Desgaste no trabalho: causas, impactos e estratégias de prevenção para empresas

Desgaste no trabalho é uma realidade presente em diferentes níveis e contextos das organizações modernas. Surge como um acúmulo de exigências, pressões e desafios que ultrapassam a capacidade do colaborador de lidar e se recuperar, manifestando-se em sintomas físicos, mentais e emocionais.

Reconhecer o desgaste é o primeiro passo para empresas atuarem com responsabilidade e promoverem ambientes de trabalho saudáveis. Isso porque as consequências do desgaste não afetam apenas o indivíduo, mas reverberam na produtividade, no clima organizacional e na retenção de talentos.

Portanto, gestores e profissionais de Recursos Humanos devem mapear causas, mensurar impactos e estruturar estratégias preventivas embasadas. Este conteúdo vai auxiliar nisso!

• O que é desgaste no trabalho?
• Principais causas do desgaste no ambiente corporativo
• Impactos do desgaste no trabalho e ações de prevenção
• Tecnologias e ferramentas para prevenir e reduzir o desgaste no trabalho

Acompanhe até o final para também ver como os relatórios da Pontotel podem ajudar a evitar o desgaste no seu ambiente de trabalho!

O que é desgaste no trabalho?

É um processo gradativo de esgotamento profissional, envolvendo as capacidades físicas, cognitivas e emocionais do trabalhador. Ele ocorre quando as demandas ultrapassam os recursos pessoais e organizacionais de suporte, e tende a se agravar quando os mecanismos de recuperação são insuficientes (sono, pausas, apoio social).

“Contactar colaboradores fora do horário de trabalho, mesmo que para resolver um problema urgente, pode causar desgaste a longo prazo, aumentando o estresse e a ansiedade. É essencial ter essa visão focada na saúde do outro.”, alerta Naomi Wagatsuma, coordenadora de projetos na Pontotel.

Sobram estudos sobre esse tema e os resultados são preocupantes: a maioria das pessoas que participam de pesquisas sobre o ambiente em que trabalham e suas demandas estão cada vez mais desgastadas.

A Vittude, em parceria com a Opinion Box, revelou que 40% dos brasileiros percebem o trabalho como fonte significativa de estresse e desgaste mental.

O LinkedIn também apontou que 90% dos profissionais brasileiros relatam sobrecarga de trabalho, impactando saúde mental e produtividade. Na mesma pesquisa, 87% dos profissionais afirmaram que enfrentam pressão constante no ambiente corporativo, prejudicando sua saúde mental e, consequentemente, seu desempenho nas tarefas.

Para lidar com o problema de forma eficaz, o primeiro passo é entender o que de fato caracteriza o desgaste no trabalho. A seguir, entenda as diferentes formas que ele pode assumir no cotidiano profissional.

Desgaste físico vs. desgaste mental

O desgaste físico manifesta-se por fadiga muscular, dores constantes, distúrbios do sono, exaustão corporal. Já o desgaste mental envolve dificuldades de concentração, redução da motivação, irritabilidade, sensação de incompetência e esgotamento emocional.

Frequentemente, essas duas dimensões se interrelacionam, de modo que o cansaço físico potencializa o cansaço mental.

Segundo o Ministério da Saúde, a síndrome de Burnout é um tipo de distúrbio emocional caracterizado por exaustão física e mental decorrente de ambiente de trabalho desgastante (que demanda responsabilidade constante). Estima-se que cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros já apresentam sintomas compatíveis com a condição.

Compreendido o que é o desgaste físico e mental, é hora de analisar o que o provoca dentro das organizações. As causas são diversas, mas muitas delas estão diretamente ligadas à cultura organizacional e à gestão de pessoas.

Principais causas do desgaste no ambiente corporativo

Diversos fatores organizacionais e culturais contribuem para o surgimento do desgaste no trabalho.

Uma revisão publicada pela Revista Fisioterapia do Trabalho destaca que elementos como carga de trabalho excessiva, baixa autonomia, pressão por metas agressivas, falta de reconhecimento, ambientes tóxicos e instabilidade organizacional estão entre os principais gatilhos do desgaste ocupacional e da síndrome de burnout.

Esses fatores não apenas afetam a saúde mental dos colaboradores, como também impactam diretamente o desempenho e a permanência nas empresas. A seguir, entenda melhor as causas!

Sobrecarga de tarefas e longas jornadas

Quando um colaborador enfrenta um trabalho excessivo sem recursos e apoio proporcionais, começa um desequilíbrio entre demanda e capacidade de resposta. Jornadas extensas e falta de intervalos impõem desgaste físico e mental contínuo.

Falta de reconhecimento e feedback

A ausência de retorno sobre o trabalho realizado ou reconhecimento adequado reduz o senso de valorização profissional. Isso gera insatisfação, desmotivação e sensação de inutilidade progressiva. A falta de feedback construtivo empobrece o engajamento do colaborador com seus objetivos.

Transformações constantes e instabilidade organizacional

Mudanças frequentes (reestruturações, novas metodologias, fusões) sem comunicação transparente ou preparo induzem insegurança e sensação de imprevisibilidade. A instabilidade no ambiente leva colaboradores a trabalharem em estado de vigilância crônica, favorecendo o desgaste mental.

Impactos do desgaste no trabalho e ações de prevenção

O desgaste no trabalho gera consequências significativas para a saúde dos colaboradores e para os resultados das empresas. Seus efeitos vão além do cansaço individual, afetando indicadores como produtividade, clima organizacional e rotatividade.

Por isso, entender seus impactos e adotar ações preventivas é decisivo para manter equipes saudáveis e engajadas.

