para reduzir o estresse e aumentar a produtividade nas empresas.

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Diante de metas agressivas, mudanças rápidas e pressões emocionais, o chamado stress management, ou gerenciamento do estresse, precisa ter a atenção de empresas que desejam manter a produtividade, a saúde mental dos colaboradores e a sustentabilidade dos negócios.

O aumento do estresse no ambiente corporativo deixou de ser uma preocupação secundária, e ignorar os sinais de estafa, desmotivação e absenteísmo pode custar caro: segundo a OMS, são quase 12 bilhões de dias de trabalho perdidos por sintomas como ansiedade, depressão e estresse relacionados ao trabalho. 

Neste artigo, será explicado como o stress management impacta diretamente os resultados da empresa, quais são suas causas mais comuns e como líderes e RHs podem transformar esse cenário.

Os tópicos a seguir destacam os principais pontos abordados: 

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Boa leitura! 

 

O que é stress management?

Quatro pessoas sorrindo ao redor de uma mesa em ambiente corporativo

Stress management é o conjunto de estratégias e práticas voltadas para identificar, reduzir e prevenir o estresse no ambiente de trabalho, promovendo saúde e produtividade.

O conceito, traduzido como gerenciamento do estresse, vai além do cuidado individual com a saúde mental: trata-se de uma abordagem organizacional que busca mitigar as causas estruturais do estresse, melhorar o clima de trabalho e aumentar a resiliência das equipes.

Na prática, isso significa promover um ambiente mais equilibrado, com lideranças preparadas, metas realistas e canais de escuta ativa.

Investir em gestão de stress é também uma medida de performance: empresas que adotam boas práticas percebem redução no turnover, melhora no engajamento e aumento da produtividade sustentável.

Como o estresse afeta a produtividade e o bem-estar dos colaboradores

O estresse crônico no trabalho compromete diretamente a qualidade das entregas e a saúde física e emocional das equipes. 

Colaboradores sob pressão tendem a cometer mais erros e apresentar menor capacidade de concentração, e se mostram desengajados e com absenteísmo frequente. 

De acordo com dados da International Stress Management Association (ISMA-BR), mais de 70% dos brasileiros sofrem com estresse no trabalho, e desse total, 30% estão em nível de burnout.

Em ambientes onde a pressão não é acompanhada de suporte e reconhecimento, cresce o risco de adoecimento mental, afastamentos prolongados e queda na produtividade, um prejuízo silencioso, mas real, para as empresas.

 

Causas comuns de estresse no ambiente corporativo

As principais causas de estresse no trabalho envolvem sobrecarga de tarefas, falta de reconhecimento, clima tóxico e lideranças despreparadas.

O ambiente corporativo impõe rotinas intensas que, quando não gerenciadas, geram níveis elevados de estresse entre os colaboradores. 

A seguir, estão detalhados os fatores mais recorrentes que contribuem para esse cenário e devem ser mapeados pelas áreas de gestão de pessoas.

Sobrecarga de tarefas e metas inalcançáveis

Quando a demanda de trabalho ultrapassa a capacidade real de execução, instala-se um ciclo de exaustão. Jornadas extensas, urgências constantes e metas irreais criam um estado de alerta contínuo, que compromete o foco e a motivação. 

Esse tipo de sobrecarga também leva à sensação de insuficiência, mesmo entre profissionais altamente qualificados.

Falta de reconhecimento

A ausência de valorização pelo esforço realizado é um dos grandes gatilhos do estresse. 

Quando os colaboradores percebem que seu desempenho passa despercebido ou é considerado insuficiente, mesmo diante de bons resultados, ocorre uma queda significativa na motivação da equipe. 

O reconhecimento não precisa ser financeiro: feedbacks positivos e visibilidade interna são fundamentais para manter o engajamento.

Clima organizacional tóxico

Ambientes competitivos ao extremo, com pouca empatia e excesso de cobranças, favorecem relações desgastantes e insegurança emocional.

O clima tóxico pode se manifestar por meio de fofocas, desconfiança entre setores, isolamento de colaboradores e falta de diálogo transparente. Esse contexto, além de favorecer o adoecimento, aumenta os pedidos de demissão voluntária.

Lideranças ruins e conflitos interpessoais

Gestores despreparados, autoritários ou omissos são fortes fontes de estresse no trabalho. Uma liderança que não oferece suporte, não escuta a equipe e não lida com conflitos tende a agravar tensões internas. 

Além disso, conflitos mal resolvidos entre colegas impactam diretamente a sensação de pertencimento e a segurança psicológica, indispensáveis para a saúde organizacional.

 

Técnicas de gestão de estresse para empresas

Mulher apontando para tela de notebook com caneta enquanto outra pessoa olha para o mesmo lugar

As principais técnicas para reduzir o estresse nas empresas incluem comunicação clara, reconhecimento frequente, pausas conscientes e uma cultura de feedback saudável.

Mas implementar estratégias de stress management no ambiente corporativo exige ação coordenada entre lideranças, RH e cultura organizacional.

Não se trata de soluções pontuais, mas de um esforço contínuo para tornar o ambiente mais equilibrado e favorável ao bem-estar emocional dos colaboradores.

Promova uma comunicação assertiva e transparente

A ausência de informações claras gera insegurança e abre espaço para interpretações negativas. 

Por isso, promover uma comunicação interna direta, acessível e coerente é uma das bases para reduzir o estresse. É fundamental alinhar expectativas, compartilhar decisões com antecedência e manter canais abertos para dúvidas e feedbacks.

Isso gera mais alinhamento entre equipes, menos ruídos e maior sensação de confiança organizacional.

