RH reativo: veja as principais desvantagens
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Time Pontotel 24 de janeiro de 2025 Gestão de Pessoas

RH Reativo: descubra o que é, como ele impacta a empresa e por que adota uma abordagem proativa

O que é RH reativo e como funciona? Conheça essa abordagem de gestão e veja como implementar o RH proativo, tática mais estratégica.

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A gestão de recursos humanos, se feita estrategicamente, consegue alinhar os objetivos da empresa com os dos funcionários. Também consegue criar um local de trabalho, seja remoto, presencial ou híbrido, mais produtivo e saudável. E uma gestão reativa no RH, por essência, prejudica a eficiência dessa gestão de pessoas.

O estudo “Gestão de recursos humanos e o impacto na produtividade dos funcionários”, por exemplo, ressalta que uma gestão de RH ruim pode ter impacto negativo na produtividade dos funcionários. Como será abordado neste conteúdo, isso acontece quando o time de RH apenas reage às necessidades da empresa.

Afinal, quando uma organização tem um RH reativo, ela começa a apresentar diversos sintomas de uma gestão de pessoas ineficiente. Há, porém, medidas para ela combater isso, não esperando as necessidades surgirem para agir, mas agindo sob a perspectiva de planejamentos e ações preventivas.

Esse tema tem diversas nuances, então este texto abordará as principais por meio dos tópicos a seguir:

Continue acompanhando e tenha uma boa leitura!

O que é RH reativo?

duas mulheres sorridentes se cumprimentando

O RH reativo é uma abordagem na gestão de recursos humanos caracterizada, essencialmente, por dar respostas às situações ao passo que elas acontecem, por isso o uso do termo “reativo”, pois o time de RH só reage diante das demandas e necessidades.

Com isso, não existe um planejamento para se antecipar cenários e, assim, preparar-se para eles. O que acontece é puramente uma reação às necessidades urgentes de uma organização, e não uma ação previamente planejada capaz de antecipar demandas futuras.

Como funciona o RH reativo?

Existem várias situações que demonstram como o RH reativo funciona, e o processo de recrutamento é uma das principais. Isso ocorre quando a empresa, ao se dar conta tardiamente da necessidade de profissionais para compor seu quadro de funcionários, reage a essa pressão iniciando um processo de seleção, com certo nível de urgência.

Esse tipo de abordagem reativa pode acabar aumentando as chances de gerar um efeito dominó negativo, como contratar profissionais desalinhados com a cultura organizacional ou contratar aqueles pouco qualificados para o cargo.

Outras situações que exemplificam a atuação do RH reativo são:

  • Ações focadas só em resolver conflitos entre funcionários, nunca em preveni-los;
  • Implementação de treinamentos apenas para suprir as necessidades imediatas de times em vez de já os organizar dentro de um plano de carreira bem definido;
  • Ir em busca do feedback dos colaboradores somente quando, ao analisar certos dados de RH, identificar que a rotatividade dos profissionais está alta.

Quais as diferenças entre RH reativo e proativo?

um homem e uma mulher conversando

Na gestão de recursos humanos, é possível adotar os dois tipos de abordagem: uma reativa ou uma proativa. Cada uma diferencia-se entre si em virtude de suas características e, ainda, dos impactos que traz para uma empresa.

O RH reativo é uma abordagem responsiva: se uma situação inesperada ocorre agora ou se a empresa subitamente precisar de algo (alocar uma quantidade de funcionários em um time para suprir a falta de profissionais, por exemplo), essa prática entra em cena.

Enquanto isso, o RH proativo, que se trata de uma abordagem mais eficiente, caracteriza-se por uma atuação pautada no planejamento e na antecipação de necessidades. Em vez de esperar surgir a necessidade de contratar novos funcionários, por exemplo, o time de RH tomará ações previamente para saber quando isso será necessário.

Ou seja, essa abordagem consegue promover melhor um local de trabalho estável. Com suas ações planejadas, evita-se estresse: se a empresa perde um funcionário-chave inesperadamente, por exemplo, o time de RH não iniciará uma contratação apressada. É o oposto: ele já terá candidatos sob seus olhos que poderão ser chamados.

Nesse sentido, o escritor e professor Idalberto Chiavenato pontua algo interessante quando afirma que a “gestão de pessoas tem sido a responsável pela excelência das organizações bem-sucedidas e pelo aporte de capital intelectual”.

Quais são as desvantagens do recrutamento reativo?

Como abordado, o recrutamento reativo é uma das situações que mostram que o time de recursos humanos está usando essa abordagem para responder a necessidades urgentes. Esse tipo de seleção pode acontecer em algumas situações. Por exemplo:

  • Saídas inesperadas de colaboradores que pediram demissão ou tiveram de se afastar do trabalho por razões pessoais;
  • Expansão da empresa, exigindo que ela tenha mais funcionários para se manter produtiva e em crescimento;
  • Picos sazonais de demandas, como acontece em lojas de varejo que, eventualmente, acabam contratando temporariamente funcionários para lidar com as necessidades urgentes.