Impactos

O desgaste no trabalho acarreta impactos visíveis e mensuráveis, tanto no indivíduo quanto na organização:

1. Queda na produtividade e presenteísmo: sintomas emocionais reduzem a eficiência e a concentração, o que aumenta o presenteísmo mais que o absenteísmo;
2. Aumento do absenteísmo e licenças médicas: transtornos relacionados ao trabalho impulsionam afastamentos (ex: transtornos mentais);
3. Rotatividade elevada: colaboradores exaustos tendem a buscar outras oportunidades ou desistir, ampliando custos de recrutamento;
4. Clima organizacional deteriorado: tensão, conflitos, comunicação fragilizada e moral baixo contaminam o ambiente de trabalho;
5. Problemas de saúde: casos de esgotamento emocional podem evoluir a quadros depressivos, doenças cardiovasculares e outras condições crônicas.

Existe uma solução prática e eficaz para cada um desses impactos negativos. As dicas abaixo podem transformar o desempenho dos colaboradores da sua empresa e torná-la significativamente mais saudável.

Ações efetivas

Para mitigar ou prevenir o desgaste físico e mental, as empresas podem adotar estratégias como:

• Promover equilíbrio entre carga de trabalho e metas realistas;
• Estabelecer pausas obrigatórias e intervalos regulares;
• Implementar política clara de reconhecimento e feedback contínuo;
• Capacitar líderes para comunicação empática e escuta ativa;
• Oferecer segurança psicológica no trabalho e programas de saúde mental;
• Fomentar flexibilidade e autonomia para o colaborador;
• Monitorar sinais de desgaste por meio de pesquisas internas e indicadores de clima.

Mais do que boas práticas, o uso de tecnologia tem se mostrado um forte aliado no combate ao desgaste físico e mental. Veja agora como plataformas e ferramentas podem contribuir para ambientes mais saudáveis e equilibrados.

Tecnologias e ferramentas para prevenir e reduzir o desgaste no trabalho

Ferramentas modernas reduzem atritos operacionais e permitem monitoramento proativo dos níveis de desgaste na equipe.

Uma revisão de escopo publicada no ResearchGate analisou 25 estudos e concluiu que ferramentas como aplicativos de saúde, plataformas online e realidade virtual ajudam a monitorar o nível de estresse e bem-estar psicológico dos colaboradores. Esses recursos permitem intervenções rápidas e personalizadas.

Outro estudo, publicado na Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, recomenda o uso de sistemas tecnológicos como parte de políticas preventivas em empresas, destacando que o acompanhamento via plataformas tecnológicas reduz a incidência de transtornos psicológicos e melhora a experiência profissional dos colaboradores.

Veja abaixo algumas dicas de tecnologias e ferramentas que podem ajudar a sua empresa nessas questões!

Ferramentas de gestão de tarefas e produtividade

Softwares de gestão como Trello, Asana e ClickUp, possibilitam visibilidade de carga de trabalho, priorização clara e controle de backlog. Essa organização reduz o acúmulo desordenado de tarefas e traz previsibilidade à rotina.

Programas de saúde corporativa e bem-estar

Programas de bem-estar (ex: Zenklub, Gympass) permitem oferecer atendimento psicológico, ginástica laboral, meditação guiada e acompanhamento individual. Essas iniciativas reforçam suporte emocional e físico ao colaborador.

Software para controle de jornada

Sistemas de ponto digital e controle de jornada contribuem para garantir conformidade legal, registrar horas extras e auxiliar na gestão de afastamentos.

Como os relatórios da Pontotel podem ajudar a evitar desgaste no trabalho

Os relatórios da Pontotel transformam marcações de ponto em sinais de risco operacionais: horas extras recorrentes, jornadas acima do padrão e variações de escala por equipe e período.

Com essa leitura, o gestor consegue intervir cedo: realocar turnos, priorizar folgas e nivelar carga, antes que o problema vire afastamento.

A urgência é real. Trabalhar +55h/semana eleva o risco de AVC em 35% e de morte por doença isquêmica do coração em 17%, segundo uma análise conjunta da Organização Mundial de Saúde /ILO). A própria WHO classifica o burnout como fenômeno ocupacional ligado a estresse crônico não gerido, o que exige monitorar indicadores organizacionais, não só agir no indivíduo.

Em um panorama europeu recente, estressores psicossociais seguem prevalentes, reforçando a necessidade de gestão ativa de jornada.

Com os relatórios da Pontotel o que você recebe na prática é:
• Triagem de risco por pessoa/equipe: detecção de picos de hora extra e variações anormais de jornada para priorizar intervenções.
• Planejamento de escala: visão por dia/turno para suavizar picos sem perder produtividade.
• Evidências para líderes: antes/depois das ações para comprovar impacto e ajustar política de jornada.

Entenda mais sobre os nossos relatórios de ponto clicando aqui e preencha o formulário no artigo para receber um diagnóstico inicial da sua jornada e um plano de configuração dos relatórios da Pontotel no seu contexto.

Conclusão

Compreender e enfrentar o desgaste no trabalho é uma tarefa que exige comprometimento dos gestores, com estratégias bem desenhadas e uso inteligente de tecnologia.

Ao diferenciar o desgaste físico do mental, mapear causas, mensurar impactos e aplicar intervenções estruturadas, as empresas promovem o crescimento sustentável da empresa. Ferramentas como as soluções de jornada da Pontotel ampliam a capacidade de monitoramento, atuação preventiva e promoção do equilíbrio no ambiente laboral.

Continue acompanhando o blog Pontotel para entender como criar ambientes de trabalho produtivos e promover a saúde física e emocional dos seus colaboradores!