Um ponto mal gerenciado pode custar caro, pois além de comprometer a produtividade, os erros no controle de jornada podem aumentar os riscos trabalhistas e afetar diretamente a confiança entre empresa e colaboradores.
Segundo dados da Justiça do Trabalho, em 2022, 18% dos processos trabalhistas estiveram relacionados à jornada de trabalho, o que reforça a importância de uma gestão de ponto eficiente.
A má gestão do ponto eletrônico geralmente começa com processos manuais, registros inconsistentes e falta de integração entre o RH e as lideranças. Pois quando não há acompanhamento adequado, surgem retrabalhos, cálculos errados e perda de credibilidade entre colaboradores e gestores.
Neste artigo, será possível entender o que caracteriza um ponto mal gerenciado, os principais impactos que ele traz e como adotar boas práticas para garantir mais precisão e conformidade.
- O que é ponto mal gerenciado?
- Quais os riscos de um ponto mal gerenciado?
- Como um ponto mal gerenciado afeta os trabalhadores?
- Quais são os sinais de alerta do mau gerenciamento de ponto?
- Como provar irregularidades no ponto de trabalho?
Tenha uma boa leitura!
O que é ponto mal gerenciado?
Um ponto mal gerenciado ocorre quando a empresa não possui controle eficiente sobre as jornadas de trabalho, resultando em registros imprecisos, falta de acompanhamento e falhas no cumprimento da CLT e da Portaria 671 do Ministério do Trabalho.
Esse tipo de má gestão do ponto eletrônico afeta diretamente a transparência e a confiança entre líderes e colaboradores, além de gerar riscos trabalhistas e perda de produtividade.
Na prática, um ponto é considerado mal gerenciado quando não há processos padronizados, políticas claras de marcação e ferramentas que integrem os registros de jornada ao sistema de folha de pagamento.
Esses gargalos tornam o controle de ponto vulnerável a erros manuais e falta de visibilidade sobre horas extras, atrasos e compensações.
Exemplos comuns no controle de ponto incorreto
Entre os exemplos mais recorrentes de problemas advindos de um ponto mal gerenciado estão:
- Registros manuais imprecisos, sujeitos a falhas e rasuras;
- Batidas esquecidas ou duplicadas, que dificultam o fechamento da folha;
- Marcação fora do horário real, seja por engano ou tentativa de manipulação;
- Falta de conferência por parte dos gestores;
- Ausência de políticas sobre compensações e horas extras.
Esses erros acontecem justamente por má gestão, comprometendo a confiabilidade dos registros, aumentando o retrabalho e elevando os riscos legais e financeiros da empresa
Quais os riscos de um ponto mal gerenciado?
Gerir mal o controle de ponto pode trazer sérias consequências para a empresa, como multas, processos trabalhistas, acúmulo de passivos financeiros e outros problemas.
De acordo com o artigo 74 da CLT e a Portaria 671/2021, toda empresa deve manter registros fidedignos de horário. Quando isso não acontece, os riscos legais e financeiros se multiplicam.
Confira a seguir como essas falhas podem afetar a rotina de trabalho e a gestão das equipes!
Multas e processos trabalhistas
Uma jornada mal registrada pode resultar em multas e processos trabalhistas, representando um dos maiores riscos para a empresa.
Quando os registros são imprecisos ou incompletos, a organização pode ser autuada por órgãos fiscalizadores ou receber reclamações de colaboradores sobre horas extras não pagas, jornadas excessivas ou banco de horas incorreto.
Por exemplo, uma empresa que não confere corretamente as batidas de ponto de uma equipe pode ser acionada judicialmente por funcionários que alegam não ter recebido horas extras.
Acúmulo de passivos financeiros
Um ponto mal gerenciado pode levar ao acúmulo de passivos financeiros, impactando diretamente a saúde econômica da empresa.
Erros em registros de jornada, horas extras não calculadas corretamente ou banco de horas desorganizado geram pagamentos retroativos inesperados, encargos trabalhistas e multas.
Os passivos financeiros podem resultar em:
- Comprometimento do planejamento financeiro;
- Aumento do risco de endividamento;
- Necessidade de esforços adicionais do RH para regularizar a situação;
- Retrabalho recorrente;
- Comprometimento da eficiência operacional.
Como um ponto mal gerenciado afeta os trabalhadores?
A má gestão do ponto impacta negativamente a experiência do trabalhador na empresa, gerando problemas que vão desde horas extras não pagas até intervalos e adicionais não registrados. Saiba mais a seguir!
Horas extras não pagas
Um ponto mal gerenciado pode gerar horas extras não registradas, fazendo com que o colaborador trabalhe além do previsto sem receber corretamente. Além de ser uma infração à CLT (art. 59), essa situação sobrecarrega a equipe e gera desmotivação.
“A liderança deve monitorar se alguém está fazendo muitas horas extras ou faltando muito ao trabalho, e usar essa informação para entender se o colaborador está passando por uma situação de desequilíbrio entre vida pessoal e trabalho.”, orienta Naomi Wagatsuma, analista de projetos na Pontotel.
Em longo prazo, essa prática leva à fadiga, absenteísmo e aumento do turnover, além de abrir brechas para ações trabalhistas por horas extras não pagas.
Intervalos e adicionais não registrados
Um ponto mal gerenciado pode deixar de registrar corretamente intervalos obrigatórios e adicionais legais, como adicional noturno ou horas de descanso intrajornada.
De acordo com a CLT (art. 71 e art. 73), todo trabalhador tem direito a pausas intrajornada e à remuneração adicional por trabalho noturno. Contudo, sem uma gestão automatizada e conferência regular, essas informações podem se perder.