Esse tipo de recrutamento, embora possa resolver a necessidade que a empresa tem em dado momento, apresenta algumas desvantagens. Confira as principais:

Retenção de talentos

A dificuldade em reter talentos é um dos primeiros sintomas do recrutamento reativo. Como esse tipo de ação se dá com falta de planejamento, o time de RH acaba negligenciando ou mesmo esquecendo de criar um plano de carreira para os novos funcionários, que, notando isso, entendem que possivelmente não terão crescimento profissional na empresa.

Ou seja, além de a empresa gastar tempo, esforço e dinheiro no processo de recrutamento, ainda terá consequências no futuro quando os funcionários contratados sob situações de emergência perceberem que não deveriam estar ali. Isso a fará perder talentos qualificados.

Como destaca o estudo “Retenção de talentos e sua importância na gestão de recursos humanos”, quando uma organização consegue favorecer a retenção de talentos, ela “reduz os custos desnecessários com a rotatividade e outras ações que envolvem admissões e demissões”. O RH reativo causa o oposto disso.

Demora no processo

Quando o RH reativo faz uma seleção reativa, um problema que também surge é que esse processo se torna mais lento e demorado, especialmente porque ele não foi implementado de forma planejada. Foi, na verdade, puramente uma reação a um cenário de urgência.

Nesse contexto, como o time entende que precisa contratar novos funcionários quanto antes, ele fica mais suscetível a tomar decisões precipitadas e fazer avaliações inadequadas dos candidatos, indo contra as boas práticas da contratação de qualidade.

Pressão excessiva

O estresse está presente no RH reativo em virtude da essência dessa abordagem: ela só reage às emergências, nunca se antecipando em relação às necessidades que a empresa pode ter em 3, 6 ou 12 meses, por exemplo. 

Por isso, tal sentimento de pressão excessiva pode acabar levando o time ao esgotamento na busca de funcionários que preencham as vagas. Ele também passa a se sentir imerso em um ambiente de sobrecarga de trabalho, que, em última análise, compromete a qualidade do processo de recrutamento.

Aumento do custo

Quando o RH reativo inicia um processo de recrutamento, a ideia é: as vagas precisam ser preenchidas com urgência para suprir as necessidades da empresa. Essa abordagem, embora necessária diante de emergências, eleva os custos.

É o que ocorre quando a organização, para conseguir candidatos com rapidez, investe mais em publicidade para aumentar as chances de preencher as vagas quanto antes. Ainda, para tornar a vaga ainda mais atrativa, ela pode até aumentar a remuneração do cargo.

Esses, no entanto, são custos com os quais a empresa lida durante o processo de recrutamento, mas há aqueles que podem acontecer um tempo depois de os novos funcionários já terem sido contratados. 

Um exemplo disso envolve os investimentos no treinamento dos colaboradores, especialmente porque, pela pressa no processo seletivo, a empresa decide que os profissionais podem desenvolver novas habilidades necessárias ao cargo quando já forem parte do time.

Como implementar o RH proativo?

Implementar o RH proativo requer da empresa uma nova mentalidade acerca de como ela lida com a gestão de recursos humanos. Ela terá de se preocupar em antecipar  necessidades que pode ou não ter no futuro e, ainda, preparar sua força de trabalho para enfrentar os desafios no longo prazo.

Assim, entendendo que “as pessoas são um dos principais diferenciais que uma empresa pode ter, onde ela pode conseguir uma vantagem competitiva”, como destaca Mariá Menezes, diretora de pessoas e cultura da Sankhya, prezar por um RH proativo é a decisão mais estratégica.

Confira a tabela a seguir e entenda ações práticas para um RH proativo:

AçãoComo funciona?
Planejamento estratégico.Identificar, com base nos objetivos organizacionais, quais habilidades os funcionários precisarão futuramente.
Desenvolvimento contínuo.Oferecer programas de desenvolvimento contínuo para os funcionários sempre conseguirem desenvolver competências e aprimorar habilidades que já possuem.
Banco de talentos.Ao ter um banco de talentos com possíveis candidatos para vagas futuras, a empresa consegue evitar o recrutamento reativo.
Engajamento.Estabelecer uma cultura de feedback com a qual os líderes ouvem os funcionários e vice-versa. Isso evita conflitos que podem implicar em demissões, voluntárias ou não.
Diversidade e inclusão.Ao promover a cultura inclusiva, o RH proativo combate a discriminação no trabalho, seja devido à cor de pele, à orientação sexual, entre outros aspectos.

Conclusão

No contexto empresarial e, em específico, no setor de recursos humanos, agir proativamente é a melhor forma de evitar problemas. Ao mesmo tempo que favorece a empresa, a prática também beneficia o próprio time de RH, que não terá de lidar com o estresse de recrutar rapidamente vários funcionários diante de uma urgência, por exemplo.

Enquanto o RH reativo suga o tempo e esforço que poderia ser investido em outras áreas e atividades, o RH proativo mostra-se como a abordagem mais estratégica e organizada. Ela foca no longo prazo, libertando-se da visão limitada e pouco eficiente que o RH reativo traz.

Lara Avelino, analista de RH, psicóloga organizacional e recrutadora, afirma que vê o “RH cada vez mais estratégico, tomando decisões com base em dados”. Considerando isso, a empresa precisa — sempre pautando-se em dados — adotar ações proativas na gestão de pessoas. Ao fazer isso, evitará as problemáticas mencionadas ao longo deste conteúdo.

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