Reconheça e valorize os colaboradores

O reconhecimento é um antídoto direto ao estresse emocional causado pela invisibilidade. Empresas que criam políticas claras de valorização, sejam elas formais, como programas de premiação, ou informais, como elogios públicos, aumentam significativamente a motivação da equipe. 

Segundo estudo da Gallup, colaboradores que se sentem reconhecidos têm 63% mais chance de permanecer na empresa por mais de um ano.

Implante pausas conscientes e programas de bem-estar

A produtividade sustentável não vem do esforço contínuo, mas de ciclos equilibrados de foco e recuperação. 

Incentivar pausas curtas ao longo do dia, implantar áreas de descompressão e oferecer iniciativas como meditação guiada, ginástica laboral ou apoio psicológico são práticas eficazes para reduzir o estresse.

Alguns exemplos de ações bem-estar corporativo são:

  • Sessões de mindfulness semanais;
  • Apoio psicológico via plataformas digitais;
  • Parcerias com academias e espaços de relaxamento;
  • Campanhas internas de autocuidado.

Construa uma cultura de feedback constante e saudável

Feedbacks não devem ser reservados apenas para avaliações formais. Isso porque uma cultura de retorno, quando bem estruturada, ajuda a reduzir incertezas e dá ao colaborador mais clareza sobre seu desempenho. 

Essa previsibilidade emocional reduz a ansiedade e cria um ciclo positivo de desenvolvimento.

Passos simples para aplicar uma cultura de feedback:

  1. Agende check-ins individuais regulares: reserve, no mínimo, 30 minutos quinzenais com cada colaborador para acompanhar entregas, ouvir dificuldades e reconhecer avanços. Esses encontros fortalecem a confiança e criam um canal de diálogo;
  2. Utilize o modelo SBI (Situação – Comportamento – Impacto): ensine os líderes a estruturar o feedback com base em fatos observáveis. Exemplo: “Na reunião de segunda (situação), você interrompeu duas vezes um colega (comportamento), o que gerou desconforto na equipe (impacto)”. Isso evita julgamentos e torna o retorno mais claro;
  3. Inclua perguntas de escuta ativa no final do feedback: após dar o retorno, o líder deve perguntar: “Como você percebe isso?” ou “Você gostaria de compartilhar algo sobre o que foi dito?”. Isso convida o colaborador a participar da conversa e reduz resistências;
  4. Estimule o feedback entre pares com mediação inicial: promova rodas de conversa ou dinâmicas facilitadas onde os próprios colaboradores possam compartilhar percepções de forma segura, com apoio do RH ou do gestor; 
  5. Crie um repositório anônimo para sugestões e retornos gerais: implantar uma ferramenta ou formulário digital onde colaboradores possam dar feedbacks ao time ou à liderança de forma anônima ajuda a captar pontos que não seriam ditos em conversas diretas.
 

O papel da liderança no gerenciamento de stress da equipe

Líderes têm impacto direto no gerenciamento de stress ao atuarem como agentes de escuta, regulação emocional e promotores de um ambiente psicologicamente seguro.

Uma liderança boa cria as condições para que eles sejam alcançados com equilíbrio emocional, e respeita o espaço do liderado para uma recuperação necessária. 

“Contactar colaboradores fora do horário de trabalho, mesmo que para resolver um problema urgente, pode causar desgaste a longo prazo, aumentando o estresse e a ansiedade. É essencial ter essa visão focada na saúde do outro”, foi o exemplo de Naomi Wagatsuma, analista de projetos na Pontotel, sobre o assunto. 

Quando um líder está atento aos sinais de sobrecarga, mantém diálogo transparente e oferece suporte real à equipe, ele reduz o impacto do estresse no dia a dia. 

Pratique escuta ativa e comunicação empática com a equipe

A escuta ativa é a base para identificar sinais precoces de estresse. Ela exige atenção plena, ausência de julgamentos e validação das emoções do colaborador. 

Líderes que interrompem pouco, reformulam o que ouviram e demonstram real interesse pelas falas da equipe constroem um ambiente seguro.

A comunicação empática também pressupõe reconhecer o contexto emocional do outro. Isso significa adaptar o tom da conversa, respeitar momentos delicados e oferecer apoio concreto, como flexibilizar prazos ou redistribuir tarefas, quando necessário.

Invista em treinamentos de inteligência emocional para líderes

Liderar sob pressão exige mais do que habilidades técnicas. É preciso desenvolver autorregulação emocional, empatia e clareza de pensamento em situações de conflito. Programas de desenvolvimento voltados à inteligência emocional ajudam gestores a lidar melhor com o próprio estresse e a conduzir as equipes de forma mais equilibrada.

Empresas podem oferecer formações em:

Esses treinamentos podem melhorar a performance da liderança e influenciar o clima e o bem-estar organizacional.

Conclusão

O stress management deixou de ser um diferencial para se tornar uma necessidade nas empresas que desejam manter equipes saudáveis, produtivas e engajadas. 

Ignorar o impacto do estresse no ambiente corporativo significa abrir espaço para afastamentos, alta rotatividade, conflitos internos e queda na performance organizacional.

Ao identificar as causas mais comuns, como sobrecarga, falta de reconhecimento e lideranças despreparadas, as organizações podem implementar ações estruturais para mitigar esses fatores. 

Estratégias como promover pausas conscientes, estimular a cultura de feedback e capacitar líderes emocionalmente são passos concretos rumo a uma gestão de pessoas mais humanizada e eficaz.

Continue acompanhando o blog Pontotel para ficar por dentro das melhores práticas de bem-estar e gestão do mercado de trabalho.

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