Na prática, isso ocorre quando, por exemplo, um funcionário que trabalha à noite não tem o horário registrado no sistema, e o adicional correspondente não é pago, ou quando a pausa mínima durante o expediente não é computada.
Essa falha, além de ser uma violação direta da CLT, ainda prejudica a saúde do colaborador com sobrecarga física e mental decorrente da ausência de pausas adequadas.
Quais são os sinais de alerta do mau gerenciamento de ponto?
Quando o ponto não é bem gerenciado, surgem sinais que servem de alerta para mensuração, como ausência de comprovantes de marcação, registros que não correspondem à realidade e ajustes em excesso. Confira mais a seguir!
Ausência de comprovantes de marcação
Segundo a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), artigos 74 e 75, é responsabilidade do empregador manter o controle de ponto dos colaboradores e disponibilizar os comprovantes das marcações.
Essa exigência também está mencionada nas Portarias 1510 e 373 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que foram posteriormente unificadas na Portaria 671.
A ausência desses registros indica um ponto mal gerenciado e pode gerar dúvidas sobre a jornada real, dificultando o pagamento correto de horas extras, adicionais e intervalos.
Registros divergentes da realidade
Registros de ponto que não refletem a jornada real são sinais evidentes de ponto mal gerenciado. Podem ocorrer tanto por alterações feitas pela empresa quanto por manipulações dos funcionários, que adicionam ou reduzem horas indevidamente.
Essas inconsistências dificultam o pagamento correto de horas extras, adicionais e descansos obrigatórios, além de comprometer a confiabilidade dos dados para a gestão de equipes.
Em longo prazo, registros divergentes aumentam o risco de passivos trabalhistas, multas e processos judiciais, impactando a motivação e a confiança entre colaboradores e liderança e prejudicando a saúde organizacional.
Ajustes em excesso
Quando há muitos ajustes nos registros de ponto, isso pode ser um sinal de má gestão da jornada. Alterações constantes comprometem a precisão dos dados e reduzem a transparência nas relações de trabalho.
Entre as situações comuns que levam a esses ajustes estão:
- Esquecimento de registrar entrada, saída ou intervalos;
- Problemas técnicos no sistema de ponto;
- Quebra ou mau funcionamento do aparelho de registro;
- Filas para bater ponto, quando há poucos equipamentos disponíveis;
- Alterações manuais feitas para corrigir atrasos ou saídas antecipadas.
Como provar irregularidades no ponto de trabalho?
Para gestores e profissionais de RH, comprovar irregularidades no ponto é importante para identificar falhas de gestão e agir preventivamente.
O primeiro passo para isso é revisar relatórios e espelhos de ponto, buscando inconsistências como jornadas incompatíveis, marcações idênticas e ajustes frequentes.
Algumas práticas que auxiliam nesse processo incluem:
- Manter o histórico de alterações e justificativas registradas;
- Consultar logs de acesso e auditorias do sistema de ponto;
- Comparar registros com escalas, folhas de pagamento e comprovantes de marcação;
- Documentar falhas técnicas ou erros operacionais detectados.
O uso de sistemas digitais facilita esse monitoramento, permitindo armazenar registros de forma segura e rastreável, o que torna a comprovação de irregularidades muito mais confiável.
Uso de sistemas digitais como evidência
O sistema de ponto digital modernizou a forma como as empresas registram e acompanham a jornada de trabalho. Além de eliminar erros comuns nos controles manuais, ele oferece registros precisos, rastreáveis e protegidos por mecanismos de segurança.
Essa tecnologia permite comprovar a veracidade das marcações e se tornou uma das principais evidências em auditorias internas e processos trabalhistas, acabando com o problema de ponto mal gerenciado.
Entre as opções disponíveis, a Pontotel se destaca por oferecer um sistema de ponto digital robusto, seguro e totalmente em conformidade com a legislação trabalhista.
Nossa tecnologia utiliza autenticação multifatorial, biometria facial com alto índice de precisão e senhas de uso único, impedindo fraudes ou manipulações nos registros.
Operando em nuvem, nossa plataforma garante armazenamento seguro, backups automáticos e acesso remoto às informações.
Certificada pela ISO 27001, a Pontotel assegura o mais alto padrão de segurança da informação e ainda disponibiliza relatórios detalhados e análises de jornada.
Quer ter uma boa gestão de ponto na sua empresa a partir de agora? Se sim, preencha o formulário abaixo para receber, sem compromisso, o contato de um de nossos especialistas para apresentar tudo o que a Pontotel pode fazer pelo seu negócio.
Conclusão
Portanto, ficou evidente que o ponto mal gerenciado pode gerar efeitos negativos, como inconsistências nos registros, ajustes excessivos e passivos trabalhistas, afetando tanto a confiabilidade dos dados quanto a motivação dos colaboradores.
O uso de sistemas digitais modernos torna o controle de jornada mais preciso, seguro e auditável, facilitando a conferência das marcações e o armazenamento seguro das informações.
Essa evolução transforma o processo de registro de ponto em uma ferramenta estratégica, garantindo conformidade legal, transparência e valorização do tempo de cada colaborador.
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O Time Pontotel é composto por especialistas em administração, recursos humanos, direito e tecnologia, com experiência em controle de ponto digital e legislação trabalhista. Nossos recursos vêm de fontes oficiais, como o site do Governo Federal e a CLT. Além disso, passam por uma revisão conjunta do departamento jurídico e de Recursos Humanos. Esse processo assegura dados precisos e atualizados, convertendo alterações legislativas em diretrizes claras para empresas que desejam eficiência e conformidade.
